ANOS ÍMPARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
"1.Saindo dali, ele foi para a região da Judeia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume. 2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3.Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?”. 4.Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher”. 5.Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa Lei; 6.mas, no princípio da Criação, Deus os fez homem e mulher. 7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;* 8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. 10.Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11.E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12.E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”."
Eclo 6,5-17
O tema da amizade se repete ao menos 5 vezes no livro do Eclo (9,10; 22,19-26; 27,22-24; 37,1-6). A leitura de hoje começa com um conselho: devemos evitar as palavras ofensivas, porque elas criam um vazio em torno de nós. Ao contrário as palavras boas favorecem a amizade. Uma palavra amena multiplica os amigos e acalma os inimigos.
A pessoa sábia está em paz com todos, mas ele confidencia os seus segredos a muito poucos. É bom ter muitos amigos, mas os confidentes devem ser bem poucos. Sejam numerosos os que te saúdam, mas teus conselheiros, um entre mil.
Amigos de verdade se revelam nos momentos de sofrimento. Se queres adquirir um amigo, adquire-o na provação.
Quando a amizade não exige grande sacrifícios ou quando ela traz grandes vantagens os amigos são muitos. Porque há amigo de ocasião, que não persevera no dia da aflição.
Os amigos autênticos, porém, são os que perseveram no tempo da desgraça. Os falsos amigos não só não superam a prova da verdadeira amizade, mas se convertem rapidamente em inimigos quando a amizade não lhes proporciona mais vantagens pessoais. Há amigo que passa para a inimizade, e que revela as desavenças para te envergonhar.
Os verdadeiros amigos permanecem amigos na abundância e na pobreza, nas horas felizes e nas infelizes. Por isso o amigo verdadeiro é um refúgio seguro. Ele não tem preço, pois a verdadeira amizade está fundada no temor a Deus. toda amizade verdadeira é de ordem religiosa. Quem teme o Senhor, conduz bem a sua amizade: como ele é, tal será o seu amigo.
Mc 10,1-12
O casamento não tem seu fundamento na paixão ou no sentimento, mas na fidelidade. Ser fiel ao outro consiste em buscar a felicidade desse outro antes e acima da própria felicidade. Isso não é fácil porque pensamos que buscar a própria felicidade seja amor. Se o amor não é fiel ao outro, a busca da satisfação pessoal e o impulso sexual nos domina. Assim qualquer dissabor se torna desculpa para o rompimento e a traição. O desígnio e o projeto de Deus são muito diferentes.
Qual é o projeto de Deus em relação ao casamento? É expresso em palavras lapidares: Os dois serão uma só carne... Ser um só com o outro... fazer com que a felicidade do outro seja a própria. Não buscar a própria felicidade mas a do outro, porque somos um só. Toda a felicidade dada ao outro é a minha felicidade também...
ANOS PARES
AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO
"1.Saindo dali, ele foi para a região da Judeia, além do Jordão. As multidões voltaram a segui-lo pelo caminho e de novo ele pôs-se a ensiná-las, como era seu costume. 2.Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher. 3.Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?”. 4.Eles responderam: “Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher”. 5.Continuou Jesus: “Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa Lei; 6.mas, no princípio da Criação, Deus os fez homem e mulher. 7.Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;* 8.e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. 9.Não separe, pois, o homem o que Deus uniu”. 10.Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. 11.E ele disse-lhes: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. 12.E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”."
São Tiago nos exorta a não murmurar uns contra os outros. “Irmãos, nos vos queixeis uns dos outros para que ao sejais julgados”. Para evitar esse pecado, ele recomenda a paciência: “tomai por exemplo de paciência nos maus tratos os profetas, que falaram em nome do Senhor. Notai que proclamamos bem-aventurados os que deram prova de paciência”.
Os cristãos devem levar em conta que não são os primeiros nem os únicos a suportarem dificuldades e sofrimentos. São apenas elos de uma longa cadeia de pessoas que tem que sofrer com paciência a dor, a perseguição e até a morte. Mas graças à paciência, os que souberam esperar no Senhor compassivo e misericordioso hoje vivem felizes. Nesse sentido, o exemplo de Jó acentua o resultado final da sua paciência: Deus mudou a sua sorte e encheu-o de bênçãos. Com efeito, Deus é compassivo e misericordioso.
São Tiago chama a atenção para o perigo que representa os juramentos. Para compreender esse perigo deve-se entender que o juramento é coisa séria. Ele é a prova suprema da verdade do que se afirma quando se recorre ao juramento. Ainda mais quando o juramento é feito invocando o nome de Deus. Quando invocamos o nome de Deus para atestar a verdade de nossa afirmação, o juramento adquire um significado transcendente.
Dada a seriedade e a transcendência do juramento, quem faz uso do juramento expõe-se não só a uma investigação, mas também ao juízo de Deus. A investigação humana, como sabemos, pode falhar, mas do juízo de Deus ninguém escapa. Por isso, a conclusão de Tiago é que não devemos jurar, mas dizer apenas sim ou não. E a razão para não jurar é para que não estejamos expostos ao julgamento divino.
Fazer juramentos temerários significa desvalorizar tanto o nome de Deus quanto a própria palavra empenhada. Equivale obrigar Deus a se por a serviço do homem.
O “não” e o “sim” do cristão, ao contrário, devem corresponder realmente à verdade o que torna desnecessário todo juramento.