Astronomia

Ciência que surge nos mais remotos tempos, originada pela mais elementar necessidade humana de desvendar os céus. Inicialmente pretendia-se cartografar as posições dos corpos celestes, embora não houvesse nenhuma tentativa de racionalização dos factos observados.

Os sábios da biblioteca de Alexandria foram os primeiros a elaborar um sistema a partir das suas próprias especulações, não tendo ainda em conta a teoria da gravidade de Isaac Newton, de 1666. Eratóstenes calculou a circunferência da Terra há 2200 anos, com grande precisão; o astrónomo Hiparco fez o mapa das constelações e determinou o brilho das estrelas e Ptolomeu compilou muito daquilo que hoje faz parte do universo da astrologia, desenvolvendo um modelo profético para a compreensão dos movimentos planetários e para a descodificação dos céus. O estudo dos céus levou Ptolomeu a escrever: “Como mortal que sou, sei que nasci por um dia. Mas quando sigo à minha vontade a densa multidão de estrelas no seu curso circular, os meus pés deixam de tocar a Terra (...) “[1] A astrologia desenvolveu-se, defendendo que o nosso futuro é profundamente influenciado pela constelação em que se encontram os planetas no momento do nosso nascimento. Ptolomeu acreditava que a Terra era o centro do universo, sendo este modelo planetário apoiado pela Igreja durante a Idade Média, facto que retardou o progresso da Astronomia. Só por volta de 1543, foi publicada a hipótese de Nicolau Copérnico, também constante, na biblioteca de Alexandria, num livro do astrónomo Aristarco de Samos a defender que a Terra era apenas um planeta a girar em torno do Sol e que as estrelas estavam a distâncias enormes.

O microscópio e o telescópio foram dois instrumentos aperfeiçoados na Holanda em princípios do século XVII. Galileu Galilei (1564-1642) foi um dos primeiros sábios a utilizar o telescópio para o estudo dos céus. Com os refinamentos técnicos, tanto na óptica como na mecânica, os telescópios passaram a ter grande poder de alcance no espaço profundo. Exemplo disso é o telescópio Hubble posicionado ao redor da Terra.

No tempo presente, a Astronomia continua a sua persistente pesquisa e observação do cosmos, elaborando mapas estelares, quer através da observação telescópica, quer pelo envio de sondas espaciais a outros planetas.