Nova Arte

Podemos encontrar modelos representativos nas vanguardas artísticas. A vanguarda define-se como dianteira do exército; termo genérico aplicado a diferentes correntes e grupos artísticos que, antecipando-se ao seu tempo, superam os cânones estabelecidos e apresentam tendências inovadoras. A vanguarda conta com precedentes na organização sistemática de modelos didácticos.

Kasimir Malevitch é o promotor de uma nova arte integrada, chamada “Suprematismo”, na escola de arte de Vitesbsk (1918), formando o grupo UNOVIS, uma comunidade com métodos de ensino revolucionários. Em nome de uma nova educação, Malevich publica a sua teoria da arte, realizada a partir de uma selecção de trabalhos, divididos em 11 capítulos, que cobrem o desenvolvimento da arte desde Cézanne até à arquitectura de Le Corbusier e os movimentos russos pós-revolucionários. Nestes artigos, o artista selecciona e comenta mais de 100 trabalhos da arte moderna.

As observações de Malevitch sobre a superfície das pinturas levam-no a estabelecer que a massa pictórica organizada pelos pintores, é constituída por elementos formadores, independentes da figuração. Estes elementos, a que Malevitch chamou “elementos adicionais”, são elementos estranhos que surgem na construção do todo, desarranjando e arranjando a anterior composição. Malevitch começa a história da arte com os contemporâneos, de onde parte para um olhar retrospectivo. Ao percorrer diversos pintores de Rembrandt a Cézanne, Malevitch termina no Cubismo, considerando que a pintura e os objectos representados se desintegram, surgindo então uma nova órbita de arte, a arte não – objectiva. O trabalho teórico New Art estabelece uma relação entre uma selecção de autores demonstrando ligações entre eles.

“O artista contemporâneo, (…) comporta-se como o revolucionário; destrói por completo a ordem que lhe foi designada e propõe outra.”


http://4.bp.blogspot.com/-FKDBPHPbq0g/UHFtLtgYe_I/AAAAAAAABp4/zr5qzYv_X8E/s1600/Unovis.jpg