4ª FEIRA DA 25ª SEMANA COMUM
Salmo Responsorial Tobias 13 – R – Bendito seja Deus que vive eternamente!
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus convocou os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças 2e enviou-os a proclamar o reino de Deus e a curar os enfermos. 3E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem mesmo duas túnicas. 4Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés como protesto contra eles”. 6Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a boa-nova e fazendo curas em todos os lugares. – Palavra da salvação.
A oração de Esdras é emocionada e humilde. O templo tinha sido reconstruído e consagrado; os serviços do templo e a classe sacerdotal tinham sido reorganizados, a páscoa tinha sido celebrada no templo, a unidade nacional começava a ser reconstruída a partir do templo e a organização da vida nacional tinha sido retomada.
Na base de tudo isso, está uma atitude fundamental que é a humildade e a penitência. Esse é o significado da oração de Esdras. Esdras reconhece que a reconstrução do templo e da vida nacional não são obra humana. Da mesma forma também a edificação da Igreja. Somente Jesus tem esse poder que Ele transmite aos Doze apóstolos.
Assim na base da construção da obra de Deus deve estar a nossa humildade e a confissão de nossos pecados. É assim que começa a oração de Esdras: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até ao céu”.
Essa é a condição para edificar a casa de Deus e para restaurar as suas ruínas. Se falta a humildade e a dor pelos pecados a obra de Deus não pode ser realizada e será somente uma estéril tentativa humana. Se, ao contrário, pusermos os fundamentos da humildade e do arrependimento, Deus poderá realizar a sua obra e o fará com a generosidade de sua misericórdia.
Não há duvidas: para edificar a Igreja é preciso que contribuamos com a oferta da nossa humildade, do nosso arrependimento e sobretudo com a confiança na misericórdia divina.
Jesus convocou os Doze para os enviar. A missão dos doze continua a missão de Jesus. Como Jesus foi enviado pelo Pai, agora Ele envia os Doze como corpo e colégio compacto. O poder que Ele possui, Ele o comunica aos Doze. Confia a eles a sua própria missão de proclamar a boa nova do Reino de Deus.
Além de os enviar e transmitir seus poderes, Jesus dá algumas instruções concretas. Essas instruções servem para ensinar o desprendimento e a confiança em Deus e para que experimentem a hospitalidade da boa gente. São duas coisas ligadas uma a outra: o desprendimento e a confiança em Deus fazem com que as pessoas lhes deem crédito e confiem neles.