Salmo Responsorial 97(98) R- O Senhor fez conhecer a salvação
Evangelho: Mateus 5,38-42
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo, não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
2Cor 6,1-10
Nesta leitura, se manifesta de modo muito claro o temperamento de Paulo. Ele possui um temperamento de um lutador que enfrenta oposições e contradições. Seu espírito lutador não é o de uma pessoa agressiva e violenta, mas de um evangelizador que se empenha com todas as forças no trabalho evangelizador e, por causa desse empenho, é obrigado e enfrentar muita luta.
Com efeito o evangelizador, o colaborador de Cristo e o ministro de Deu precisa primeiramente ser dotado de paciência e de perseverança: “em tudo nos recomendamos como ministros de Deus, com muita paciência”. A paciência é necessária pois o ministro de Deus, em seu trabalho evangelizador, deve enfrentar: tribulações, necessidades, angústias, açoites, prisões, tumultos, fadigas, insônias e jejuns forçados.
Além das inevitáveis consequências da luta pelo Evangelho, Paulo enumera as qualidades que um ministro de Deus deve ter: castidade, compreensão, longanimidade, bondade, amor sincero, espírito de santidade, palavra da verdade, poder de Deus.
Paulo, por fim, enumera os contrastes aos quais são submetidos dos ministros de Deus. A mensagem que eles anunciam parecem mentira, mas é pura verdade: “os ministros de Deus são considerados sedutores, sendo, porém, verazes”. O evangelizador é ignorado pelo mundo e, no entanto, sua presença no mundo não pode ser permanecer desconhecida: “são considerados desconhecidos, sendo, porém, bem conhecidos”. Os colaboradores de Cristo estão em perigo constante de morte e, mesmo assim, vivem uma vida sobrenatural: “como moribundos, embora vivamos”. O Evangelizador encarna a bem-aventurança: “felizes os que choram porque serão consolados. Felizes os pobres porque deles é o Reino de Deus”. “como aflitos mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo muitos; como nada quem nada possui, mas tendo tudo”.
Primeira Leitura: Primeira Leitura: 1 Reis 21,1-16
Salmo Responsorial 5 R- Atendei o meu gemido, ó Senhor!
Evangelho: Mateus 5,38-42
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo, não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”. – Palavra da salvação.
Meu irmão, minha irmã!
1Rs 21,1-16
Nabot não queria usar de violência para obter a vinha de Nabot. Estava disposto a um negócio. Ele ofereceu a Nabot dinheiro ou uma troca. Mas para Nabot, a vinha não era uma simples propriedade. Tratava-se de uma herança santa dos pais e de se manter fiel à sua vocação de israelita que tinha recebido uma parte da terra dada aos pais pelo próprio Deus de Israel. Por isso ele respondeu: “O Senhor me livre de te ceder a herança de meus pais”. Não se tratava somente de uma propriedade familiar, mas de uma herança santa, dada por Deus.
O rei Acab voltou para o seu palácio triste e irritado porque reconheceu que Nabot estava em seu pleno direito. Por instigação de Jezabel, porém, Acab acaba por cometer vários crimes contra Nabot para se apossar da sua vinha.
Por duas vezes, Jezabel fala ao seu marido, o rei Acab. Ela como que o desafia: “é assim que você exerce seu poder de rei?” Para ela o poder não tem limites morais: por ser rei, Acaz pode lançar mão da calúnia, do assassinato e do roubo sem precisar prestar contas à própria consciência e a Deus.
O plano de Jezabel se baseava numa série de leis e de costumes judaicos. O primeiro costume: quando ocorre uma calamidade (seca, epidemia, inundação, etc.), os chefes do povo têm de procurar a causa do castigo divino e eliminá-la. Nabot, sem nada saber, é convidado para presidir essa convocação, a fim de buscar uma solução para o problema que aflige o povo. É no momento em que se reúne a assembleia, que duas testemunhas falsas declaram que o culpado pela calamidade é Nabot. A necessidade de duas testemunhas era prevista pela Lei. A acusação é de blasfêmia contra Deus e o rei. O crime previsto na Lei é a lapidação.
A lógica de um poder exercido com cinismo, ambição e abuso estão contidas no comentário sarcástico de Jezabel: “Bela figura de rei de Israel estás fazendo!” O rei é o primeiro responsável pelos crimes arquitetados pela sua esposa Jezabel.
A história de Nabot nos recorda que a fidelidade a Deus é o limite intransponível para qualquer injustiça. Jesus se opôs com máxima firmeza a toda injustiça por ser fiel a Deus. Ante a injustiça (contra si ou contra um terceiro) é preciso reagir opondo a ela a fidelidade a Deus.