The Disquieting Muses

Giorgio de Chirico, destacado pintor surrealista, classificou a sua pintura como metafísica, mais propriamente, onírica. Artista talentoso, assinava as suas obras como “Pictor Optimus”.

A pintura The Disquieting Muses, pode ser contemplada em oito versões da mesma tela, todas realizadas entre 1924 e 1962, vendidas como originais. André Breton não concordou com a primeira duplicação do original do quadro The Disquieting Muses realizada por Chirico para Paul Eluard em 1924. Breton argumentava que Chirico, ao enganar o público, podia vender o mesmo quadro duas vezes. A réplica seria uma fraude contra o milagre do original. A questão levantada por Breton permanece. O que é escandaloso: o gesto conceptual de Chirico ou o seu acto cínico contra o mercado da arte?

Andy Warhol, pronto a negar o papel do artista como criador, acabou por citar as obras do denominado “mestre do enigma”. De Chirico é reconhecido por Andy Warhol, que reproduz as suas obras através de processos mecânicos, (não obstante a diferença entre repetir e copiar).