Gênero: Moquiniastrum

Nomes popularesCambará-guaçú, camba-de-folha-grande, cambará, cambará-de-folha-grande, cambará-do-mato, cambará-guaçú, cambará-pérola, candeia, vassourãoNome científicoMoquiniastrum polymorphum (Less.) G. SanchoVoucher268 (Schwirkowski) MBM392080SinônimosGochnatia polymorpha (Less.) CabreraMoquinia polymorpha (Less.) DC.Spadonia polymorpha Less.FamíliaAsteraceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore de 3,5 a 10 m de altura, com tronco tortuoso, suberoso, de 20 a 50 cm de diâmetro, com casca profundamente sulcada, com estrias largas. Suas folhas são simples, alternas, oval a ovallanceolada, com base e ápice agudos, subcoriáceas, branco-tomentosas na face inferior, de 7 a 18 cm de comprimento por 2,5 a 7 cm de largura. As flores branco-amareladas, de 0,6 a 10 mm de comprimento, aparecem em densas inflorescências do tipo capítulo, nas axilas das folhas terminais. Os frutos são aquênios, pequenos, com 2 a 5 mm de comprimento, brancos e densamente pilosos (MARQUES, 2007, p. 124).CaracterísticaDifere de Gochnatia cordata pelo hábito arbóreo, pelas folhas elípticas ou lanceoladas, pecioladas, e pelos ramos e folhas incano-tomentosos.Floração / frutificaçãoFloresce de outubro a abril, frutificando de janeiro a maio. Apresenta farta produção de sementes, com até 2 milhões e unidades por quilo.,DispersãoAnemocórica.HabitatPlanta nativa do Brasil, ocorre nas florestas semidecídua ou decídua, heliófita, pioneira ou secundária inicial, seletiva xerófila, de grande destaque nas formações de solos ácidos e regiões de clima mais ameno. Característica das capoeiras e capoeirões das Florestas Estacionais Semideciduais e das áreas marginais do cerradão. Ocorre também na Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Densa e Formações Campestres.Distribuição geográficaOcorre da Bahia até o Rio Grande do Sul, incluindo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.EtimologiaPropriedadesFitoquímicaO néctar possui entre 27% e 31% de açúcar. Como forragem, apresenta 11% a 14% de proteína bruta, e 5% a 7% de tanino. Possui também compostos afiláticos e aromáticos, fenilpropanóides, monoterpenos e sesquiterpenos. Álcoois e aldeídos são as classes químicas predominantes. Extratos das folhas, ramos e casca mostraram-se fonte de material anti-bacteriano.FitoterapiaNa medicina popular, as folhas são utilizadas em chás, no tratamento das afecções pulmonares, como expectorante, no combate à gripe, tosse, coqueluche e asma. Os índios de várias etnias do Paraná e Santa Catarina usam a casca do caule no tratamento do reumatismo ósseo.FitoeconomiaPossui características ornamentais, pela folhagem de cor prateada e a forma retorcida dos ramos. É recomendada para a arborização de ruas, avenidas, parques e praças, pois seus sistema radical não causa dano ao calçamento.É uma planta apícola e pode servir como forrageira. Por se tratar de uma planta pioneira, adaptada a terrenos pobres e secos, é útil para a recomposição de reflorestamentos mistos de áreas degradadas. Esta planta possui grande qualidade para a conservação do solo, principalmente por poder ser cultivada sem problemas e muitos locais bem drenados; com inundações periódicas de rápida duração ou com lençol freático superficial, o que a torna útil como planta fixadora de barrancas de rios.A madeira pode ser utilizada para postes, cercas, esteios e obras imersas.InjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.CITADINI-ZANETTE, V.; BOFF, V. P. Levantamento Florístico em Áreas Mineradas a Céu Aberto na Região Carbonífera de Santa Catarina, Brasil; Florianópolis; Secretaria de Estado da Tecnologia, Energia e Meio Ambiente. 1992. 160p.FERNANDES, A. C.; RITTER, M. J. A Família Asteraceae no Morro Santana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. R. Bras. Bioci., Porto Alegre, v. 7, n. 4, p. 395-439, out./dez. 2009. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/viewFile/1220/897>.MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf>.MATTEUCCI, M. B. A. et al. A Flora do Cerrado e Suas Formas de Aproveitamento. Universidade Federal de Goiás. Anais Esc. Agron. E Vet., 25(1): 13-30, 1995. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/pat/article/viewFile/2732/2744>.MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.RODRIGUES, W. F. et al. Espécies Arbóreas da Serra do Tapes: Um Resgate Etnobotânico. EMBRAPA Clima Temperado. Pelotas, 2007. 68p. il. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/documentos/documento_190.pdf>.SANCHO, G., Roque, N. 2010. Gochnatia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB005325).WEISER, V. L. Árvores, Arbustos e Trepadeiras do Cerradão do Jardim Botânico Municipal de Bauru, SP. Universidade Estadual de Campinas. Tese de Mestrado. 2007. 111p. Disponível em: <http://dominiopublico.qprocura.com.br/dp/72354/Arvores--arbustos-e-trepadeiras-do-cerradao-do-Jardim-Botanico-Municipal-de-Bauru--SP.html>.
Nomes popularesCambaráNome científicoMoquiniastrum polymorphum subsp. floccosum (Cabrera) G. SanchoVoucher50A Schwirkowski (MBM391840)SinônimosGochnatia polymorpha subsp. floccosa CabreraFamíliaAsteraceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoAnemocórica.HabitatDistribuição geográficaSudeste (Minas Gerais, São Paulo), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaRoque, N. Moquiniastrum in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB130872>. Acesso em: 27 Set. 2014