Echinodorus grandiflorus

Nomes popularesChapéu-de-couro, aguapé, congonha-do-brejo, erva-do-brejo, erva-do-pântanoNome científicoEchinodorus grandiflorus (Cham. & Schltr.) Mitcheli.SinônimosAlisma grandiflorum Cham. & Schltdl.Alisma floribundum Seub.Echinodorus argentinensis RatajEchinodorus sellowianus BuchenauEchinodorus floribundus (Seub.) Seub.Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltr.) Mitcheli subsp. grandiflorusEchinodorus grandiflorus var. aureus FassettEchinodorus muricatus Griseb.FamíliaAlismataceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas 1,5–2 m alt., rizomatosas. Folhas emersas, bainha 8,5–22 × 2,8–3,5 cm, pecíolo cilíndrico, 11–72 × 0,6–3,5 cm, glabro ou com tricomas estrelados, lâminas ovais, 15–43 × 7,5–34 cm, com ou sem tricomas estrelados, 11–14 nervuras, marcas translúcidas em pontos e linhas, base tenuada a cordada, ápice agudo ou arredondado. Inflorescência paniculada, 0,63–2 m, 3–27 ciclos, 4–25 flores cada, com ou sem proliferações vegetativas, ráquis cilíndrica a triangular 48–90 × 0,3–0,9 cm, pedúnculo cilíndrico, glabro, costado ou não; brácteas lanceoladas, 3–muitas, 1,5–2 × 0,5–0,7 cm, 13–20 nervuras. Flores 1–2 × 2–4,2 cm, pedicelo 2–80 × 1 mm; sépalas 0,5–0,9 × 0,5–0,6 cm, 17–24 nervuras; pétalas brancas 1,5–2,5 × 1–1,5 cm; 21–31estames, anteras 2 mm compr., filetes 3 mm compr.; carpelos numerosos, amarelos, 2 × 1 mm, com apículo superior-lateral. Aquênios 1–3 mm compr., com apículo, 3–4 costas, 2–3 glândulas lineares. (CANALLI, 2017).CaracterísticaFloração / frutificaçãoPrimavera e verãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação: Vegetação Aquática (MATIAS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaTaninos, triterpenos e flavonóides. Possui alto teor de manganês (Mn), ferro (Fe) e sódio (Na).FitoterapiaPossui propriedades medicinais, como depurativa, diurética, antiofídica, anti-reumática, antisifilítica, anti-hipertensora, antiartrítica, anti-hidrópica, antilítica, antinefrítica, antinevrálgica, emoliente, tônica, laxante e adstringente. Outros usos são no combate às erupções de pele, doenças renais e das vias urinárias, ácido úrico, distúrbios hepáticos, gota, edemas, arteriosclerose, nevralgias, dermatoses, debilidade orgânica, convalescença, amigdalite, faringite, estomatite, gengivite e feridas crônicas. O rizoma, na forma de massa, serve como cataplasma para o tratamento de hérnias e torcicolo. (PLANTAS MEDICINAIS, 2001).FitoeconomiaAs folhas e ramos, desidratados, servem para o preparo de uma bebida muito deliciosa, consumida em forma de chás ou sucos. A planta é ornamental em lagos e aquários, sendo também depuradora de águas poluídas. As folhas constituem uma boa forragem para o gado.Os tubérculos são comestíveis, utilizada em aquários, corantes, diurético, tônico, contra reumatismo, sífilis e anti-hipertensivo. (CANALLI, 2017).InjúriaÉ também uma planta daninha, infestando canais de irrigação e drenagem, margens de rios e lagoas. ComentáriosBibliografiaBOTREL, R. T. et al. Uso da Vegetação Nativa Pela População Local no Município de Ingaí, MG, Brasil. Acta bot. Bras. 20(1): 143-156. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v20n1/14.pdf>.CANALLI, Y.M.; BOVE, C.P. Flora do Rio de Janeiro: Alismataceae. Rodriguésia 68(1): 017-028. 2017. Disponível em: <https://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig68-1/03-0106-2016.pdf>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.COUTO, M. E. O. Coleção de Plantas Medicinais Aromáticas e Condimentares; Embrapa Clima Temperado; Pelotas, 2006. 91p. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/folder/plantas_medicinais.pdf>.CREPALDI, M. O. S. 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