Ricinus communis

Nomes popularesMamona, carrapateiro, carrapateira, carrapato, castor, palma-de-cristo, rícino, mamoneira, tortagoNome científicoRicinus communis L.SinônimosRicinus africanus Mill.Ricinus angulatus Thunb.Ricinus armatus Andr.Ricinus atropurpureus Pax & K.Hoffm.Ricinus badius Rchb.Ricinus borboniensis Pax & K.Hoffm.Ricinus cambodgensis BenaryRicinus compactus HuberRicinus digitatus NoronhaRicinus europaeus T.NeesRicinus gibsonii auct.Ricinus giganteus Pax & K.Hoffm.Ricinus glaucus Hoffmanns.Ricinus hybridus BesserRicinus inermis Mill.Ricinus japonicus Thunb.Ricinus krappa Steud.Ricinus laevis DC.Ricinus leucocarpus Bertol.Ricinus lividus Jacq.Ricinus macrocarpus PopovaRicinus macrophyllus Bertol.Ricinus medicus Forssk.Ricinus medius J.F.Gmel.Ricinus megalosperma DelileRicinus messeniacus Heldr.Ricinus metallicus Pax & K.Hoffm.Ricinus microcarpus PopovaRicinus minor Mill.Ricinus nanus Bald.Ricinus peltatus NoronhaRicinus perennis Steud.Ricinus persicus PopovaRicinus purpurascens Bertol.Ricinus ruber Miq.Ricinus rugosus Mill.Ricinus rutilans Müll.Arg.Ricinus scaber Bertol. ex MorisRicinus speciosus Burm.f.Ricinus spectabilis BlumeRicinus tunisensis Desf.Ricinus undulatus BesserRicinus urens Mill.Ricinus viridis Willd.Ricinus vulgaris GarsaultRicinus zanzibarensis auct.Ricinus zanzibarinus PopovaFamíliaEuphorbiaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoErvas ou arbustos anuais ou perenes, 1–4 m de altura, monoico, ramificado; ramos verdes ou avermelhados quando jovens, cinza quando lignificados, totalmente glabro, estípula por vezes amplexicaule 1 cm, glandular. . Folhas 6–50 cm, alternas, simples, lobadas 5–10 lobos, margem glandular, peltadas, venação palmada; pecíolo 4–25 cm, cilíndrico, com glândulas na face adaxial. Inflorescência paniculada 10–35 cm, terminal ou pseudo-axilar (oposta às folhas), ereta; flores estaminadas pediceladas, dispostas em glomérulos de 5–20 na base da inflorescência e pistiladas no ápice. Flores estaminadas: sépalas 3–5, 2–5 x 1–2 mm, verde-amarelada, pétalas ausentes, estames 30–1,000, livres, amarelos; flores pistiladas se dispõem em glomérulos de 5–12, sépalas 5, 2–6 x 1–2.5 mm, verdes, pétalas ausentes, ovário súpero, trilocular, uniovulado, glabro, liso ou muricado, verde ou avermelhado; estiletes três, unidos na base, estigma plumoso ou papiloso. Capsula, 2–3 cm, globosa a ovoide, deiscente, dividindo-se em três valvas; semente 1–1.5 cm, oblonga, lisa, carunculada (RICINUS, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHábitatAmazônia e Mata AtlânticaDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica (RICINUS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaAs sementes possuem um princípio ativo tóxico chamado toxialbumina (ricina) e alcalóides.FitoterapiaNa medicina popular é utilizada como medicinal anti-histérica, analgésica e anticefálica. Também se usava o cozimento das folhas em banhos contra hemorróidas, o óleo também era indicado contra as queimaduras, pois mitigava as dores e acelerava a cicatrização.FitoeconomiaPlanta normalmente cultivada para extração de óleo contido em suas sementes, que fugiu do cultivo e hoje encontra-se espalhada por todas as regiões do Brasil. Antigamente o óleo não secativo extraído das sementes era utilizado como lubrificante, condimento, na iluminação e como combustível. Serve também para matéria prima do sabão. Os resíduos das sementes, após extraído o óleo, serve como forragem e adubo. A planta produz também fibras de boa qualidade. No cultivo desta planta, o ideal é realizar podas verdes e/ou rebaixamento feito no final do primeiro ano, praticado entre 30 e 50 cm de altura.InjúriaÉ planta daninha em culturas agrícolas, pois seu porte elevado e robustez produz muito sombreamento nas plantas e dificulta a colheita. Suas sementes são tóxicas ao homem e ao gado, devido aos compostos ricina e ricinina. As sementes possuem um princípio ativo tóxico chamado toxialbumina (ricina) e alcalóides, os sintomas de intoxicação com este óleo são: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, secura das mucosas, hipotermia, taquicardia, sonolência e em casos mais graves coma e óbito.Na língua Guarani é chamada de ambay e também mbay syvo.ComentáriosBibliografiaBARG, D. G. Plantas Tóxicas. Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos. São Paulo. 2004. 24p. il. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/plantas_toxicas.pdf>.BERG, E. V. Botânica Econômica. UFLA – Universidade Federal de Lavras. Lavras, MG. 2005. 59p. Disponível em: <http://biologybrasil.blogspot.com/2009/08/botanica-economica.html>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.COUTO, M. E. O. Coleção de Plantas Medicinais Aromáticas e Condimentares; Embrapa Clima Temperado; Pelotas, 2006. 91p. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/folder/plantas_medicinais.pdf>.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MAY, P. H. et al. (org.). Manual Agroflorestal Para a Mata Atlântica. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Brasília, 2008. 196 p. il. Disponível em: <http://permacoletivo.files.wordpress.com/2008/05/apostila-1_manual-agroflorestal-junho-2007.doc>.MORAES, M. Phytographia ou Botânica Brasileira. Livraria de B. L. Garnier. Rio de Janeiro, 1881. 564 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/phytographiaoubo00mell/phytographiaoubo00mell.pdf>.NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas; Universidade Estadual de Feira de Santana; Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.RICINUS in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB17659>. Acesso em: 16 Dez. 2019