Heliconia farinosa

Nomes popularesCaeté-banana, caeté, bananeira-do-mato, bico-de-papagaio, helicôniaNome científicoHeliconia farinosa RaddiBasionônioSinônimosHeliconia velloziana (L.) EmygidioFamíliaHeliconiaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoErva musóide. Rizoma paquimorfo. Pseudocaule 3 - 50 por rizoma. Folhas 3 - 8 por pseudocaule. Bainha inteiramente verde ou com margem vermelha, glabra a tomentosa, raro farinácea. Pecíolo verde, glabro a tomentoso, raro farináceo. Lâmina elíptica a oblonga, base atenuada a obtusa e assimétrica, ápice agudo a acuminado, íntegra; face adaxial verde-escura, glabra; face abaxial verde-clara, glabrata a tomentosa ao longo da nervura principal até o terço médio, raro glabra e/ou farinácea. Inflorescência terminal, ereta; pedúnculo verde, vermelho ou amarelo-avermelhado, glabro a tomentoso; raque reta ou sinuosa, vermelha a vermelho-alaranjada, pubescente a tomentosa ou raro glabra. Brácteas 4 – 14 por inflorescência, formando ângulo de 35º - 90º em relação à raque, dísticas, laxas, persistentes, cimbiformes, lisas, ápice reto, margem reta; externamente inteiramente vermelhas ou com máculas verdes, pubescentes a tomentosas ou raro glabras; internamente alaranjadas, amareladas ou vermelhas, glabras; bráctea basal fértil ou estéril, apêndice foliáceo raro presente. Bractéolas elípticas a oblongas, ápice acuminado, brancas ou branco-hialinas, glabras a pubescente ao longo da carena, decompostas na frutificação. Flores 5 – 20 por cincínio, não ressupinadas; botões parcialmente exsertos; pedicelo branco, verde ou verde-amarelado, glabro a pubescente. Perianto parabólico, inteiramente verde ou raro com ápice da sépala dorsal amarelada, glabro a tomentoso junto às quilhas; sépalas ventrais retas, sépala dorsal curva. Estames com filete branco, glabro; antera branca, glabra; estaminódio linear, oblongo ou lanceolado, ápice obtuso a acuminado, plano ou convexo, liso, branco, glabro. Ovário verde, branco-esverdeado ou raro verde-claro com ápice verde-escuro, glabro a pubescente; estilete branco, glabro. Frutos imaturos verdes, branco-esverdeados ou raro verde-claros com ápice verde-escuro (maduros azuis), glabros (CaracterísticaTem como característica as brácteas curvadas no ápice, flores parabólicas e torcidas na maturidade e semiexpostas na antese (CASTRO, 2011).Floração / frutificaçãoOutubro a janeiroDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (HELICONIACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaEspécie com grande potencial ornamental. As folhas das espécies de helicônias também são utilizadas para envolver e embalar alimentos, tanto para transporte como para assar ou cozer, dando um sabor especial ao alimento assim preparado.A base branca(tenra) dos caules pode ser consumida, de modo similar ao palmito ou aspargo, in natura (em pequenas quantidades) ou refogadas, cozidas ou transformadas em picles (KINUPP, 2007, p. 248).InjúriaComentáriosEncontra-se na lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Brasil.BibliografiaCASTRO, C.E.F. et al. Helicônias brasileiras: características, ocorrência e usos. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental V. 17, Nº.1, 2011, p. 5-24. Disponível em: <https://ornamentalhorticulture.emnuvens.com.br/rbho/article/download/725/532>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.HELICONIACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB7958>. Acesso em: 01 Nov. 2019.INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, de 23 de Setembro de 2008. Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Ministério do Meio Ambiente. 2008. 55p. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_federal/INSTRUCAO_NORMATIVA/INSTRUCAO_NORMATIVA_06_DE_23_DE_SETEMBRO_DE_2008.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.