GEO 600

Em 2006, foi inaugurado o GEO 600 em Hannover, Alemanha, este aparelho é um detector de ondas gravitacionais que serve para medir o universo. A sua missão foi registar as ondas gravitacionais, ondulações no espaço-tempo produzidas por um buraco negro ou uma estrela de neutrões, transmitidos à velocidade da luz. Estas ondas foram previstas pela teoria da relatividade de Albert Einstein (1879-1955). Infelizmente o detector só foi capaz de registar evidências indirectas delas, mas nos últimos sete anos, detectou um estranho ruído de fundo que tem intrigado os cientistas. O físico Craig Hogan, director do Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), nos EUA, disse que o GEO 600 tinha detectado o limite do espaço-tempo. O barulho vinha dos confins do universo e pode ser o ponto onde o espaço-tempo deixa de ser uniforme e contínuo tal como Einstein descreveu, dissolvendo-se em “grãos”. Parece que observámos directamente o tempo quântico, o menor intervalo tempo possível. É onde o tecido do espaço-tempo torna-se granulado, formado por pequenas unidades, como pixeis, centenas de biliões de vezes e menores que um protão. Se o espaço-tempo é um holograma granulado, então o Universo pode ser uma esfera, no qual o lado exterior é formado por “grãos minúsculos” de informação.

O que detectou o GEO 600, em última análise, poderia ser o desfoco holográfico do espaço-tempo, dentro deste universo holográfico. De acordo com Hogan, teríamos encontrado a evidência para dizer que vivemos num holograma cósmico. Mediante esta teoria, a nossa experiência quotidiana pode ser uma projecção holográfica de processos físicos que ocorrem numa superfície bidimensional distante. Esta é possivelmente a descoberta mais importante da física nos últimos cinquenta anos.