Darwin IV

No século XVI Christiaan Huygens (1629-1695), no seu tratado “Cosmotheoros” (1698) publicado após a morte do autor, considerou a possibilidade de vida extraterrestre. Nos nossos dias os cientistas ainda continuam a mesma demanda. “Alien Planet” (2005) é um documentário baseado num livro de ficção científica do artista escritor Wayne Douglas Barlowe. Com a participação de vários cientistas de renome incluindo: Stephen W. Hawking, Michio Kaku e J. Craig Venter. Discutem as possibilidades de vida fora do nosso sistema solar num planeta fictício chamado Darwin IV, com base em leis da evolução e da física. Darwin foi formada há 2 biliões de anos e é ideal para suportar vida. Os sóis irmãos estão afastados 20 vezes mais longe do que a Terra está do seu sol e estão numa órbita circular perfeita na qual fazem a sua rotação em relação ao seu centro de gravidade, 1 vez a cada 25.8 anos. Os cientistas e os biólogos projectaram o planeta Darwin IV e apresentam os possíveis resultados da sua ficção, com bases plausíveis baseadas na ciência.

Ao longo da sua história o homem sempre procurou planetas habitáveis. Um planeta habitável necessita de ter água, pois é essencial à vida. Se um planeta está próximo de uma estrela a água está em condensação, se está longe do sol a água solidifica. A área entre estas duas situações é chamada zona habitável de uma estrela. Significa que o planeta encontra-se entre os 0 graus e os 100 graus celsius. Outros factores, como a atmosfera do planeta, podem criar diferenças de temperatura extremas e o planeta pode não ter vida. Marte e Vénus é exemplo disso. Pressupõe-se também que a vida como conhecemos deve ser à base de carbono no qual é necessário oxigénio e metano para sobreviver, tal como a água. Os seis elementos mais abundantes no universo são: hidrogénio, hélio, oxigénio, carbono, neónio e nitrogénio. Não é novidade que a composição química da vida na Terra é baseada na abundância cósmica destes elementos. A vida é um fenómeno complexo, para a Terra, a disponibilidade de água é o que torna a vida possível. Se um planeta precisa ficar na zona habitável do sol e tem as condições necessárias para surgir vida, não podemos saber como é que vai emergir a vida noutros mundos. Só sabemos que a evolução das criaturas mais simples parece ser aleatória numa sequência de eventos encadeados e isso é o que faz a evolução da vida tornar-se complexa.