1ª Leitura: 1 Timóteo 1,1-2.12-14
Salmo Responsorial 15(16)-R- O Senhor é a porção da minha herança!
Evangelho Lucas 6,39-42
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. – Palavra da salvação
Meu irmão, minha irmã!
Todos nós temos que ser educados para a maturidade. Ser instruídos, ser ensinados, ser corrigidos de nossos erros e sermos abastecidos de coisas boas para viver em plenitude. De fato é da nossa natureza a educação, a instrução, a correção, a aquisição de recursos e de virtudes.
Diferentemente dos animais, nós não somo guiados unicamente pelo instinto. Ao reconhecer essa necessidade, essas necessidades próprias do ser humano reconhecemos que precisamos também de quem nos eduque, nos ensine, nos guie.
O evangelho de hoje com seus aforismos telegráficos e diretos se insere exatamente nessas necessidades básicas que fazem humana a nossa vida. Aquele que deseja guiar os cegos deve enxergar. Se um cego guia cegos, todos cairão no buraco. Para ver o caminho, para ver o destino, é preciso que quem guia tenha os olhos de Cristo. Os que não veem com os olhos de Cristo e pretendem ser guias conduzem os outros ao buraco. Para educar para a vida eterna é preciso enxergar com os olhos de Cristo.
Todos nós somos discípulos de Cristo. Por isso nunca seremos superiores ao mestre que é Cristo. O discípulo não pode superar Cristo. Por outro lado, uma vez instruído, deve também ensinar os outros. O discípulo que é instruído por Cristo não pode guardar para si o que recebeu. Deve ser como o mestre: deve transmitir o que dele recebeu. Deve transmitir SÓ o que recebeu.
A educação exige também correção. A correção pode parecer desagradável, mas é u m gesto de amor e é constitutivo da autêntica educação. Para corrigir os outros, no entanto, é preciso corrigir-se a si mesmo. Muitas vezes somos hábeis em ver os erros alheios, mas cegos para ver os próprios erros. Vemos o cisco no olho dos outros, mas não vemos a trave no nosso. É preciso ter cuidado com os críticos que se creem exemplares e perfeitos.
Pergunte a si mesmo (a): vejo com os olhos de Cristo? Procuro corrigir-me antes de querer corrigir os outros? Tenho cuidado de me alimentar e assimilar o que é verdadeiro, bom, belo, para partilhá-lo com os outros? Ou de minha boca só saem fofocas, maledicências, crítica amarga, ironia azeda, palavras que destroem?
DOM JULIO ENDI AKAMINE
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: ‘Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”. – Palavra da salvação