Podocarpus lambertii

Nomes popularesPinheiro-bravo, atamba-açu, pinheiro-do-mato, pinheirinho, pinho-bravoNome científicoPodocarpus lambertii Klotzsch ex Endl.SinônimosFamíliaPodocarpaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore de porte médio, dióica, com até 14 m de altura. Tronco de 30 a 60 cm de diâmetro, com casca pardo-acinzentada, descamando em delgadas placas que desprendem a partir de baixo, e ficam mais ou menos presas por algum tempo. As folhas são simples, coriáceas, de 2-4 cm de comprimento, lineares e agudas. Nos indivíduos femininos as flores são solitárias, pequenas (até 2 mm) axilares e com receptáculo espessado. Nos indivíduos masculinos, os cones são cilíndricos, pedunculados, axilares, medem de 8 a 12 mm de comprimento e são reunidos em número de 3 a 6 (MARQUES, 2007, p. 188).CaracterísticaFloração / frutificaçãoA floração ocorre de abril a junho e a frutificação de novembro a fevereiro.DispersãoZoocóricaHabitatPlanta seletiva heliófita, perenifólia, pioneira, característica das matas de altitude do complexo atlântico.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Campo de Altitude, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (IGANCI, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaNa medicina popular o cozimento das folhas é usado no combate a anemias, doenças das glândulas e astenia. A resina é utilizada contra catarros e no tratamento das afecções da bexiga. É depurativo e estimula a sudorese. Os brotos fornecem um bom xarope, fortificante e estimulante.FitoeconomiaA parte carnosa dos frutos, cujo nome correto é pseudofruto, são comestíveis, e também são uma importante fonte de alimento para a fauna, sendo saborosos, suculentos, doces e de coloração e consistência muito agradáveis. Espécie utilizada também como ornamental, sendo cultivada em parques, jardins e arborização de rodovias. É uma espécie importante para ser utilizada em reflorestamentos mistos. Antigamente a madeira era muito utilizada em obras internas, canoas, carpintaria, marcenaria, mastros de embarcações e torno. Pode ser utilizada como forragem, possuindo 9,5 % de proteína bruta e 8 % de tanino.InjúriaAs sementes quando consumidas em maior quantidade são tóxicas.ComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.EDWALL, G. Ensaio Para uma Synonímia dos Nomes Populares das Plantas Indígenas do Estado de S.Paulo. 2ª Parte. Boletim Nº 16. Typographia e Papelaria de Vanorden & Cia. São Paulo, 1906. 84 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/ensaioparaumasyn00edwa/ensaioparaumasyn00edwa.pdf>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.IGANCI, J.R.V.; Dorneles, M.P. Podocarpaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB20526>. Acesso em: 14 Nov. 2019KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.

Podocarpus sellowii

Nomes popularesPinheiro-bravo, pinheirinho-bravoNome científicoPodocarpus sellowii Klotzsch ex Endl.SinônimosFamíliaPodocarpaceaeTipoNativa, não endêmica do BrasilDescriçãoÁrvores ou arvoretas 2–6(–30) m alt.; ramos glabros; escamas da gema apical 2–4 mm compr., triangular-lanceoladas, ápice agudo. Folhas 3,2–19 × 0,7–2,1 cm, elípticas a oblongas, ápice agudo a arredondado, margens revolutas, base atenuada, glabras em ambas as faces, sésseis. Microstróbilos 10–25 mm compr., 1 por axila foliar, alvo-amarelados, sésseis; escamas basais 1,8–2 mm compr., coriáceas, naviculares, ápice agudo, margens erosas, base truncada, glabras; microsporofilos 0,8–1,2 × 1–1,2 mm, triangular-lanceolados, glabros, projeção apical deltoide na face interna ca. 1 mm compr.; microsporângios 2, 0,8–1,2 × 0,5–0,6 mm, elípticos. Cones 1 por axila foliar; pedúnculo 4–7 mm compr., glabro; epimácio 3,5–5 mm compr., verde-escuro. Sementes 3–7 mm compr., orbiculares, ápice arredondado, verde-claras (MARINHO, 2016).CaracterísticaFloração / frutificaçãoColetada fértil entre outubro e abril (MARINHO, 2016).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Pará, Rondônia)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (IGANCI, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaIGANCI, J.R.V.; Dorneles, M.P. Podocarpaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB20526>. Acesso em: 14 Nov. 2019MARINHO, L.C. et al. Flora da Bahia: Podocarpaceae. Sitientibus série Ciências Biológicas 16. 2016. Disponível em:<http://periodicos.uefs.br/ojs/index.php/sitientibusBiologia/article/download/1089/843>.