Emmeorhiza umbellata

Nomes popularesPoáia-dos-morrosNome científicoEmmeorhiza umbellata (Spreng.) K.Schum.SinônimosBigelovia umbellata (Spreng.) Spreng.Borreria aralioides Cham. & Schltdl.Borreria umbellata Spreng.Emmeorhiza brasiliensis (C.Presl) Walp.Emmeorhiza pohliana C.PreslEmmeorhiza umbellata subsp. septentrionalis Steyerm.Emmeorhiza umbellata var. pubens Steyerm.Emmeorhiza umbellata var. tomentosa K.Schum. ex Steyerm.Endlichera brasiliensis C.PreslEndlichera umbellata (Spreng.) K.Schum.FamíliaRubiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva escandente a liana, monoica; ramos cilíndricos, canaliculados, glabros ou com tricomas esparsos. Bainha estipular 1‒4 mm compr., pilosa no ápice e na região do canalículo, glabra internamente, 5‒9-lobada, lobos 0,5‒5 mm compr., lineares, glabros; coléteres ausentes. Folhas decussadas; pecíolo até 1‒2 mm compr., glabro; lâmina 0,6‒4,4 × 0,3‒1,4 cm, lanceolada, ápice acuminado, base cuneada, estreito-cuneada a obtusa, face adaxial glabrescente, face abaxial glabra; domácias ausentes. Inflorescência em panículas de umbelas 1,5‒7,9 cm compr., multiflora, terminal e axilar; séssil; brácteas da inflorescência rudimentares. Flores actinomorfas, bissexuais, prefloração valvar; pedicelo 0,5‒2,5 mm compr., glabro; cálice 1,8‒2,5 mm compr., glabro, 4-lobado, lobos estreito triangulares, lóbulos intermediários entre os demais; corola 1,3‒2 mm compr., infundibuliforme, alva, glabra externamente, anel de tricomas na área de inserção dos estames internamente, 4-lobada, lobos lanceolados; estames exsertos, filetes 0,8‒1,7 mm compr.; ovário 2-locular, lóculos uniovulados; estilete exserto, glabro, estigma bífido; disco anelar. Cápsula septicida 2,5‒3 × 1,5 mm, delgado obcônica, castanha, glabra, deiscente do ápice até metade da cápsula, cálice persistente; sementes 2, elipsoides, comprimidas, aladas (OLIVEIRA, 2014).CaracterísticaEmmeorhyza umbellata é uma erva escandente ou liana, com estípula fimbriada e inflorescência em panículas de umbelas (OLIVEIRA, 2014).Steyermark (1972), com base na variação encontrada na pubescência, forma das sépalas e no tamanho dos frutos, reconheceu para Emmeorhiza umbellata duas subespécies, cada uma com duas variedades, destacandoque a maioria do material do Brasil corresponde, por suas medidas e pubescência, à subsp. umbellata, que tem frutos ligeiramente maiores, (2,5-)3-4,5mm, sépalas estreitas, longas, (1-)1,5-2,2mm, superando claramente o disco no fruto, enquanto que a subsp. septentrionalis Steyerm., de frutos com 2-3mm, sépalas 0,3-1mm, largas, triangulares, ocorre na Colômbia, Venezuela, Guiana Britânica e Ilha de Trinidad. Steyermark (1972), dentro da subsp. umbellata, considerou as variedades umbellata e tomentosa K. Schum. ex Steyerm. Preferiu-se, na presente monografia, aceitar somente a espécie no seu sentido amplo, por conta do desconhecimento de toda a variação de pilosidade existente neste táxon (JUNG-MENDAÇOLLI, 2007).Floração / frutificaçãoColetada com flores no verão (JUNG-MENDAÇOLLI, 2007).DispersãoHabitatNa Serra Negra, ocorre no campo rupestre como erva saxícola, em turfeira de briófitas, e na transição campo rupestre e mata como liana volúvel (OLIVEIRA, 2014).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Pará, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Ilhas OceânicasOcorrências confirmadas:TrindadeDomínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (R. M. SALAS, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaJUNG-MENDAÇOLLI, S.L. (coord.) 2007. Rubiaceae In: Melhem, T.S., Wanderley, M.G.L., Martins, S.E., Jung-Mendaçolli, S.L., Shepherd, G.J., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, vol. 5, pp: 259-460.OLIVEIRA, J.A.; SALIMENA, F.R.G.; ZAPPI, D. Rubiaceae da Serra Negra, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia 65(2): 471-504. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v65n2/a11v65n2.pdf>.PEREIRA, Z. V. Rubiaceae Juss. do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Mato Grosso do Sul: Florística, Sistema Reprodutivo, Distribuição Espacial e Relações Alométricas de Espécies Distílicas. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia. Tese de Mestrado. 2007. 224p. il. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v40n2/v40n2a02.pdf>.R.M. SALAS ; Fader, A.A.C.; Souza, E.B.; Cabral, E.L.; Miguel, L.M.; Sobrado, S.V.; Nepomuceno, F.A.A.; Florentín, J.E.; Carmo, J.A.M.; Nuñez Florentín, M.; Nicora Chequin, R. Emmeorhiza in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13938>. Acesso em: 07 Jan. 2020