“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44 Cada árvore se reconhece pelo seu fruto. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de urtigas. 45 Quem é bom tira coisas boas do tesouro do seu coração, que é bom; mas quem é mau tira coisas más do seu tesouro, que é mau. Pois a boca fala daquilo de que o coração está cheio. 46“Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? 47 Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48 É semelhante a alguém que, para construir uma casa, cavou fundo e firmou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a correnteza atingiu a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a alguém que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A correnteza atingiu a casa, e ela, imediatamente, desabou e ficou totalmente destruída”.
ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
Primeira Leitura: 1 Coríntios 10,14-22
Salmo Responsorial: 115(116)R-Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
Evangelho: Lucas 6, 43-49
“Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. 44 Cada árvore se reconhece pelo seu fruto. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de urtigas. 45 Quem é bom tira coisas boas do tesouro do seu coração, que é bom; mas quem é mau tira coisas más do seu tesouro, que é mau. Pois a boca fala daquilo de que o coração está cheio. 46“Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que vos digo? 47 Vou mostrar-vos com quem se parece todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática. 48 É semelhante a alguém que, para construir uma casa, cavou fundo e firmou o alicerce sobre a rocha. Veio a enchente, a correnteza atingiu a casa, mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída. 49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática, é semelhante a alguém que construiu uma casa no chão, sem alicerce. A correnteza atingiu a casa, e ela, imediatamente, desabou e ficou totalmente destruída”.
Meu irmão, minha irmã!
1Cor 10,14-22
Paulo exorta: “fugi da idolatria. Eu vos falo como a pessoas esclarecidas”. Para entender essa exortação é necessário saber que naquela época as carnes imoladas aos deuses eram consumidas em refeições rituais nas proximidades dos templos pagãos. Às vezes essas carnes eram também vendidas nos mercados para serem consumidas em casa. Como os cristãos deveriam se comportar? Podiam comer dessas carnes?
São Paulo distingue os dois casos e dá orientações para os dois. As refeições rituais com carnes imoladas aos ídolos era uma clara participação pública ao culto aos ídolos, por isso, o cristão devia evitá-las: “fugi da idolatria”. “Vós não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; vós não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”. Em poucas palavras: a participação na eucaristia é totalmente incompatível com a participação nos cultos pagãos.
Por outro lado, as carnes imoladas aos ídolos, mas vendidas no mercado podem ser comidas sem dificuldade, pois nesse caso não fica caracterizada a participação no culto idolátrico. “Então, o que dizer? Que a carne de um sacrifício idolátrico tem algum valor? Ou que o ídolo vale alguma coisa? Nada disso”.
Os cristãos têm o privilégio maravilhoso de poder estar em comunhão com o corpo e o sangue de Cristo. por isso devem ser coerentes com essa comunhão e não profanar a eucaristia com manifestação externa de idolatria.
Com essa exortação e orientação, São Paulo nos ensina que devemos estar atentos ao significado de nosso comportamento. Muitas vezes esse significado pode varias segundo as circunstâncias. Por exemplo, os cristãos podem participar uma manifestação pública com pessoas de outras religiões ou ateias quando ficam claros objetivos sociais superiores e de defesa de direitos humanos. Por outro, as circunstâncias podem fazer com que tal participação seja interpretada como adesão dos cristãos à indiferença religiosa ou apoio a posições contrárias à vida humana. Nesse caso é preciso evitar tal participação, uma vez que devemos ser coerentes com a nossa fé em Cristo.
Não podemos nunca por em risco os nossos bens mais preciosos que são a nossa relação com Cristo e a nossa comunhão com os irmãos. Devemos ser agradecidos por esses dois bens e protege-los contra todo tipo de profanação.
DOM JULIO ENDI AKAMINE