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"O PERFUME DE UM SONHO", Milo Manara - 1987
Ontem quando o sol batia nas costas
Arrependi-me e fui rezar
A reza confundirá o malogro
O crente desesperado
Afogado em espinhos
Nos fumos transitórios
Escreves a dinheiro
Eu vou ruir
No teu funeral
Que fazes na rua
Detesto-me
A viagem
As alucinações
As certezas irreais
Inconscientemente o óbvio
Os olhos rodam
Talvez seja um sonho