Buddleja cestriflora

Nomes popularesBarbasco, verbasco, calça-de-velhaNome científicoBuddleja cestriflora Cham.SinônimosBuddleja catharinensis GilgFamíliaScrophulariaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos com cerca de 2 m de altura, ramos jovens ferrugíneo-tomentosos. Folhas sésseis; estípulas reduzidas a uma linha; lâmica elíptico-lanceoladas, 8-16 mm de comprimento, 2-5 cm de largura, acuminadas no ápice, margens crenadas, conato-perfoliadas na base, acuminadas no ápice, margens crenadas, conato-perfoliadas na base, tomentulosas na face superior, tomentosas na face inferior. Inflorescências em cimeiras umbeliformes, formadas por cimas opostas, 6-10 flores, amarelas até alaranjadas, 30-50 mm de comprimento, pedicelos 5-15 mm de comprimento; brácteas lanceoladas, tomentosas. Cálice subcilíndrico, lanoso externamente, tubo 6-10 mm de comprimento, lobos 3-5 mm de comprimento, acuminados; corola cilíndrica, lanosa 45 mm de comprimento, lobos 2-3 mm de comprimento, levemente agudos; anteras 3 mm de comprimento; ovário tomentoso, 5 mm de comprimento; estilete glabro, 20-38 mm de comprimento; estigma capitado, cerca de 0,5 mm de comprimento. Fruto não visto (FERREIRA, 1988).CaracterísticaB. cestriflora aproxima-se de B. brasiliensis e de B. grandiflora quanto ao aspecto foliar, pois elas podem apresentar base foliar semelhante, ou seja, conato-perfoliada. Entretanto, B. cestriflora distingue-se das outras duas principalmente por apresentar inflorescência do tipo cimeira umbeliforme, cujas flores são distintamente pediceladas e relativamente grandes (30-40 mm de comprimento), enquanto que em B. brasiliensis a inflorescência é formada por glomérulos interruptos, de disposição espiciforme, cimas curtas e congestas, flores sésseis ou subsésseis, (6-7 mm de comprimento), já em B. grandiflora a inflorescência é formada por glomérulos dispostos em panículas, cimas curtas e congestas, com flores sésseis ou subsésseis (10-15 mm de comprimento) (FERREIRA, 1988).Floração / frutificaçãoPrincipalmente em janeiro.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (COELHO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCOELHO, G.P.; Miotto, S.T.S. Buddleja in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14531>. Acesso em: 27 Nov. 2019FERREIRA, H. D. Revisão Taxonômica das Espécies de Buddleja L. (Buddlejaceae) Que Ocorrem no Brasil. Tese de Mestrado. Universidade Federal de Goiás. 1988. 121p. il. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/315111/1/Ferreira_HelenoDias_M.pdf>.

Buddleja elegans

Nomes popularesBarbasco, verbasco, calção-de-velha, barbasco-de-reitzNome científicoBuddleja elegans Cham. & Schltdl.SinônimosBuddleja campestris (Vell.) Walp.FamíliaScrophulariaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos ou subarbustos eretos ou arvoretas, polígamo-dióicos, 1–2 m alt. Caules cilíndricos, velutinos a glabrescentes. Folhas sésseis; estípula reduzida a uma linha; lâmina 1,6–7,7 × 0,5–1,4 cm, estreito-elíptica ou estreito-oblanceolada a oblanceolada, coriácea, face adaxial glabrescente a pubescente, face abaxial velutina, margem inteira a serreada, base decorrente a aguda, ápice atenuado a agudo. Tirso apical de cimeiras ou glomérulos pedunculados; ramos secundários presentes, eretos; bractéolas 1,3–5,4 mm compr.; pedúnculo 3–26,5 mm compr. Flores sésseis, subsésseis ou pediceladas, 6–17 por cimeira; pedicelo 1–3,2 mm compr., velutino; cálice 2,9–4,6 × 1,6–2,5 mm, membranáceo, tubuloso, velutino, lobos 0,6–1,6 × 0,6–1,8 mm, agudos; corola 5–6 × 1,5–2,3 mm, tubulosa, branca ou creme, tubo externamente velutino e internamente piloso, lobos 0,8–1,8 × 1,2–2 mm, arredondados; estames no terço superior do tubo da corola, 0,5–1 mm compr.; ovário 0,9–3,5 × 1,5–2 mm, pubescente a velutino; estilete 2,5–3,2 mm compr. Frutos (vistos apenas em B. elegans subsp. elegans) 3,8–6 × 2,5–2,8 mm. Sementes 1,4–1,8 mm compr., piriformes (LANNOY, 2018).CaracterísticaPossui grande variação no tamanho da lâmina, que pode estar relacionada com variação clinal (Norman 2000). Caracteriza-se por suas folhas coriáceas, estreito-elípticas ou estreito oblanceoladas a oblanceoladas, densamente velutinas na superfície abaxial e glomérulos com flores brancas ou creme. É frequentemente encontrada, na bibliografia e em herbários identificada como Buddleja campestris (Vell.) Walp., que é um sinônimo heterotípico (BFG 2015) (LANNOY, 2018).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul)Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Campo de Altitude, Campo Limpo, Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (COELHO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCOELHO, G.P.; Miotto, S.T.S. Buddleja in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14531>. Acesso em: 27 Nov. 2019LANNOY, L.C. et al. O gênero Buddleja (Scrophulariaceae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia 69(2): 841-852. 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v69n2/2175-7860-rod-69-02-0841.pdf>.

Buddleja stachyoides

Nomes popularesVerbasco, barbasco, calção-de-velha, calção-de-velho, carro-santo, cezarina, fuminho, tingui-da-praia, vassoura, verbasco-brasileiro, verbasco-do-brasilNome científicoBuddleja stachyoides Cham. Schltdl.SinônimosBuddleja alata LarrãnagaBuddleja albotomentosa R. E. Fr.Buddleja australis Vell.Buddleja brasiliensis Jacq. ex Spreng.Buddleja connata Mart.Buddleja neemda Link.Buddleja otophylla Hassk.Buddleja thapsoides Desf.FamíliaScrophulariaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos com 1-4 m de altura, ramos quadrangulares, levemente alados, densamente revestidos com pêlos alvos ou rufo-tomentosos. Folhas sésseis ou subsésseis; estípulas reduzidas a uma linha; lâminas ovadas ou lanceoladas, 7-25 cm de compr., 2-8,5 cm de larg., agudas até acuminadas no ápice, margens irregularmente serreadas até crenadas, auriculadas ou perfoliadas até atenuadas na base, pubescente na face inferior. Inflorescência 10-30 cm de compr., formada por glomérulos interruptos dispostos em espigas, glomérulos multiflores, com flores sésseis ou subsésseis em cimas curtas e congestas; pedúnculos 0,5-2 cm de compr.; brácteas linear-lanceoladas, tomentosas. Cálice cilíndrico, tomentoso externamente, tubo 2-4 mm de comprimento, lobos 1,5-3 mm de compr., acuminados; corola cilíndrica, tomentosa externamente, pêlos simples na metade superior internamente, tubo 6,5-7 mm de compr., lobos 1,5-2,5 mm de compr., suborbiculares; anteras cerca de 1 mm de compr.; ovário tomentoso, 2,5-4 mm de compr.; estilete glabro, 5-5,5 mm de compr.; estigma capitado, cerca de 0,5 mm de compr. Cápsula oblonga, tomentosa até glabrescente, 4-6,5 mm de compr. Sementes cerca de 1 mm de compr., com testa esponjosa na base (FERREIRA, 1988, p. 59).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHábitatOcorre com mais freqüência em matas ciliares, campos sujos, cultivados, orlas de matas, beira de córregos, de estradas, de brejos, lugares abertos, terrenos baldios, terrenos arenosos, campo seco, pastos, restinga e lugares rochosos. É encontrada no Cerrado, Pampa e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista e Densa, Floresta Estacional Semidecidual e em Formações Campestres.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (COELHO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaTanto as folhas como as flores possuem propriedades emolientes, calmantes, anti-reumáticas, anti-hemorroidárias, hemostáticas, antiartríticas, antiofídicas, diaforética, depurativa, adstringente, diurética, expectorante, anti-histérica e sudorífera; sendo também empregadas contra afecções do peito e contusões. A planta tem princípios amargos e mucilaginosos. A planta é ictiocida, podendo também ser tóxica. Em animais é usada para a lavagem dos olhos e tratamento de pisaduras em eqüinos.FitoeconomiaInjúriaÉ uma planta daninha comum em terrenos férteis de quase todo o Brasil, infesta pastagens, beira de estradas e terrenos baldios.ComentáriosPlanta incluída na Farmacopéia Brasileira, primeira edição, (1926).BibliografiaCatálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.COELHO, G.P.; Miotto, S.T.S. Buddleja in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14531>. Acesso em: 27 Nov. 2019FERREIRA, H. D. Revisão Taxonômica das Espécies de Buddleja L. (Buddlejaceae) Que Ocorrem no Brasil. Tese de Mestrado. Universidade Federal de Goiás. 1988. 121p. il. Disponível em: <http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000047767>.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas; Universidade Estadual de Feira de Santana; Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.PLANTAS MEDICINAIS; CD-ROM, versão 1.0; PROMED – Projeto de Plantas Medicinais; EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.; Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior; Itajaí, Santa Catarina. 2001.SCHULTZ, A. R. Botânica Sistemática. 3ª ed. Editora Globo. Porto Alegre, 1963. 428p. il. v. 2.