Impatiens walleriana

Nomes popularesBeijo-de-frade, balsamina, beijo-branco, beijo-de-freira, beijo-turco, ciúmes, maravilha, maria-sem-vergonha, melindre, não-me-toque, suspiroNome científicoImpatiens walleriana Hook. f.SinônimosImpatiens holstii Engl. & Warb.Impatiens sultani Hook. f.FamíliaBalsaminaceaeTipoSubespontânea, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas perenes, suculentas, com 30–70 cm de altura. Caule simples ou ramificado, glabro ou raramente levemente pubescente nos ápices dos ramos. Folhas alternas; pecíolo 1,5–6,0 cm de comprimento, com uma a poucas glândulas estipitadas; lâmina elíptica, ovada ou oblonga-elíptica, 4,0–12,0 × 2,5–5,5 cm, com uma a poucas glândulas basais estipitadas, glabra, veias laterais em 5–8 pares, base cuneada, raramente arredondada, atenuada em direção ao pecíolo, margem crenada-denticulada, ápice agudo, acuminado ou cuspidado. Inflorescências nas axilas foliares dos ramos superiores, normalmente com 2 a 5 flores, às vezes com apenas 1 flor. Pedúnculos com 3–5 cm de comprimento. Pedicelos com 1,5–3,0 cm de comprimento, finos, com brácteas na base. Brácteas linear-lanceoladas ou subuladas, com ca. de 2 mm de comprimento, ápice agudo. Flores variáveis em tamanho e cor: vermelhas, róseas, purpúreas ou brancas. Sépalas laterais 2, esverdeadas ou esbranquiçadas, ovado-lanceoladas a linear-lanceoladas, com 3–7 mm de comprimento, ápice agudo; sépala inferior levemente navicular, com 0,8–1,5 cm de profundidade, abruptamente afinando em uma espora curva; espora filiforme, com 2,4–4,0 cm de comprimento. Pétala superior largamente obcordada ou obovada, 1,5–1,9 × 1,3–2,5 cm, ápice emarginado, cuspidado, nervura central da face abaxial estreitamente cristada; pétalas laterais fundidas, sem garra, 1,8–2,5 cm de comprimento, bilobadas; lobos basais e distais quase iguais em tamanho e formato; lobos basais obovados a obovado-espatulados, 1,4–2,0 × ca. 1,4 cm; lobos distais 1,2–2,3 × ca. 1,8 cm, margem inteira ou emarginada. Ovário fusiforme, com ca. de 4 mm de comprimento, glabro. Cápsula fusiforme, com 1,5–2,0 cm de comprimento, glabra (HASSEMER, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce e frutifica o ano todo, com predominância no verão.DispersãoAutocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Nordeste (Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (HASSEMER, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaÉ utilizado na medicina popular como emética, catártica e diurética.FitoeconomiaEspécie cultivada como ornamental devido á imensa variedade de cores de suas flores.InjúriaÉ considerada planta daninha de alta invasividade, pois escapou do cultivo e passou a infestar lavouras, beira de estradas e terrenos baldios, geralmente em locais semi-sombreados e com solos ricos em umidade. Ocorre com mais freqüência nos bananais e beiras de estradas das serras de Santa Catarina. O suco do caule é considerado tóxico.ComentáriosBibliografiaCREPALDI, M. O. S. Etnobotânica na Comunidade Quilombola Cachoeira do Retiro, Santa Leopoldina, Espírito Santo, Brasil. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Escola Nacional de Botânica Tropical. Rio de Janeiro, 2007. 81p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/enbt/posgraduacao/resumos/2006/Maria_Otavia.pdf>.HASSEMER, G. Balsaminaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB130841>. Acesso em: 07 Nov. 2019LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.PAIVA, C. L.; SANTOS, A. C. F. Taperas e Suas Plantas: Etnobotânica dos Antigos Assentamentos Humanos. Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 10, n. 3, p. 33-53, 2006. Disponível em: <http://www.uem.br/dialogos/index.php?journal=ojs&page=article&op=view&path[]=81>PLANTAS MEDICINAIS. CD-ROM, versão 1.0. PROMED – Projeto de Plantas Medicinais. EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior. Itajaí, Santa Catarina. 2001.