Colocasia esculenta

Nomes popularesInhame, taioba, tarôNome científicoColocasia esculenta (L.) SchottSinônimosArum esculentum L.Arum colocasia L.Colocasia antiquorum Schott in Schott & EndicherCaladium colocasia (L.) W. WightFamíliaAraceaeTipoNaturalizada.DescriçãoPlanta herbácea glabra, acaule, com cormo maciço e carnoso na base, e com cormelos laterais comestíveis. Folhas em roseta livre; lâminas apontadas para baixo, 23-55 x 12-38 cm compr, cordadas ou lanceoladas, subcoriáceas, verdes em cima, glaucas embaixo, com ápice obtuso, agudo ou levemente acuminado, com base peltada-cordada, e margens levemente onduladas, com veio coletor submarginal; pecíolos eretos, com até 85 cm compr, inseridos 3-7 cm a partir da base da lâmina, invaginante ou no máximo 1/3 da lâmina. Inflorescência axilar, ascendente, solitária; pedúnculo quase do comprimento do pecíolo, cilíndrico; espata carnuda, com até 35 compr, com tubo verde, lâmina lanceolada, pouco mais alargada que o tubo, amarela a laranja, flexível próxima à base, caduca; espádice amarela, muito próxima à espata, com zona de flores estéreis e com apêndices distais aproximados das zonas de flores férteis.Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaEtimologiaPropriedadesFitoquímica-TubérculosComposição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais; Calorias 102, Proteínas 1,8g, Lipídios 0,1g, Glicídios 23,8g, Fibra 1,0g, Cálcio 51mg, Fósforo 86mg, Ferro 1,2mg; Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas; Vitamina B1 0,10mg, Vitamina B2 0,03mg, Niacina 0,8mg, Vitamina C 8mg. ; Folhas: Composição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais. Calorias 31, Proteínas 2,4g, Lipídios 0,6g, Glicídios 5,g, Fibra 1,5g, Cálcio 98mg, Fósforo 49mg, Ferro 2,0mg. Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas: Vitamina B1 0,17mg, Vitamina B2 0,35mg, Niacina 0,8, Vitamina C 11mg.FitoterapiaSão poucos os usos medicinais do taro. No Gabão, as raspas do rizoma são aplicadas como cataplasma para tratar picadas de cobra e reumatismo. Na República da Maurícia, folhas jovens de taro são comidas para tratar hipertensão arterial, problemas de fígado e eczema. Em Madagascar, os rizomas são usados para tratar feridas e úlceras. Ainda no Gabão, as folhas de taro juntamente com as folhas de Tephrosia sp. são usadas para tratar envenenamento por peixe (SILVA, 2011).Esta planta também tem aplicações medicinais contra anemia e frieira, para isto, utilizam-se os tubérculos e folhas. Os tubérculos devem ser cozidos e consumidos junto com as refeições. E das folhas pode-se preparar um banho contra a frieira.FitoeconomiaO taro é um alimento com grande potencial para exploração, pois apresenta o mais baixo gasto de energia por unidade de amido ou caloria produzida dentre as espécies amiláceas. Além de sua rusticidade e capacidade de adaptação a diferentes condições edafoclimáticas, que permitem o seu cultivo desde áreas pantanosas até alto declive (NOLASCO, 1994), apresentando característica que o tornam uma alternativa viável de subsistência no estado de Roraima. Sua capacidade de adaptação às condições edafoclimáticas, possibilita alterações nas fases do ciclo, refletindo em sua duração e promovendo colheitas precoces ou tardias. Após descascado o taro pode ser preparado cozido, frito ou assado como acompanhamento de pratos principais. Também pode ser usado na preparação de sopas, bebidas, biscoitos, pães e pudins. É tolerado bem na dieta de crianças alérgicas e adultos com desordens gastrointestinais. Possui fácil digestibilidade dos grânulos de amido, elevado valor energético, alto conteúdo de vitaminas do complexo B, teores elevados de cálcio, fósforo e ferro, além da alcalinidade das cinzas e da não alergenicidade (MOY et al., 1980; SIVIERO et al., 1984). Por ser um alimento facilmente assimilado pelo organismo, o amido do taro pode ser usado em alimentos infantis, hipoalérgicos e como sucedâneo de cereal em dietas destinadas às pessoas com doença celíaca. É dito que reduz decadência dental em crianças. A goma é usada em comidas de bebê e como substituto de cereais. As folhas do taro são aproveitadas em sopas e molhos. Eles são especialmente populares em partes da África Ocidental, Índia e na região caribenha. As folhas e talos contêm uma substância irritante (oxalato de cálcio) que causa feridas na boca e garganta, sendo seu efeito reduzido após o cozimento (SILVA, 2011).InjúriaQuando fresco é amargo e possui sabor desagradável devido à presença de numerosas ráfides de oxalato de cálcio, os quais apenas são destruídos por cozedura prolongada. Por essa razão, a ingestão de taro mal cozido pode levar a severos problemas gastrointestinais dada a presença das ráfides e de compostos irritantes na seiva não processada (SILVA, 2011).ComentáriosReceitaInhame assadoIngredientesInhame, folhas de louro, pão amanhecido, leite, manteigaModo de fazer:Descasque e lave o inhame. Corte em pedaços pequenos e tempere com louro. Misture o pão seco esmigalhado e coloque tudo numa forma. Coloque leite até cobrir o inhame e polvilhe com pão seco esmigalhado e um pouco de manteiga. Leve ao forno e deixe assar em fogo baixo.BibliografiaACEVEDO-RODRÍGUEZ, P.; STRONG, M. T. Monocotyledons and Gymnosperms of Puerto Rico and the Virgin Islands. Smithsonian Institution. Contributions from the United States National Herbarium. Volume 52: 1-415. 2006. il. Disponível em: <http://botany.si.edu/Antilles/PRFlora/monocots/vol52web.pdf >.ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília, DF, 2002. 141 p. il. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_1109_M.pdf>.SCHULTZ, A. R. Botânica Sistemática. 3ª ed. Editora Globo. Porto Alegre, 1963. 428p. il. v. 2.SILVA, E.E. A Cultura do Taro - Inhame (Colocasia esculenta (L.) Schott): Alternativa para o Estado de Roraima. EMBRAPA Documentos 51. 2011. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/122771/1/Documento-51-edmilson1.pdf>.STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.