Gênero: Piptocarpha

Nomes popularesVassourão-preto, canela-podre, cambará-do-campo, pau-toucinho-de-folhas-largas, vassourão, cambaráNome científicoPiptocarpha axillaris (Less.) BakerBasionônioVernonia axillaris Less.SinônimosFamíliaAsteraceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvores de grande porte, 3-15 m alt.; ramos cilíndricos, acastanhados ou marrom-ferrugíneos tomentosos. Folhas alternas, geralmente elípticas, ocasionalmente ovaladas ou obovadas, (7) 8-12 (15) x (2,5) 3,5-6 (7) cm, coriáceas, ápice geralmente agudo, ocasionalmente curto-apiculados, acuminados, raramente retusos ou obtusos, margem inteira ou serreada acima da metade, base cuneada, assimétrica ou obtusa, face adaxial estrelada-tomentosa na nervura principal, face abaxial cinérea ou amarelaferrugínea, densamente estrelada-tomentosa, (5) 7-9 pares de nervuras laterais; pecíolo (14) 18-25 (30) mm compr. Inflorescências densamente glomeruliformes, capítulos 5-15 (18), sésseis; invólucros cilíndricos (floridos) ou turbinados (frutificados), 7-8 (9) x 4-5 mm, brácteas involucrais dispostas em 5-7 séries, castanho-ferrugíneas, ápice agudo ou ligeiramente obtuso, viloso, margem escassamente ciliada, brácteas externas ovaladas, internas elípticas, oblongas a linear-lanceoladas. Flores 8-9, corola creme, glabra, tubo 4-5 (6) mm compr., lobos (1,5) 2-3 mm compr.; anteras roxas, 3-4 (4,5) mm compr., base 0,5-0,8 mm compr.; estilete branco, (7) 8-9 mm compr. Aquênios 3- 3,5 (4) mm compr., 3-4 angulosos, 10-costados, dotados de glândulas. Papus amarelo, cerdas externas paleáceas, poucas filiformes, (0,5) 1-2 mm compr., internas filiformes, 5-6 mm compr. (GROKOVISKI, 2007, p.38).CaracterísticaPiptocarpha axillaris se assemelha muito à Piptocarpha macropoda, mas difere desta principalmente por possuir capítulos com 8-9 flores. No campo é facilmente reconhecida por sua folhagem que apresenta um contraste evidente da face adaxial verde e face abaxial amarelo-ferrugíneo e pelos densos glomérulos nas axilas das folhas, visíveis pela coloração castanho-ferrugíneo do invólucro e amarelada do papus na época de frutificação. (GROKOVISKI, 2007, p.39).Floração / frutificaçãoFloresce de julho a novembro e frutifica de outubro a janeiro.DispersãoAnemocóricaHábitatMata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista e Densa.Distribuição geográficaCentro-Oeste (Distrito Federal), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (LOEUILLE, 2010).EtimologiaDo latim axillaris, axilar, situado ou nascido na axila. (GROKOVISKI, 2007, p.39).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaDevido às flores possuírem um perfume doce e agradável, a planta é muito visitada por abelhas. A madeira é usada apenas para caixotaria, aglomerado e lenha. Por ter crescimento rápido, é recomendada para recomposição de mata nativa com fins de preservação.InjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. - Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.GROKOVISKI, L. Estudo Taxonômico do Gênero Piptocarpha R. BR. (Asteraceae: Vernonieae) no Estado do Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 103p. Il. Disponível em: <http://acta.botanica.org.br/index.php/acta/article/view/886>.LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 2009. 384p. il. v. 3.LOEUILLE, B. 2010. Piptocarpha in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB005474).NAKAJIMA, J. N. A Família Asteraceae no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Vol. 1. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2000. 671p. Il. Disponível em: <http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/506181.html>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.