Holometer

A ideia de que o espaço-tempo pode não ser totalmente uniforme e contínuo, por exemplo, como uma imagem digital que se torna cada vez mais pixelizada quando fazemos zoom, já havia sido proposto por Stephen Hawking. Uma possível prova foi o "ruído" que detectou o GEO 600. Tinha-se encontrado o limite de resolução dos pixeis do espaço-tempo. É onde o espaço-tempo se comprime, mostrando desta forma que a terceira dimensão não pode existir. Neste desenho bidimensional do universo, o que percebemos como uma terceira dimensão seria realmente uma projecção de tempo entrelaçada com profundidade. Se isto for verdade, a ilusão só pode ser mantida até que o equipamento se torna sensível o suficiente para encontrar os seus limites. Nós não podemos percebê-lo porque nada viaja mais rápido do que a luz.

O objectivo é determinar se o universo é um holograma. Para isso será necessária uma máquina que irá ser a medida mais sensível de todos os tempos do espaço-tempo, essa máquina chama-se ”holometer". O “holometer” vai medir as ondas gravitacionais numa escala menor do que qualquer outra tecnologia da sua espécie foi capaz de fazer. Este nome, "holometer" foi dado pela primeira vez no século XVII a um instrumento que registava todas as medidas, tanto na terra como nos céus. Agora é dado a uma "interferometria holográfica”. Um interferômetro clássico é uma técnica que consiste em combinar a luz proveniente de diferentes receptores. A partir de um feixe de laser que atinge um espelho e divide a luz em dois feixes, estes viajam a uma velocidade constante e devem chegar de volta ao espelho precisamente ao mesmo tempo, com as ondas em sincronia para formar um único feixe. Qualquer vibração que interfira, mudaria a frequência das ondas, quando os feixes voltam para o espelho deixam de estar em sincronia. No “holometer”, essa perda de sincronia parece um tremor ou vibração do espaço-tempo em si, como a imprecisão das ondas rádio, vindo com pouca largura de banda. No fundo, converte a luz em tensão. A resposta estará nas ondas gravitacionais que o “holometer” deverá captar. Esta máquina é o relógio mais preciso de todos os tempos para medir directamente se a nossa realidade é uma ilusão.