3ª FEIRA DA 29ª SEMANA COMUM. -
1ª Leitura: Romanos 5,12.15b.17-19.20b-21
Salmo Responsorial 39(40)-R- Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar!” – Palavra da salvação
Paulo explica a nossa libertação do pecado e da morte na grande comparação entre Cristo e Adão.
Paulo explica que o pecado de Adão não afetou somente a ele, mas a toda a sua descendência. O pecado de Adão não somente nos afetou porque sofremos as suas consequências de pena e de morte, mas sobretudo porque nós também pecamos. Assim o pecado se propaga não só em suas consequências, mas pelo fato de ele ter entrado no mundo. “O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens porque todos pecaram”.
Vejam o que como o pecado é destruidor! Ele não só nos prejudica em suas consequências de morte, mas ele entra no mundo e nós também pecamos. O pecado se propaga. E essa propagação é ainda mais terrível, porque ele não se propaga por imitação, mas por geração.
É preciso que entendamos bem. O pecado na carta aos Romanos não é somente um ato moral, livremente realizado e totalmente imputável à pessoa que o cometeu. O pecado é uma situação que não depende de nossa vontade e que forma como que uma atmosfera infectada na qual nós nascemos e nos contamina. O pecado é também essa situação de pecaminosidade, de ambiente insalubre e de pestilência na qual somos mergulhados ao nascermos. Essa espécie de bioma de privação da graça, a Igreja o chamou de pecado original.
Dessa atmosfera pestilenta contaminada de sedimentos de poluição, não podemos nos livrar a não ser que sejamos salvos. Para que sejamos purificados do pecado original, Cristo derramou a sua graça em abundância sobre nós. “Onde se multiplicou o pecado, aí suberabundou a graça”. Cristo veio dissipar esta poluição atmosférica pecaminosa da humanidade.
Isto não significa que a graça atue automaticamente, prescindindo da aceitação pela obediência da fé, e do consequente comportamento moral.