Salmo Responsorial 105 (106) Dai graças ao Senhor porque ele é bom!
Evangelho Mateus 9,9-13
Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12 Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.
Meu irmão, minha irmã!
Gn 23,1-4.19; 24,1-8.62-67
A história de Abraão, Pai na fé, continua. E continua com a realização de mais uma promessa que Deus tinha feito a Abraão: a promessa da terra. É extraordinário que o cumprimento da promessa de Deus tenha demorado tanto e como o seu início foi humilde.
Com a morte da esposa Sara, Abraão precisa tomar providências para que ela não seja sepultada em terra estrangeira.
Abraão era um conhecido estrangeiro e, como tal, não tinha direito nenhum na terra de Canaã. Ele se apresenta a uma família de hititas para adquirir uma propriedade e assim poder sepultar sua esposa falecida. Segundo as práticas jurídicas antigas, quem possuía uma sepultura como propriedade, possuía um terreno e se tornava assim habitante do país. Com efeito, o estrangeiro não podia possuir terrenos. Por isso, a venda do terreno era também uma questão que envolvia toda a comunidade e devia ser aprovada por um Conselho.
Com a compra de uma propriedade no campo de Macpela, Abraão deixa de ser um estrangeiro e passa a ser um proprietário com todos os direitos dessa sua nova condição. É uma pequena propriedade na terra, mas é o início do cumprimento da promessa divina feita a Abraão de receber a terra prometida. Trata-se de uma primícias de posse dos patriarcas na terra. É um penhor em que já se encontra significada a realização total. Assim, os patriarcas saídos de Ur e de Harã começam a ocupar a terra prometida ainda que seja um campo minúsculo.
Sempre pensamos que o cumprimento de uma promessa divina deva ser imediato e grandioso. A história de Abraão, nosso pai na fé, nos mostra como as promessas divinas começam de maneira muito humilde e sempre exigem a fé como a de Abraão que soube esperar as demoras de Deus.
Salmo Responsorial 118 (119) R- O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus!
Evangelho Mateus 9,9-13
Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12 Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.
Meu irmão, minha irmã!
Am 8,4-6.9-12
Novamente o profeta Amós se dirige aos negociantes ávidos de dinheiro e privados de qualquer respeito aos direitos dos outros: “Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra”. Além de não respeitar os direitos humanos, eles não respeitam também a Deus. Eles não veem a hora de passar os feriados religiosos a fim de poder continuar comerciando de modo desonesto e vil. Eles não hesitam em aumentar o próprio lucro sem respeitar nem a lei nem a moral. “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída o trigo, para diminuir medidas, aumentar os pesos, e adultera as balanças”. Essa injustiça social clama pela vingança de Deus! É por isso que Amós anuncia severos castigos: “mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos”.
Ao ouvir essa profecia não devemos cair no erro do farisaísmo, ou seja, no erro de pensar que isso não é dito para nós. Não pensemos que os maus sejam só os outros e que sejam eles a merecerem o castigo de Deus. Devemos, pelo contrário, confessar que pertencemos a um mundo onde reina a avareza e a cobiça por riqueza a todo custo. A cobiça é, de fato, a causa da injustiça e nós, infelizmente, contribuímos para agravar a situação toda vez que nos deixamos levar pela avareza em pensamentos, atos e omissões.
Para as coisas que nos interessam sempre arranjamos tempo. Para visitar um doente, prestar um serviço gratuito, sempre falta tempo, da mesma forma como falta tempo para a oração. No fim das contas, nós nos tornamos semelhantes aos mercadores ricos e egoístas criticados por Amós.
Entre os castigos ameaçados pelo profeta, o último é decerto o mais terrível: “Eis que virão dias em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão”. É algo tremendo e trágico: buscar a palavra do Senhor e não poder encontra-la. Essa é desolação espiritual, causada por uma longa e contínua infidelidade e desobediência ao Senhor. É preciso que tenhamos medo de cair nessa desolação espiritual.