On the Road

Jack Kerouac criou um estilo próprio de escrever e de viver. On the Road (Pela estrada fora) foi traçado livremente no mapa das suas viagens espontâneas, exercendo influência sobre a geração Beat e, posteriormente, sobre a dos anos sessenta.

“O que é que sentimos quando, ao afastarmo-nos das pessoas, elas recuam na planura até vermos as suas sombras esfumarem-se? – é o mundo imensamente grande a cobrir-nos e é o adeus. Mas nós inclinamo-nos para a próxima louca aventura sob os céus (...)”[1]

Os artistas que intervêm na natureza (Land Art) desbravam caminhos que são depois fotografados. Estes registos fotográficos são utilizados como mapas artísticos que autenticam as viagens efectuadas.

Accumulation Cut (1969), de Dennis Oppenheim, consiste num canal de 122x300 cm, cortado pelo artista, no gelo, perpendicular a uma queda de água. No período de vinte e quatro horas o canal desapareceu. As forças da natureza tinham congelado e apagado a intervenção. O autor exibiu fotografias da realização do seu trabalho e também um mapa que situava o local da intervenção.

Las Vegas Piece (1969), de Walter de Maria, é uma forma geométrica de grandes dimensões sobre o Desert Valley, cujas linhas, marcadas no chão, têm a profundidade de 244 cm e estão orientadas entre N – S e E – W. O artista explora ideias como a distância e a orientação, impondo o seu quadrado artificial sobre as formas sinuosas da paisagem natural.

A Line in the Himalayas (1975), é uma das obras de Richard Long. O autor, nos seus passeios, por vezes em sítios inacessíveis, altera o terreno com os abundantes materiais da natureza, marcando com pedras o seu trilho. Estes eventos são experimentados pelo artista e apresentados em público sob a forma de mapas dos percursos realizados, acompanhados por fotografias ou descrições verbais.