Pop Shop

Keith Haring começou a ganhar credibilidade a partir dos graffiti que realizou nas estações de metro de Nova Iorque entre 1981 e 1986. Nos quadros negros vazios, que são utilizados para colocar cartazes publicitários, Haring desenhou a giz a sua própria iconografia. O seu estilo gráfico representou uma convergência entre as Belas-Artes e a cultura popular, transpondo a fronteira que as separa. Assim, pintou o corpo da cantora Grace Jones, desenhou cartazes de Vodka, decorou vasos, estátuas, roupas, T-Shirts, malas e interiores de clubes nocturnos, para além de produzir pinturas murais, tanto nos Estados-Unidos como na Europa. Os seus trabalhos tiveram dificuldade em entrar no circuito galerístico de Nova Iorque, devido ao seu cunho popular, acabando o artista por realizar diversas exposições em galerias privadas. Haring queria que as suas obras fossem acessíveis a todos e, por isso, abriu a sua primeira loja Pop Shop, em Nova Iorque, em 1986, e uma segunda, em Tokyo em 1988. Pintava literalmente a loja de cima a baixo, criando o seu mundo, e aí vendia todo o tipo de merchandise. Keith Haring refere-se ao negócio como sendo uma continuação do trabalho. O seu intuito era romper a barreira entre a high art e low art, e levar a arte que produzia a todo o género de público.