Cérebro Holográfico

Tem sido calculado que o cérebro humano consegue memorizar algo na ordem de 10 biliões de bits de informação durante o tempo de vida médio humano. O holograma também possui a capacidade de comprimir a informação. Já foi demonstrado que um centímetro cúbico pode compactar mais que 10 biliões de bits de informação. A nossa habilidade de rapidamente recuperar qualquer informação que precisamos das nossas memórias torna-se mais compreensível se o cérebro funcionar segundo princípios holográficos. Uma das coisas mais surpreendentes sobre o processo de pensamento humano é que cada peça de informação parece imediatamente correlacionada com muitas outras, esta é uma característica do holograma. O cérebro também pode traduzir a avalanche de frequências que recebe através dos sentidos, dentro do mundo das nossas percepções. Codificando e descodificando frequências é precisamente o que o holograma faz melhor. O holograma funciona como um espécie de lente, um aparelho tradutor capaz de converter as frequências aparentemente sem sentido numa imagem coerente. O cérebro é a consciência que cria a aparência do cérebro, bem como do corpo e de toda a realidade. A estrutura física do corpo nada mais é do que a projecção holográfica da consciência. O cérebro é um holograma incorporado, interpretando um universo holográfico.

Numa série de experiências realizadas por volta de 1920, o cientista Karl Lashley (1890-1958), retirou porções do cérebro de diversos animais. Ao remover, o animal era incapaz de apagar da memória as actividades que tinha aprendido antes da cirurgia. O cientista perante este problema não conseguiu explicar a natureza deste facto. Na década de 60, o neuro-fisiologista Karl Pribram (1919-2015) encontrou o conceito de holografia e percebeu que tinha achado a explicação que os cientistas estavam a procurar. Pribram acredita que as memórias são codificadas não nos neurónios, ou em pequenos grupos de neurónios, mas em padrões de impulsos nervosos. Estes cruzam-se em todo o cérebro da mesma forma que a interferência da luz, laser, atravessa toda a área de um pedaço de filme contendo uma imagem holográfica. Em outras palavras, Pribram acredita que o próprio cérebro é um holograma. Em 1971, Karl Pribram aplicou esta metáfora para a neuropsicologia, sugerindo que o cérebro codifica a informação realmente como um holograma e a consciência está dependente dessa mesma estrutura.