Alsophila setosa

Nomes popularesSamabaiaçú, xaxim-de-espinhoNome científicoAlsophila setosa Kaulf.SinônimosAlsophila dorsalis (Fée) ChristCyathea beyrichiana C.Presl ex Hook.Cyathea dorsalis (Fée) DominCyathea leucosticta FéeCyathea setosa (Kaulf.) DominHemitelia beyrichiana (Hook.) C.PreslHemitelia setosa (Kaulf.) Mett.FamíliaCyatheaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlantas terrícolas. Hábito arborescente. Caule ereto, com as bases dos pecíolos persistentes. Frondes monomorfas; pecíolo com espinhos negros, com escamas lineares com seta apical negra ou com setas laterais e apical, margem lacerada, castanhas com margem hialina, com pinas basais aflebióides de expansões laminares estreitas; lâmina oblonga, 2-pinado-pinatissecta, ápice pinatífido, abruptamente reduzido, acuminado; pinas oblongas, ápice acuminado, pecioluladas, alternas; últimos segmentos falcados, margem crenada, ápice agudo; superfície adaxial com tricomas multicelulares, curvos, aciculares sobre a raque, raquíola, costa e cóstula; escâmulas com setas sobre a raque, raquíola e costa; tricomas ramificados sobre a raque e raquíola; superfície abaxial com tricomas multicelulares, curvos, aciculares sobre a costa, cóstula e nervuras; escâmulas com setas sobre a raque, raquíola, costa e cóstula; tricomas ramificados sobre a raque, raquíola, costa e cóstula; nervuras livres, bifurcadas. Soros medianos, arredondados, paráfises mais curtas que os esporângios, indúsio hemitelióide (SAKAGAMI, 2006, p. 32).CaracterísticaAs pinas basais aflebióides e o tipo de indúsio hemitelióide (em formato de leque, rodeando parcialmente o soro) fazem de Alsophila setosa uma das espécies mais distintas de todo o grupo. Outra espécie do gênero que apresenta as duas características supracitadas é Alsophila capensis (L. f.) J. Sm., que diferencia-se de A. setosa por apresentar aflébias sem expansões laminares (vs. com expansões laminares) e nervuras secundárias simples, não furcadas (Schwartsburd & Labiak, 2007), além disso, A. setosa possui porte mais avantajado, com até 10 m de altura. Alsophila cuspidata (Kunze) Conant, que ocorre na região amazônica, pode ser considerada uma espécie algo semelhante. No entanto, assim como A. sternbergii, não possui pinas basais aflebióides e apresenta indúsio globoso, não hemitelióide. Distingue-se de outras pteridófitas arborescentes pelo caule ereto, com as bases dos pecíolos persistentes, pecíolo com pinas basais aflebióides de expansões laminares estreitas e indúsio escamiforme (MATOS, 2009).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Nordeste (Bahia, Pernambuco); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (CYATHEACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosEsta espécie é comumente encontrada com várias epífitas desenvolvendo-se sobre seu caule, entre as quais destaca-se Pecluma trunctorum (Lindm.) M. G. Price (Polypodiaceae), a qual apresenta associação bastante intrínseca com essa espécie (SCHWARTSBURD, 2006).BibliografiaBENTO, M. B.; KERSTEN, R. A. Pteridófitas de um Ecótono Entre as Florestas Ombrófila Densa e Mista, Mananciais da Serra, Piraquara, Paraná. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2008. 74p. Disponível em: <http://www.uc.pr.gov.br/arquivos/File/Pesquisa%20em%20UCs/resultados%20de%20pesquisa/Cassio_Michelon_Bento.pdf>.CYATHEACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB90858>. Acesso em: 22 Out. 2019MATOS, F. B. Samambaias e Licófitas da RPPN Serra Bonita, Município de Camacan, Sul da Bahia, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná. 2009. 255p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/19094/1/FERNANDO%20BITTENCOURT%20DE%20MATOS%20-%20DISSERTACAO_2009.pdf>.SAKAGAMI, C. R. Pteridófitas do Parque Ecológico da Klabin, Telêmaco Borba, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 212p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/15461/1/Dissertacao_Cinthia.pdf>.SCHWARTSBURD, P. B. Pteridófitas do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 170p. Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/hoehnea/volume34/Hoehnea34(2)artigo05.pdf>.