Consciência

Em meados do século XX tornou-se habitual pensar o cérebro como um computador. Um computador que trabalha com neutrões e sinapses tal e qual como uma rede neuronal. Pensava-se que esta rede seria capaz de produzir consciência. A verdade é que a analogia entre o cérebro e o computador falha. Sabemos que a consciência é alcançada através de energia e matéria, o cérebro é exemplo disso, mas será algo mais?

No passado os neurocientistas tentaram explicar a consciência como um estado “acordado” ou de “alerta”, ou simplesmente a habilidade de responder inteligentemente a um estímulo externo. Recentemente os físicos de partículas fizeram avanços na área de pesquisa da neurociência cognitiva, cruzando ideias entre eles e desenvolvendo uma melhor compreensão da consciência, mas a verdade é que não podemos definir a consciência, só a podemos a descrever. A experiência de estar consciente parece ser a propriedade de alguns sistemas perceptuais. Assim a explicação da consciência pode ser encontrada ao nível do sistema. As técnicas de imagem cerebral demonstraram que os pacientes com o cérebro com complicações neuronais, podem ter consciência que surge para negar a extensão neurológica cerebral. A neurociência pode associar alguma actividade neuronal com estados de consciência, mas como é que desta actividade neuronal pode surgir a experiência de estar consciente, isso continua um mistério.

A consciência e a mente são termos que são usados como ligados, mas são interdependentes. Não existe uma definição ou descrição precisa da mente como da consciência. Muitas definições são incompatíveis. A mente envolve a experiência de estar consciente, como é que isto pode ser explicado através das leis da física, se estas não conseguem explicar a consciência?

É um facto que a nossa consciência e os nossos pensamentos são baseados na actividade neural do cérebro. É também um facto que nós não compreendemos o nosso cérebro como ele é realmente. Em vez disso, percebemos as nossas sensações e pensamentos como são. Qual é a condição que transforma a actividade neuronal nesta espécie de aparência interna? Este é o problema básico da consciência.