Salmo Responsorial 144(145)-R- O Senhor é muito bom para com todos.
Evangelho de Lucas 6,20-26
Jesus levantou o olhar para os seus discípulos e disse-lhes: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!21 Felizes vós que agora passais fome, porque sereis saciados! Felizes vós que agora estais chorando, porque haveis de rir!22 Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem.23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu, pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas.24 Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação!25 Ai de vós que agora estais fartos, porque passareis fome! Ai de vós que agora estais rindo, porque ficareis de luto e chorareis!26 Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepassados tratavam os falsos profetas.
Meu irmão, minha irmã!
Cl 3,1-11
Paulo tinha exortado os colossenses a render muitas graças a Deus porque foram sepultados com Cristo por meio do batismo e, em Cristo, foram ressuscitados pela fé no poder de Deus.
Desse mesmo fato, Paulo tira uma outra conclusão ainda. Uma vez que morremos com Cristo, não devemos pensar mais nas coisas da terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos, ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes e a cobiça. Pelo contrário, uma vez que ressuscitamos com Cristo, devemos buscar as coisas celestes.
Qual é o significado dessa exortação? Devemos ficar sonhando continuamente com a felicidade celeste e esquecer as nossas responsabilidades do tempo presente?
Essa seria uma interpretação errada da exortação de Paulo. É bom pensar com frequência na felicidade que Deus nos promete no céu, mas isso não para fugir de nossas responsabilidades atuais. A esperança da vida eterna deve nos animar em todas as nossas tarefas terrena, porque as coisas celestes não são uma felicidade futura no paraíso, mas são também as realidades espirituais do tempo presente. A vida eterna não é uma esperança puramente futura. A vida eterna já começou. A vida com Cristo ressuscitado já iniciou com o batismo. Por isso não devemos esperar a morte para começar a viver a vida nova em Cristo. Ela já é uma realidade em nós e devemos crescer nela.
Este é o sentido da exortação de Paulo: “se ressuscitastes em Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto”, ou seja, esforçai-vos em buscar os verdadeiros valores, não buscai o poder e o dinheiro, mas procurai progredir na comunhão fraterna, no amor recíproco, na paz.
A vida cristã é morte e ressurreição. Trata-se de morrer para a imoralidade sexual, impureza, paixão, maus desejos e para a avareza que é idolatria. É morrer para tudo o que vai contra a comunhão fraterna: ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes. É preciso morrer para a mentira.
De tudo isso fomos já despojados, ou seja, fomos despojados do homem velho.
Lc 6,20-26
A Palavra nos convida hoje a viver na esperança e na alegria. Todas a bem-aventuranças são expressão dessa alegria na esperança: somos felizes porque sabemos que seremos felizes na alegria de Deus. Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir! Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem!
Toda a nossa vida tem o seu fundamento luminoso nessa esperança descrita nas bem-aventuranças. Com efeito, um cristão não deve se conformar a este mundo por medo de ser criticado ou pelo desejo de ser louvado pelos outros. Se as pessoas criticam os cristãos por causa de sua fidelidade ao evangelho, é sinal de que vivem bem a vocação. Assim a felicidade prometida pelo Senhor já estará em nós desde agora.
Jesus levantou o olhar para os seus discípulos e disse-lhes: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!21 Felizes vós que agora passais fome, porque sereis saciados! Felizes vós que agora estais chorando, porque haveis de rir!22 Felizes sereis quando os homens vos odiarem, expulsarem, insultarem e amaldiçoarem o vosso nome por causa do Filho do Homem.23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, porque será grande a vossa recompensa no céu, pois era assim que os seus antepassados tratavam os profetas.24 Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação!25 Ai de vós que agora estais fartos, porque passareis fome! Ai de vós que agora estais rindo, porque ficareis de luto e chorareis!26 Ai de vós quando todos falarem bem de vós, pois era assim que seus antepassados tratavam os falsos profetas.
Meu irmão, minha irmã!
1Cor 7,25-31
As palavras de Paulo devem ser entendidas como uma exortação a uma grande esperança. De fato, “o tempo abreviou-se”. Isso quer dizer que uma grande esperança está próxima, que o Reino de Deus está perto e, por isso, todas as outras realidades perdem a sua consistência frente à essa grande realidade que se avizinha e que já possuímos na esperança.
“O tempo abreviou-se”. Como quando brilha o sol, todas as luzem perdem o seu esplendor, assim todas as alegrias e as tristezas desta vida mortal perdem a sua consistência, quando vivemos a grande esperança cristã. Por isso, Paulo pode afirmar: “os que têm mulher vivam como se não tivessem; os que choram, como se não chorassem; e os que estão alegres, como se não estivessem alegres; os que fazem compras, como se não estivessem adquirindo coisa alguma; e os que tiram proveito do mundo, como se não aproveitassem, pois passa a figura deste mundo”.
As nossas tristezas e também as nossas maiores alegrias desta vida terrena se relativizam, porque elas são como que absorvidas pela grande esperança que se aproxima. O Senhor está próximo.
A esperança cristã nos faz fortes quando sofremos com as tristezas, e nos faz temperantes quando estamos na alegria. Na tristeza não caímos na depressão, na alegria não nos lançamos na euforia.