Exposições On-Line

O advento das novas tecnologias fez surgir as denominadas exposições on-line. Os Museus tentam adaptar-se, colocando na internet as suas exposições, enriquecendo-as através de informação mais detalhada, propondo viagens virtuais. Os direitos de reprodução digital de algumas das grandes colecções estão a ser comprados. Uma cultura de competição surge no horizonte, entre os velhos museus que tentam responder na internet, e os museus virtuais construídos por estudantes como o Le Louvre Museum, posteriormente chamado Le Web Museum.

O Museu Guggenheim apresentou o programa CyberAtlas, que consistiu em cartografar terra incógnita, isto é, páginas web relacionadas com arte visual e cultura. Aqui a interface apropria-se da exposição dos trabalhos, estabelecendo uma rede.

As exposições já não precisam de espaço físico. Basta serem desenhadas por um comissário que cria conteúdos. As novas galerias são digitais (Zine Galleries). Surgem a partir das Faculdades, realizadas por estudantes, como o CADRE Institute em San Jose State University que apresenta a Leonardo Electronic Almanac Gallery. Arquivos e Livrarias, Galerias Comerciais e centenas de organizações artísticas virtuais representam artistas e projectos, como Adaweb, Digital XXX, Irational.org, Stadium, The Thing, Turbulence, Year Zero One e Zone Zero. Estes web sites são verdadeiras instalações na internet. São os próprios artistas que apontam a direcção a explorar na Internet: Net.art, arte colaborativa, a própria audiência como comissária, o artista como museu.

Kolmar e Melamid, pintam quadros a partir de uma estatística que realizam num determinado país, sobre inquéritos que elaboram e que fazem circular, questionando o público acerca do que gostam mais: uma arte abstracta ou realista. Invariavelmente, a escolha recai sobre opções realistas na vertente académica. O trabalho, Most Wanted, foi posteriormente desenvolvido na web em 1995, onde o público pode confrontar-se com as pinturas de cada país, pesquisar a informação relativa a cada trabalho e participar no seu desenvolvimento.

Os museus, constituídos de alguma forma na arte flamenga do século XVII, são instituições que preservam objectos do mundo, organizados em colecções que o público pode contemplar. Pode dizer-se que os museus estão no negócio da disseminação de informação, mais do que no dos seus objectos. Ao utilizarem os novos dispositivos tecnológicos, as suas colecções alcançam mais público na educação, preservação, pesquisa e comunicação.