Clusia criuva

Nomes popularesMangue-do-mato, criúba, criúva, mangue-brabo, mangue-de-formigaNome científicoClusia criuva Cambess.SinônimosClusia cambessedii Planch. & TrianaClusia parviflora Saldanha ex Engl.FamíliaClusiaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore ou arvoreta, ocasionalmente arbusto, 1,5-12 m alt.; exsudato branco; ramos jovens cilíndricos, achatados ou angulosos, com estrias longitudinais, cutícula não descascando em anéis. Folha peciolada; pecíolo 3‒20 × 1‒5 mm, canaliculado; lâmina coriácea, margem revoluta; nervura central saliente e canaliculada na superfície adaxial, saliente, carenada e pouco conspícua próximo ao ápice na superfície abaxial. Inflorescência ereta; pedúnculo cilíndrico ou achatado; brácteas triangulares, carenadas ou não, bractéolas 2, triangulares, na parte apical do pedicelo, unidas na base, carenadas ou não. Botão globoso, verde‒avermelhado. Flor 2‒2,7 cm diâm, cálice verde‒avermelhado, corola branca; sépalas 4‒5, orbiculares, opostas às pétalas; pétalas 5, membranáceas in sicco; flor estaminada: pistilódio ausente, estames numerosos, os mais externos fundidos na base e os mais internos livres, anteras eretas, 0,6‒2 mm × 0,5‒0,7 mm, conectivo pouco ou muito prolongado acima da antera, maior ou menor que a antera, 0‒1,5 mm compr.; flor pistilada: estaminódios 5‒10, anteródios pouco ou muito desenvolvidos, 0,4‒1,5 × 0,5‒1 mm, conectivo pouco ou muito prolongado acima da antera, maior ou menor que a antera, 0‒1,9 mm compr., filetes ca. 1‒1,6 mm compr., unidos entre si na base; ovário 5‒locular, subgloboso ou oblongo, ca. 3‒4,5 × 2,8‒3,6 mm, estigmas grandes, finamente papilosos, 1,7‒2,8 × 1,3‒1,9 mm, recobrindo uma grande parte da metade superior do ovário. Fruto submaduro verde‒avermelhado, globoso, 1,5‒2 × 1,5‒1,8 cm, estigmas próximos ao ápice, não coniventes, deixando espaço no centro de ca. 2‒3 mm de diâm.; pétalas decíduas, sépalas e estaminódios persistentes (JUNIOR, 2017).CaracterísticaClusia criuva ssp. criuva pode ser diferenciada de outras espécies da seção por suas folhas pecioladas e elípticas, flores com 2‒2,5 cm. diâm. com pétalas brancas. A espécie é frequentemente confundida com C. criuva ssp. parviflora Vesque, da qual pode ser diferenciada por seus estames com anteródios bem desenvolvidos e conectivos pouco prolongados. Além disso, C. criuva ssp. parviflora não ocorre em cerrados e campos rupestres, sendo mais comum na zona costeira e ocasionalmente encontrada em regiões serranas no domínio Mata Atlântica (JUNIOR, 2017).Floração / frutificaçãoFloração: novembro a fevereiro. Frutificação: novembro a abril (JUNIOR, 2017).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Tocantins); Nordeste (Bahia); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás); Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (CLUSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaA madeira era utilizada antigamente para construção civil e lenha.InjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.CLUSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6832>. Acesso em: 28 Out. 2019.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.JUNIOR, J.E.N. Estudos taxonômicos e ecológicos no clado Criuva (Clusia L., Clusiaceae). Tese, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP. 2017. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331180/1/NascimentoJunior_%20JoseElvinoDo_D.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.