Lippia alba

Nomes popularesCidrão, cidreira-do-campo, cidreira, carmelitanaNome científicoLippia alba (Mill.) N.E.Br. ex P. WilsonSinônimosCamara alba (Mill.) KuntzeLantana geminata (Kunth) Spreng.Lantana lippioides Spreng. Lantana mollissima Desf.Lantana odorata (Pers.) Weigelt ex Cham.Lippia alba var. carterae MoldenkeLippia alba var. globiflora (L'Hér.) MoldenkeLippia asperifolia Poepp. ex Cham.Lippia carterae (Moldenke) G.L.NesomLippia citrata Willd. ex Cham.Lippia crenata Sessé & Moc.Lippia geminata KunthLippia geminata var. microphylla Griseb.Lippia globiflora (L'Hér.) KuntzeLippia globiflora var. geminata (Kunth) KuntzeLippia globiflora var. normalis KuntzeLippia havanensis Turcz.Lippia lantanifolia F.Muell.Lippia lantanoides (Lam.) HerterLippia lorentzii MoldenkeLippia obovata Sessé & Moc.Lippia panamensis Turcz.Lippia unica Ramakr.Verbena globiflora L'Hér.Verbena lantanoides (Lam.) Willd. ex Spreng.Zappania geminata (Kunth) GibertZappania lantanoides Lam.Zappania odorata Pers.Lantana alba Mill.FamíliaVerbenaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos 0,60-2 m alt., aromáticos, ramos tetragonais, hirsutos com tricomas glandulares sésseis. Folhas opostas, raro ternadas, pecíolo 0,5-1,3 cm compr., lâmina cartácea, 1,2-7 × 0,7-4 cm, ovais, elípticas, lanceoladas, ápice agudo a obtuso, margem serreada, base cuneada, atenuada, face adaxial pubescente a glabra, face abaxial tomentosa, com tricomas glandulares. Inflorescências globosas a cilíndricas, 0.2-1 cm, 1 por axila, pedúnculos 0.2-1 cm; brácteas imbricadas, espiraladas,planas,1.5-5 mm,ovais, oblongas, ápice obtuso, agudo ou acuminado, verdes, foliáceas, ciliada, hirsuto-glandulosa, caducas; cálice 1.5-2 mm, 2-lobado, viloso; corola 4.5-6 mm, rosa, fauce amarela, externamente hirsuta no terço distal, tubo dilatado, ventricoso no terço médio, constrito próximo à fauce, lobos desiguais, lobo superior ca. 4 mm compr, lobos laterais e anterior ca. 2 mm compr.; estames inseridos no terço médio do tubo da corola, filetes ca. 0.5 mm; ovário oblongo-elíptico, estilete ca. 1 mm compr. Fruto obovoide, ca. 2,8-3 mm diâm., coberto pelo cálice acrescente, mericarpos hemisféricos, superfície dorsal lisa, pericarpo dilatado, esponjoso na metade superior, ósseo (LIPPIA, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Palmeiral, Restinga (LIPPIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPlanta extensamente utilizada na medicina caseira, sendo que suas propriedades etnoterapêuticas são: béquica, antidiarréica, antiartrítica, antiemética, anti-hipertensora, antidispéptica, sedante gastrintestinal, erisipela, sudorífica, expectorante, emenagoga, analgésica, sedativa, antidiabética, diaforética, antiespasmódica em cólicas hepáticas, antiabortiva, fortificante cerebral, do útero e dos nervos, hipnótica, ansiolítica, antiasmática, relaxante do sistema nervoso, calmante, desintoxicante, morfética, peitoral, estomáquica, antigripal, carminativa, relaxante nervosa, indutora do sono, digestiva, anti-séptica e anti-hemorroidária. Também é indicada para resfriados, afecções hepáticas, cólica, estomatite, indigestão, flatulência, náuseas, laringite, catarro, enfermidades venéreas, afecções da pele e das mucosas, dores musculares, fluxo vaginal, recuperação pós-parto, colite e redutora do tônus intestinal.FitoeconomiaAs folhas também são utilizadas na culinária como hortaliça ou condimento. O cidrão também é uma planta melífera.InjúriaÉ planta daninha, pois infesta pastagens, beira de estradas e terrenos baldios.ComentáriosPode ser facilmente propagada a partir de estacas. Na língua Guarani é chamada de yvarã.BibliografiaCREPALDI, M. O. S. Etnobotânica na Comunidade Quilombola Cachoeira do Retiro, Santa Leopoldina, Espírito Santo, Brasil. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Escola Nacional de Botânica Tropical. Rio de Janeiro, 2007. 81p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/enbt/posgraduacao/resumos/2006/Maria_Otavia.pdf>.DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. 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