Solanum aculeatissimum

Nomes popularesJoá, joá-melancia, mata-cavalo, arrebenta-cavalo, arrebenta-boi, joá-bravo, joá-de-espinhoNome científicoSolanum aculeatissimum Jacq.SinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto muito ramificado, de 0,3 a 1,2 m de altura, caule com até 3,5 cm de diâmetro na base, ramos estendidos lateralmente. Caule, ramos, pecíolos e pedicelos cobertos de tricomas simples, de diferentes comprimentos e com 2-6 células, e tricomas glandulares de dois tipos. AScúleos numerosos, de diferentes tamanhos e de duas formas, os aciculares com até 1 cm de comprimento, e os lanceolados, esses alargados e achatados na base, com até 2 cm de comprimento, e 0,5 cm de base, amarelo-esverdeados ou vinosos, perpendiculares aos ramos ou levemente reflexos, cobertos com tricomas simples e glandulares até 1/3 de seu comprimento, às vezes glabros. Folhas solitárias ou geminadas, e então a maior com o dobro da menor. Pecíolo com 3-10 cm de comprimento; acúleos iguais aos dos ramos, os achatados em regra maiores (até 2,9 cm), cobertos de tricomas si8mples e glandulares até 2/3 de seu comprimento. Lâminas ovaladas, pinatilobadas até 2/3, em regra com 7 lobos, esses agudos e de Margem levemente lobada, mais compridas do que largas, de 5-25 cm de comprimento, esverdeados ou vinosos. Face adaxial da lâmina foliar com aspecto viloso, coberta de tricomas hialinos, simples, de 2-4 células, e glandulares, de tamanho desigual e com acúleos iguais aos dos ramos. Face abaxial com as nervuras cobertas de tricomas simples, de 2-4 células e glandulares, aréolas densamente cobertas de tricomas porrecto-estrelados, de 3-5(6) raios laterais, raio central pouco mais longo que os laterais, além de tricomas simples de 2-3 células e glandulares, curtos e longos; acúleos ligeiramente menores que os da face adaxial, igualmente com tricomas simples e glandulares até 2/3. Inflorescência extra-axilar, cimosa, séssil ou sub-séssil, com até 7 flores, apenas 1-2(3) férteis; pedicelo de até 2 cm de comprimento, com tricomas iguais aos dos ramos, e acúleos, quando presentes, aciculares. Cálice com lacínias triangular-lanceoladas, de até 0,6 cm de comprimento, desiguais entre si, uma delas 0,1-0,2 cm mais longa que as demais, cobertas com tricomas hialinos, simples e glandulares, iguais aos dos ramos. Corola esverdeada, rotada, reflexa quando aberta, profundamente lobada, lacínias lanceoladas, de até 1,2 cm de comprimento e 0,3 cm de largura, face abaxial com tricomas iguais aos do cálice. Anteras esverdeadas, muito atenuadas, de 0,7-0,8 cm de comprimento. Ovário subgloboso, coberto de tricomas glandulares curto-pedicelados; estilete das flores basais mais longo que os estames. Fruto subgloboso, com até 3 cm de diâmetro, esverdeado e com manchas esbranquiçadas irregulares quando imaturo, amarelo quando maduro, geralmente 1 por inflorescência, raro 2(3); sépalas persistentes, tornando-se mais largas e longas, de até 1 cm de comprimento, desiguais. Sementes lenticulares, não aladas, com contorno não perfeitamente circular, amarelas a amarelo-amarronzadas, de até 0,3 cm de tamanho. (MENTZ, 2004, p. 26).CaracterísticaSolanum aculeatissimum e Solanum reflexum têm características básicas em comum, como ramos e pecíolos cobertos por tricomas de mais de 0,2 cm e de diversos tamanhos, cálice com sépalas de comprimentos diferentes e ovário coberto por pequenos tricomas glandulares. Divergem, no entanto, na cor da corola e estames, na forma das anteras e na forma e tamanho das folhas e acúleos. Solanum reflexum tem folhas deltóides (figura 2 A-E), acúleos aciculares de comprimento mais ou menos uniforme, corola branca e anteras pouco atenuadas e amarelas na metade inferior e brancas na metade superior, enquanto que Solanum aculeatissimum tem folhas pinatilobadas, mais longas que largas (figura 2 F-J), acúleos de diferentes tamanhos, muitos deles alargados e achatados em direção à base, corola esverdeada e estames igualmente esverdeados, com anteras visivelmente atenuadas. Também diferem no hábito; a primeira raramente alcança mais de 30 cm, é pouco ramificada e o caule tem, no máximo, 1 cm de diâmetro na base, enquanto que a segunda é muito ramificada, alcançando altura de 1,2 m e caule de até 3,5 cm de diâmetro na base.(MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam período de floração e frutificação entre setembro e maio (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Campo Limpo, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaO epíteto específico do nome se deve ao elevado número de acúleos existentes em toda a planta (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaArrebenta-cavalo refere-se ao fato das sementes serem tóxicas aos eqüinos, podendo causar-lhes a morte. Planta daninha encontrada facilmente em pastagens e beira de estradas.ComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum affine

Nomes popularesArrebenta-cavaloNome científicoSolanum affine Sendtn.SinônimosSolanum jatrophifolium DunalSolanum micans WitasekFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 2(2,5) m de altura, com caule ereto, pouco ramificado, ramos cobertos de tricomas glandulares pequenos e com tricomas simples de 1-2 células, esparsos, acúleos de vários tamanhos em ângulo reto ou pouco inclinados para baixo, aciculares ou raro alargados e achatados na base. Folhas solitárias ou geminadas, então desiguais no tamanho. Pecíolo canaliculado, canal com tricomas simples de 1-2 células, restante do pecíolo coberto de tricomas simples de 1-4 células e tricomas glandulares. Lâminas profundamente lobadas, com 2-3 pares de lobos de margem irregular, discolores ao secar, com 7,5-18 cm de comprimento e 5-11 cm de largura. Face adaxial da lâmina foliar com tricomas simples de 1-2 células, raro até 4 e tricomas glandulares. Nervura principal apenas com tricomas simples de 1-2 células. Acúleos com a base coberta de tricomas glandulares, raro tricomas simples. Bordo da lâmina ciliado, com tricomas simples de 2-3 células. Face abaxial freqüentemente vinosa, com tricomas porrecto-estrelados, sésseis, de 4 (3-5) raios laterais, raio central tão longo quanto os laterais, sempre sobre nervuras de 2ª, 3ª ou mais ordens, e tricomas glandulares; acúleos com raros tricomas simples, base com tricomas glandulares. Inflorescência extra-axilar, cimosa, escorpioidal, secundiflora, com 5-20 flores. Cálice profundamente lobado, lobos estreitos, lanceolados, quase lineares, de margem escariosa pouco visível e ciliada, lacínias cobertas de tricomas glandulares e simples, longos, com poucos acúleos próximos à base. Corola branca, creme, amarelo-esverdeada a amarela, profundamente lobada, lobos lanceolados e planos, face abaxial coberta de tricomas simples e glandulares. Anteras amarelas, às vezes esbranquiçadas. Ovário globoso, coberto de tricomas glandulares; estilete mais longo que os estames. Frutos globosos, verde-escuros com estrias esbranquiçadas quando imaturos, amarelo quando maduros, de até 2 cm de diâmetro. Sementes lenticulares, com até 0,3 cm de diâmetro, com asa estreita, de até 0,1 cm. (MENTZ, 2004, p. 30).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam período de floração e frutificação entre outubro e abril (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (SOLANUM, 2020).EtimologiaNão existe registro sobre a etimologia do nome, mas um comentário de Sendtner (1846) sobre as diferenças entre esta espécie e Solanum spectabile Steud. (= Solanum vaillantii Dunal) sugere que ele quisesse mencionar a afinidade entre ambas (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum alatirameum

Nomes popularesJoá-manso-alado, juá, joáNome científicoSolanum alatirameum BitterSinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 3 m de altura; ramos apicais robustos, angulados e alados. Folhas solitárias, escuras ao secar, alado-pecioladas, alas decurrentes nos ramos. Lâmina oblongo-obovalada, largura maior no terço superior, ápice agudo,base atenuada e decurrente, margem pouco ondulada, de 18-40 cm de comprimento e 8-11 cm de largura, membranosa, aparentemente glabra, mas com alguns tricomas glandulares próximos às nervuras ou espalhados na face abaxial, apenas observáveis com lente de mais de 20 aumentos. Inflorescência cimosa, ramificada, pseudo-terminal a lateral, multiflora, de aspecto racemosocorimbiforme, pêndula, mais curta do que as folhas; pedúnculo de 4-7 cm de comprimento, anguloso; pedicelos de 1-2 cm de comprimento, articulados na base. Cálice com 0,3-0,4 cm de comprimento, lacínias partidas até a porção mediana, truncadas, agudas, cobertas de tricomas iguais aos da lâmina. Corola amarela a branco-amarelada, lacínias profundamente partidas, lanceoladas, de 0,6-0,8 cm de comprimento, com alguns tricomas simples na face abaxial. Anteras oblongas, amarelas, de 0,4 cm de comprimento. Ovário subgloboso, glabro, estilete pouco mais comprido do que os estames, estigma pouco alargado. Fruto globoso, esverdeado-esbranquiçado, escuro quando maduro, de 0,6-0,8 cm de diâmetro; pedicelos de até 2,5 cm de comprimento, lenhosos, engrossados no ápice (MENTZ, 2004).CaracterísticaOs ramos alados facilitam a identificação desta espécie. A inflorescência apresenta uma ramificação em 3ou 4 braços, os quais partem mais ou menos em seqüência do pedúnculo principal, cada um deles com flores unilaterais, secundifloras, amarelas (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoPlantas floridas foram coletadas entre outubro e dezembro; frutos foram encontrados em outubro, dezembro, fevereiro, maio e junho. O período de floração deve ser maior (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum alternatopinnatum

Nomes popularesJuquiroba, juqueri, juquiri, caruru-de-espinhoNome científicoSolanum alternatopinnatum Steud.SinônimosSolanum juciri Mart. ex Sendtn.Solanum juciri var. inermis Glaz.Solanum viridipes DunalSolanum oleraceum Vell.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoEscandente, herbáceo-lenhosa, acúleos uncinados, retrorsos, isolados ou aos pares, esparsos nos ramos, aplanado lateralmente, glabro. Folhas isoladas, pinatissectas, pseudo imparipenadas, 5–7 segmentos; lâminas até 15 × 3,5 cm, membranáceas, base truncada a assimétrica, acúleos uncinados esparsos no pecíolo e ao longo das nervuras, broquidódroma e campto-broquidódroma, nervuras secundárias com espaçamento irregular; pecíolo ca. 4 cm compr.. Flores ca. 40, em corimbo dicotômico na porção terminal dos ramos, com acúleos uncinados e aciculares; botões turbinados; pedicelo ca. 1 cm compr., articulado; cálice campanulado, oblongo denteado, face interna papilosa; corola até 1,1 cm compr., alva, campanulado-estrelada, lacínias partidas, desiguais em compr., linear lanceoladas, ápice um tanto cuculado; anteras com poros apicais pequenos, atenuadas, introrsas; estilete duas vezes o tamanho dos estames, estigma apical. Baga ca. 2,2 cm diâm., globosa, verde variegada, quando madura (CARVALHO, 2006).CaracterísticaO hábito e as folhas pinatissectas aculeadas, permitem identificar facilmente a espécie (CARVALHO, 2006).A estampa de Vellozo, apesar de algumas diferenças significativas, não deixa dúvidas quanto à identidade da planta descrita como Solanum oleraceum. Os segmentos das folhas são muito mais alternos e curto-peciolados do que nas exsicatas examinadas, mas nas flores é possível observar um estame maior, não havendo outra espécie, na região das coletas, com essas características. O nome Solanum juciri é posterior à renomeação de Steudel, portanto sinônimo (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam dois períodos de floração no sul do Brasil, em março e abril e em outubro e novembro. É bem possível que estes dados não reflitam um período único e contínuo, devido ao pequeno número de exemplares vistos. Apenas uma coleta estava com frutos, em novembro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatEspécie heliófila de hábito escandente geralmente no dossel da floresta, por este motivo a visualização é muito difícil, pode ser facilitada pela presença de frutos maduros amarelados caídos no solo da floresta (CARVALHO, 2006).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM 2020).EtimologiaO epíteto específico deve ter sido dado pelo aspecto alternado dos segmentos das folhas (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaAs folhas seriam comestíveis e, segundo Vellozo (1829), usadas em gargarejos nas inflamações da epiglote (MENTZ, 2004).FitoeconomiaAs folhas seriam comestíveis e, segundo Vellozo (1829), usadas em gargarejos nas inflamações da epiglote (MENTZ, 2004).InjúriaComentáriosBibliografiaCARVALHO, L. D. F.; BOVINI, M. Solanaceae na Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro – Brasil. Rodriguésia 57 (1): 75-98. 2006. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig57_1/06-Freire.pdf>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum americanum

Nomes popularesErva-moura, maria-preta, maria-pretinha, erva-moura-açuNome científicoSolanum americanum Mill.SinônimosSolanum amarantoides DunalSolanum americanum var. nodiflorum (Jacq.) EdmondsSolanum nodiflorum Jacq.Solanum nodiflorum var. acuminatum DunalSolanum nodiflorum var. macrophyllum DunalSolanum nodiflorum var. petiolastrum DunalSolanum oleraceum DunalSolanum sciaphilum BitterSolanum tenellum BitterSolanum tenuiflorum Steud.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva ou arbusto de até 1,2 m de altura, de caule delgado, cilíndrico ou anguloso, glabro ou coberto de tricomas simples. Folhas basais solitárias, apicais geminadas. Pecíolo de 0,5-4,6 cm de comprimento. Lâminas inteiras ovaladas a ovalado-lanceoladas ou deltóides, membranosas, de (1,6)4,5-12 cm de comprimento e (0,4-0,9)2-7 cm de largura, ápice agudo, base atenuada, margem inteira até sinuado-dentada. Faces adaxial e abaxial glabras ou cobertas de tricomas simples, de 1-3(5) células ou tricomas com uma base pluricelular, plurisseriada e ápice unisseriado, de 4-6 células. Inflorescência cimosa, extra-axilar, de 3-6(8) flores, umbeliforme, pedunculada; pedúnculo de 1-3 cm de comprimento e pedicelos de 0,3-0,6 cm de comprimento. Cálice de 0,1-0,3 cm de comprimento, com 5 lobos ovalado-arredondados. Corola rotada, com tubo curto, branca, às vezes lilás, às vezes com porção central interna com uma mancha amarelada, com 0,5 cm de comprimento, lacínias oblongo-lanceoladas, partidas até 2/3 do comprimento, coniventes, flexas na antese. Anteras amarelas, de 0,1-0,2 cm de comprimento, coniventes, filetes glabros ou com tricomas simples na porção abaxial. Estilete muito mais comprido que os estames, coberto de tricomas simples na base, às vezes glabro. Fruto globoso, preto e brilhante na maturação, de 0,5-0,9 cm de diâmetro. (MENTZ, 2004, p. 35).CaracterísticaNa revisão da seção Solanum para a América do Sul, Edmonds (1972) dividiu esta espécie em duas variedades alopátricas: Solanum americanum var. americanum, de ramos e folhas glabros, com distribuição do Panamá até Argentina, Paraguai e Bolívia, e Solanum americanum var. nodiflorum (Jacq.) Edmonds, de ramos e folhas pubescentes, com ocorrência na Venezuela, Brasil, Uruguai, Bolívia e norte da Argentina. Ambas ocorrem, segundo ela, com menor freqüência, em outros países do continente sul-americano ou assilvestradas em outros continentes. O polimorfismo observado nos exemplares coletados no sul do Brasil, onde foram encontradas plantas com caule cilíndrico a anguloso, glabras até muito pilosas, com folhas de margens inteiras até muito dentadas, não permitiu que tais variedades pudessem ser delimitadas (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação durante todo o ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Ilhas OceânicasOcorrências confirmadas:Fernando de Noronha, TrindadeDomínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta de Terra Firme, Floresta de Várzea, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaOs frutos verdes são tóxicos, possuem um princípio ativo chamado alcalóide indólico.FitoterapiaO infuso ou decocto do caule e folhas é utilizado para acalmar a dor abdominal, para tratar a constipação e a hipertensão. As folhas consumidas em sopas ou saladas servem para abrir o apetite, sendo também utilizadas contra leishmaniose (F.França, UPCB 18448), em hepatite, sapinho e feridas (R.X.Lima 205, UPCB) e ainda como sedativa, narcótica e emoliente (G.Rau, SMDB 89) (MENTZ, 2004).FitoeconomiaOs frutos maduros são comestíveis, sendo excepcionalmente saborosos, podendo servir de matéria prima para geléias, musses, sorvetes ou como recheio e ou coberturas para bolos e tortas. As folhas são utilizadas na alimentação humana como hortaliça, e é uma boa fonte de proteína, manganês (Mn), fósforo (P), ferro (Fe) e boro (Na culinária, as folhas são preparadas cozidas ou fritas com ovos, alimento este, aliás, muito utilizado pelos índios Kaingang e em muitas outras partes do mundo.InjúriaOs frutos verdes são tóxicos, possuem um princípio ativo chamado alcalóide indólico. É também uma planta daninha, infestando lavouras, pomares, cafezais, jardins e terrenos baldios.ComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.MORAES, A. O.; et al. A Família Solanaceae nos “Inselbergues” do Semi-árido da Bahia, Brasil. IHERÍNGIA, Sér. Bot., Porto Alegre, v.64, n.2, p. 109-122, jul-dez. 2009. Disponível em: < http://www.fzb.rs.gov.br/publicacoes/iheringia-botanica/Ih64-2-p109-122.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum betaceum

Nomes popularesTomate-de-árvoreNome científicoSolanum betaceum Cav.SinônimosCyphomandra betacea (Cav.) Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoArbustos ou arvoretas (figura 1a), inermes, com ramos recobertos por tricomas simples, dendríticos e glandulares. As suas folhas são simples, pecioladas e alternas. A lâmina foliar de consistência membranosa e margem inteira ou lobada. As inflorescências são terminais do tipo cima escorpióide, pêndulas, ramificadas ou não. As flores são actinomorfas, monoclinas, pediceladas, com pedicelos articulados. O cálice é pentâmero com lacínias triangulares. A corola é estrelado-rotada, rotada ou campanulada e pentalobada. A flor apresenta cinco estames adnatos próximos à base da corola. As anteras são ventrifixas, elipsóides ou oblongadas, de deiscência poricida, com conetivo expandido, glanduloso, evidente na porção dorsal. O ovário é cônico ou ovóide, bilocular, com inúmeros rudimentos seminais; estilete cilíndrico, reto ou elipsóide, pêndula; cálice frutífero persistente, não acrescente (figura 1). As sementes são achatadas e reniformes (TAVARES, 2009).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas)Centro-Oeste (Mato Grosso)Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaSOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.TAVARES, V.L. Cultura de tecidos e atividade antioxidante de Cyphomandra betacea (Cav.) Sendtn. Univesidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul, RS. 2009. Disponível em: <https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/449/Dissertacao%20Valquiria%20de%20Lima%20Tavares.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.

Solanum caavurana

Nomes popularesCaavuranaNome científicoSolanum caavurana Vell.SinônimosSolanum acuminatum var. viridiflorum DunalSolanum anacamptorhachis BitterSolanum bassovia Mart. ex DunalSolanum crassiflorum Schott ex Sendtn.Solanum fossarum DunalSolanum leucocarpon var. multiflorum DunalSolanum triste Glocker ex DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ou arvoreta de até 5 m de altura, ramos glabros, escurecendo ao secar, cobertos de lenticelas esbranquiçadas. Folhas geminadas, de tamanho fortemente desigual. Pecíolo glabro, o das folhas maiores de 0,4-1,1 cm de comprimento. Lâminas das folhas maiores inteiras, ovaladas a ovalado lanceoladas, de lados visivelmente assimétricos, de 8-13 cm de comprimento e 3-7 cm de largura, com ápice agudo ou arredondado, base aguda ou obtusa, margem irregularmente ondulada, escuras ao secar, glabras, com exceção das domácias, formadas por um tufo de tricomas simples, pluricelulares, unisseriados, nas axilas das nervuras da face abaxial. Lâminas das folhas menores largo-elípticas a arredondadas, com 2-4,5 cm de comprimento e 2-3 cm de largura, de ápice arredondado, sem domácias. Inflorescência cimosa, simples, secundiflora, oposta às folhas, com até 14 (20) flores; pedúnculo de 0,5-1 cm de comprimento, pedicelos de 0,4-1 cm, glabros, articulados próximo à base, deixando cicatrizes visíveis. Cálice de 0,5-0,6 cm de comprimento, lacínias largoovaladas, mucronadas, petalóides, escuras ao secar, de margem escariosa, quase branca ao secar, glabro, com exceção de alguns tricomas simples no múcron. Corola rotada, branca, escura ao secar, lacínias profundamente partidas, ovalado-lanceoladas, crassas, cuculadas, patentes ou pouco reflexas na antese. Anteras iguais, oblongas, amarelas, de 0,4-0,5 cm de comprimento, fendendo após a deiscência. Ovário oblongo, glabro, estilete mais comprido do que os estames, curvo; estigma capitado, papiloso. Fruto globoso, quando maduro amarelo, de 0,8-1,2 cm de diâmetro; pedicelos dos frutos lenhosos, levemente reflexos; cálice acrescente, de margem escariosa (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoPara a Região Sul do Brasil, as coletas indicam floração em outubro e janeiro, e frutificação em janeiro, abril e maio. Analisando as demais coletas, é possível identificar um período de floração entre agosto e fevereiro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum campaniforme

Nomes popularesJoá-mansoNome científicoSolanum campaniforme Roem. & Schult.SinônimosSolanum caeruleum Vell.Solanum campanulatum Willd. ex Sendtn.Solanum cearense DunalSolanum coeruleum Vell.Solanum confertum DunalSolanum dusenii L.B.Sm. & DownsSolanum falcatum WitasekSolanum glabellum DunalSolanum indigoferum A.St.-Hil.Solanum laxiflorum Sendtn.Solanum microrbitum L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ereto, 0,5–3 m alt.; ramos glabros, secando verde-oliváceos, inermes. Unidade simpodial bifoliada geminada, com as folhas menores diferindo somente em tamanho, não em forma. Folhas estreito elípticas a elípticas, inteiras, lâmina 9,5–15 × 1,8–4 cm nas folhas maiores, 3–4,4 × 0,8–1,8 cm nas folhas menores, glabras em ambas as faces ou com tufos inconspícuos de tricomas simples nas axilas da nervura central com as secundárias, na face abaxial; pecíolo 0,5–1,5 cm compr. nas folhas maiores, 0,2–0,4 cm nas folhas menores; margem levemente revoluta. Inflorescências monoicas, cimas opostas às folhas, não ramificadas, 1,5–4 cm compr., pedúnculo 0,5–0,7 cm compr., eixo glabro. Flores 6–14; cálice levemente partido, cupuliforme, na antese com tubo de até 1 mm compr., lobos muito diminutos, acuminados, 0,5 × 2 mm, glabro em ambas as faces; botão floral elipsoide, acuminado, exserto do cálice; corola alva a esverdeada, 1,2–1,4 cm diâm., profundamente partida (quase até a base), lobos 5–6 mm compr., lanceolados, papilhosos no ápice e margens; estames com filetes ca. 0,5 mm, anteras amarelas, elípticas, 2–3 × 1 mm, glabras; estilete 4-5 mm, glabro. Fruto baga globosa, verde, glabro, 1–1,5 cm diâm.; sementes 10–20, achatadas, reniformes, 3–4 × 2 mm, não aladas (GIACOMIN, 2018).CaracterísticaPode ser reconhecida entre as espécies não aculeadas tratadas pelo padrão bifoliado geminado do simpódio, com as folhas menores diferindo somente em tamanho, inflorescências opostas às folhas, flores menores que 1,5 cm diâm. e folhas glabras ou com tufos de tricomas restritos às axilas da nervura central da face abaxial (padrão de indumento associado aos espécimes encontrados em Carajás e regiões (GIACOMIN, 2018).próximas)Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas, Pará, Roraima)Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaGIACOMIN, L.L.; GOMES, E.S.C. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Solanaceae. Rodriguésia 69(3): 1373-1396. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rod/v69n3/2175-7860-rod-69-03-1373.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum cassioides

Nomes popularesCanema-mirimNome científicoSolanum cassioides L.B.Sm. & DownsSinônimosSolanum canoasense L.B.Sm. & DownsSolanum cataractae L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 3 m de altura, com ramos estriados, escuros ao secar, os jovens pouco lenhosos, glabros ou esparsamente cobertos de tricomas dendrítico equinados. Folhas solitárias ou geminadas, em geral mais concentradas nas terminações dos ramos. Pecíolo de 0,3 a 1,1 cm de comprimento. Lâminas inteiras, delgado-coriáceas, concolores, obovalado-lanceoladas a lanceoladas, agudas no ápice e atenuadas na base, levemente decurrentes, bordos revolutos, com 1,7-12 cm de comprimento e 0,5-4(5) cm de largura. Faces adaxial e abaxial glabras a esparsamente cobertas por tricomas dendrítico-equinados. Inflorescência cimosa, fasciculado-corimbiforme, extra-axilar a falsamente terminal, então quase oposta às folhas, pêndulas, com 2-11 flores, pedúnculo de 0,5-1,1 cm (até 5 cm) de comprimento, pedicelos de 0,9-1,3 cm (até 2,8 cm) de comprimento, cobertos de tricomas dendrítico-equinados. Cálice glabro ou com tricomas dendrítico-equinados, lacínias profundamente partidas, largoovaladas, com bordos laterais escariosos e glabros, ápice estreito-acuminado, às vezes com um tufo de tricomas. Corola rotada, branca, com 1,7-2,5 cm de diâmetro, lacínias partidas até quase a base, ovalado-lanceoladas, com os bordos involutos, cobertas abaxialmente de papilas. Estames iguais, anteras oblongas, amarelas, com 0,4-0,5 cm de comprimento, estreitadas na base, dorso das anteras com papilas pouco visíveis. Ovário globoso, glabro, estilete glabro ou com tricomas dendrítico-equinados, estigma bilobado, com uma marca em cunha, esbranquiçada. Fruto globoso, com 1 cm de diâmetro, levemente apiculado. Frutos pêndulos (MENTZ, 2004).CaracterísticaSmith e Downs (1964) descreveram duas espécies, para eles muito próximas, Solanum cassioides e Solanum cataractae (nome inválido, substituído em 1966 por Solanum canoasense). Os critérios para distinguir uma espécie da outra foram baseados na relação de comprimento e largura das folhas e na presença de tricomas na planta adulta. Apenas três exsicatas examinadas poderiam ser incluídas em Solanum canoasense, segundo o conceito dos autores (Smith e Klein 7843, tipo, Reitz 5469 e 5493). Estas plantas foram coletadas nas mesmas localidades ou localidades muito próximas em que foram encontradas outras com tricomas esparsos ou densos, identificadas como Solanum cassioides. A análise do tipo de Solanum canoasense e das outras duas coletas não permitiu que fossem detectadas características que validassem o nome, sugerindo que estas plantas fossem exemplares glabrescentes ou glabros de Solanum cassioides. Entre os paratipos de Solanum cassioides, mencionados por Smith e Downs (1964), o exemplar Reitz e Klein 13357 é bastante semelhante ao tipo de Solanum canoasense, com folhas dispostas em maior densidade nos ramos apicais, característica encontrada também em outras coletas vistas neste trabalho. Nesta coleta também foi possível detectar umextremo de estilete glabro (paratipo Reitz e Klein 13357), em oposição ao estilete coberto de tricomas dendrítico-equinados do isotipo Reitz e Klein 7202. Intermediários entre estes extremos também foram vistos (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre julho e fevereiro; exsicatas com frutos foram vistas para os meses de setembro, novembro, dezembro e fevereiro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum chacoense

Nomes popularesBatata-silvestreNome científicoSolanum chacoense BitterSinônimosSolanum bitteri Hassl.Solanum calvescens BitterSolanum chacoense subsp. muelleri (Bitter) Hawkes & Hjert.Solanum muelleri BitterFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErva perene, de 20-150 cm de altura, ereta, às vezes semi sarmentosa, com estolões e tubérculos, esses de 1-2 cm de diâmetro. Roseta basal não distinta. Plantas com caule anguloso, não alado, ramificado. Folhas pinatissectas, de 8- 20 cm de comprimento, às vezes mais, glabras até densamente cobertas por tricomas simples, de 1 a 5 células, longos, esbranquiçados e glandulares. Pecíolo de 2-6 cm de comprimento. Lâminas com 3-6 pares de segmentos peciolulados, subopostos a alternados entre si, mais o segmento terminal; peciólulos de 0,2-0,3 cm de comprimento; segmentos intersticiais ausentes ou raros, quando presentes em número de 2-4, pequenos, não mais do que 0,2 cm de comprimento. Segmentos elípticos a elíptico-lanceolados, de 6-11 cm de comprimento e 2,5-3,1 cm de largura, de margem inteira, agudos ou geralmenteacuminados no ápice, obtusos ou subcordados na base; segmentos laterais de base assimétrica; segmento apical de tamanho igual aos laterais. Inflorescência cimosa, de aspecto paniculado, aparentemente terminal, em regra quase oposta às últimas folhas, com pedúnculo longo, de até 10,5 cm de comprimento e com 2-3 ramificações principais curtas, de até 1 cm de comprimento; pedicelos articulados na porção mediana, às vezes pouco acima ou abaixo. Cálice com 0,3 cm de comprimento, com lacínias ovaladas, desiguais, curtamente apiculadas. Corola rotada, branca, de cerca de 2 cm de diâmetro, com lacínias triangulares, partidas até a porção mediana, tão compridas quanto largas. Anteras amarelas, com 0,5-0,6 cm de comprimento, levemente atenuadas no ápice. Ovário globoso, estilete mais longo que os estames. Fruto globoso, levemente achatado lateralmente, verde ou com pequenas manchas púrpuras ou brancas, de 1,2-1,5 cm de diâmetro (MENTZ, 2004).CaracterísticaApesar de na natureza haverem sido coletadas plantas com frutos, nenhuma coleta frutificou no CPACT/EMBRAPA (Pelotas), durante o período de observação. Plantas frutificadas foram encontradas apenas em maio e novembro. Alguns autores (Hawkes e Hjerting, 1969; Morton, 1976) colocam Solanum muelleri como uma subespécie de Solanum chacoense Bitter, isto é, Solanum chacoense ssp. muelleri (Bitter) Hawkes e Hjert.. Algumas considerações dão suporte à separação de Solanum muelleri em um táxon em nível de espécie: caule alado e folhas em roseta basal são características de Solanum chacoense, não evidentes em Solanum muelleri; as folhas de Solanum chacoense apresentam segmentos laterais mais curtos e largos do que os de Solanum muelleri e segmentos intersticiais com aspecto semelhante aos principais, apenas menores, enquanto que em Solanum muelleri os mesmos não ocorrem ou, quando ocorrem, são muito pequenos, com não mais de 0,2 cm de comprimento. As lacínias do cálice são desiguais em Solanum muelleri, enquanto que iguais em Solanum chacoense. As duas espécies não são geralmente simpátricas, mas há uma zona em que elas parecem se sobrepor. Solanum chacoense ocorre no Paraguai e Argentina, existindo a citação de apenas uma coleta para a região limítrofe com o Brasil, na Província de Misiones, Departamento de Frontera, mesma região de uma única citação de coleta de Solanum muelleri (Hawkes e Hjerting, 1969) (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de outubro a março, bem como de maio a julho (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Mato Grosso)Sudeste (Minas Gerais)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo)Domínios Fitogeográficos Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo de Altitude, Campo Limpo, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila MistaEtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum compressum

Nomes popularesCanema-mirimNome científicoSolanum compressum L.B.Sm. & DownsSinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArvoreta a árvore de até 8 m de altura; ramos escuros, os jovens comprimidos, glabros ou com tricomas dendríticos. Folhas solitárias. Pecíolo com 1-1,8 cm de comprimento. Lâminas lanceoladas, com ápice agudo e atenuado, base aguda, margem inteira, com 6-17,5 cm de comprimento e 2,1-4,5 cm de largura, membranoso-coriáceas, concolores. Face adaxial com domácias, formadas por tricomas dendríticos restritos às axilas da nervura principal ou, mais raramente, esparsos ou cobrindo toda a lâmina. Inflorescência cimosa, dicasial, ramificada, pseudo-terminal, multiflora, de aspecto corimboso, cada ramo cimoso; pedúnculos com 2-3,2 cm; pedicelos com 1,2-2,5 cm, espessados no ápice, articulados pouco acima da base. Cálice campanulado, com 0,3 cm de comprimento, lacínias partidas até 1/3 do seu comprimento, arredondadas, agudas, glabras ou geralmente cobertas com tricomas dendríticos. Corola rotada, branca, raro branco-azulada, de 0,8-1 cm de comprimento, lacínias profundamente partidas, lanceoladas, agudas, patentes na antese, às vezes levemente cuculadas. Anteras oblongas, amarelas, com papilas grandes na face abaxial, dispostas em duas fileiras por teca. Ovário globoso, glabro, estilete mais comprido do que os estames, branco; estigma alargado, bilobado, verde. Fruto globoso, glabro, com ca. 1 cm de diâmetro, pedicelos engrossados em direção ao ápice, lenhosos, escuros quando secos. (MENTZ, 2004, p. 67).CaracterísticaQuando em estado vegetativo, esta espécie é semelhante à Solanum pseudoquina e à Solanum pabstii. Difere da primeira por apresentar nervuras mais proeminentes na face abaxial das folhas, que não ficam amarelas ao secar, e pela presença de tricomas dendríticos restritos às axilas da nervura principal ou sobre toda a face abaxial. Difere de Solanum pabstii pela consistência mais coriácea das folhas e também pela presença de tricomas dendríticos nas axilas da nervura principal. (MENTZ, 2004, p. 68).Floração / frutificaçãoFloresce e frutifica entre os meses de agosto e fevereiro.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum corymbiflorum

Nomes popularesBaga-de-veado, coeranaNome científicoSolanum corymbiflorum (Sendtn.) BohsSinônimosCyphomandra corymbiflora Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos ou arvoretas de 0,8-1,5 m de altura, inermes. Lâmina foliar inteira, de consistência membranácea, com 2,4-24,8 cm de comprimento e 1,6- 17,9 cm de largura, ovalada, de ápice acuminado e base cordada; superfície adaxial com tricomas simples distribuídos de forma uniforme na lâmina ou mais abundantes sobre as nervuras e tricomas glandulares geralmente mais abundantes nas regiões internervais; superfície abaxial, revestida apenas por tricomas simples, ou por tricomas simples e glandulares ou mais raramente por tricomas simples, dendríticos e glandulares; pecíolo de 1,4-14,3 cm de comprimento, com tricomas simples e glandulares ou mais raramente, tricomas simples, dendríticos e glandulares. Inflorescências ramificadas, flores pediceladas; pedúnculos de 2,1-10,0 cm de comprimento, ráquis em número de 2 a 5, com 1-16 cm de comprimento; pedicelos de 0,3-3,1 cm de comprimento. Pedúnculo, ráquis e pedicelos com tricomas simples e glandulares. Cálice rotado, com diâmetro de 1,0-1,5 cm, revestido por tricomas simples e glandulares nas faces adaxial e abaxial ou apenas na abaxial; lacínias com 0,2- 1,1 cm de comprimento e 0,15-0,40 cm de largura. Corola rotada, de coloração branca ou em diferentes tonalidades de lilás; glabra na face adaxial e com tricomas simples e glandulares na face abaxial; lobos com 0,8-2,0 cm de comprimento e 0,20-1,05 cm de largura. Filetes com 0,10-0,15 cm de comprimento; anteras atenuadas, de 0,4-0,8 cm de altura, diâmetro basal de 0,15-0,30 cm e diâmetro apical de 0,1-0,2 cm, com deiscência voltada para cima ou para a face adaxial. Ovário ovóide, de 0,2-0,4 cm de altura e 0,15-0,3 cm de diâmetro, revestido de tricomas simples e glandulares; estilete cilíndrico com 0,5-0,8 cm de comprimento, dotado de tricomas simples apenas na porção basal; estigma clavado ou truncado. Fruto elipsóide à globoso, agudo, obtuso ou arredondado no ápice, com até 6,5 cm de altura e até 3 cm de diâmetro (SOARES, 2006).CaracterísticaFloração / frutificaçãoExemplares floridos foram registrados ao longo de todos os meses do ano, embora o período de floração mais intenso pareça ocorrer do final de agosto a dezembro. O período de frutificação é mais intenso de novembro a janeiro (SOARES, 2006).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaSOARES, E. L. C.; MENTZ, L. A. As Espécies de Solanum Subgênero Bassovia Seção Pachyphylla (= Cyphomandra Mart. ex Sendtn. – Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânica nº 57: 231-254. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas, 2006. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica57/artigo11.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum delicatulum

Nomes popularesJoá-mansoNome científicoSolanum delicatulum L.B.Sm. & DownsSinônimosSolanum pavimenti L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbustos ou arbustos de até 2 m de altura, com ramos delgados, verdes, formando um ziguezague pouco pronunciado, glabros ou, em regra, com tricomas simples e dendríticos. Folhas sub-geminadas, às vezes a menor até 1 cm abaixo da maior. Pecíolo com 0,2-0,9 cm de comprimento. Lâminas inteiras, membranosas, concolores, as maiores ovaladas a ovalado-agudas ou elípticas, ápice agudo, base atenuada e assimétrica, decurrente, bordo liso ou levemente sinuado, com 4-10 cm de comprimento e 2-3 cm de largura, as menores ovaladas a sub-orbiculares, de até 1,5 cm de comprimento e 1 cm de largura. Face adaxial raro glabra, em geral com tricomas simples, bifurcados ou dendríticos. Face abaxial igual à adaxial, com nervuras proeminentes, amareladas na folha seca. Inflorescência cimosa, fasciculada, extra-axilar, com 1-4 flores, apenas uma fértil, séssil ou com pedúnculo de até 0,2 cm, pedicelos de até 0,6 cm, cobertos de tricomas simples ou dendríticos. Cálice com lacínias profundamente partidas, linear-lanceoladas, com 0,4-0,5 cm de comprimento, coberto abaxialmente por tricomas simples ou dendríticos. Corola rotada, branca, lacínias profundamente partidas, estreito-lanceoladas, de comprimento igual ou pouco maior do que o cálice, cobertas abaxialmente por tricomas simples ou dendríticos. Anteras oblongas, amarelas, de 0,3 cm de comprimento. Ovário ovoide globoso, glabro, estilete mais comprido do que os estames. Fruto globoso, apiculado, com 0,5-1 cm de diâmetro (MENTZ, 2004).CaracterísticaApesar das poucas coletas, a variabilidade na presença de tricomas dendríticos foi considerada como um fenômeno de menor importância, visto que eles também ocorrem, na mesma planta, junto a tricomas simples. As exsicatas Klein 1131 (HBR) e Klein 1203 (HBR, UPCB) são de plantas quase glabras, enquanto que em Hatschbach 20818 e Fontella (MBM) ocorrem apenas tricomas simples e M.Sobral 2878 (ICN) corresponde a uma planta coberta de tricomas simples e dendríticos (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoFoi encontrada com flores em fevereiro e frutificada em fevereiro e março (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum didymum

Nomes popularesJoá-velameNome científicoSolanum didymum DunalSinônimosCapsicum inaequale Vell.Solanum didymum var. subglabrum DunalSolanum didymum var. tomentosum DunalSolanum divaricatum DunalSolanum gemellum Mart. ex Sendtn.Solanum megalochiton Mart.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 3 m de altura, ramificado, às vezes com ramos semiescandentes; ramos jovens cobertos de tricomas estrelados, sésseis ou curto pedicelados, de 4-8 raios laterais e raio central de 1-3 células, mais longo do que os laterais, às vezes com raio central glandular. Folhas solitárias ou geminadas, então muito desiguais no tamanho. Pecíolo com 0,5-1 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas ovaladas a oblongas, de ápice acuminado, base largo-aguda a subcordada, em regra assimétrica, com 4-9 cm de comprimento e 2-4,2 cm de largura. Face adaxial verde a verde-escura, com tricomas estrelados de dois tamanhos; tricomas porrecto estrelados, de 4-6 raios laterais e raio central de 1-2 células, muito mais longoque os laterais, cobrindo toda a lâmina; tricomas maiores, estrelados, sésseis ou pedicelados, de 5-8 raios laterais em ângulos diversos e raio central de 2-3 células, muito mais longo que os laterais, distribuídos entre os anteriores; nervura mediana com tricomas iguais aos das regiões intercostais. Face abaxial verde-clara, com tricomas estrelados sésseis, curto (raro longo) pedicelados, com 5-8 raios laterais e raio central de 2-3 células, mais longo que os laterais; os tricomas sésseis com raio central de 1-2 células; nervura mediana proeminente, com tricomas estrelados em regra pedicelados, pedicelo curto ou longo, iguais aos das regiões intercostais. Inflorescência cimosa, de aspecto racemoso quando terminal e fasciculado quando oposta às folhas; pedúnculo desde ausente até 1,2 cm de comprimento, pedicelos de 0,8-1 cm de comprimento, articulados na base, com as cicatrizes das flores caducas evidentes no pedúnculo; pedúnculo e pedicelos cobertos de tricomas simples, glandulares e estrelados. Cálice com lacínias ovaladas, agudas, partidas além da porção mediana, com nervura mediana pouco evidente, com 0,5-0,7 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos da lâmina. Corola rotada, branca a lilás, com estrias vinosas ao longo da nervura mediana de cada pétala, lacínias largo triangulares, partidas além da porção mediana, com 1-1,3 cm de comprimento. Estames com filetes desiguais, curto-soldados; anteras oblongas, amarelas, com 0,3-0,4 cm de comprimento. Ovário globoso, estilete mais comprido do que os estames, glabro. Fruto globoso, com 0,6-0,7 cm de comprimento, quando imaturo verde, quando maduro roxo a negro; cálice pouco acrescente (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas da Região Sul indicam um período de floração entre abril e novembro e de frutificação entre setembro e novembro; na Região Sudeste, foram encontradas plantas com frutos também em janeiro, maio, julho e agosto (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará, Rondônia)Nordeste (Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum diploconos

Nomes popularesBaga-de-bugre, maracujá-de-macacoNome científicoSolanum diploconos (Mart.) BohsSinônimosSolanum fragrans Hook.Cyphomandra diploconos (Mart.) Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos ou arvoretas de até 4 m de altura, inermes. Folhas membranáceas à coriáceas, lâminas foliares inteiras, ovaladas, com 3,8-11,2 cm de comprimento e 1,9-5,0 cm de largura, ápice acuminado e base levemente cordada; lâminas foliares lobadas ou partidas, de contorno ovalado, com 12,0-27,4 cm de comprimento e 9,0-21,0 cm de largura, base levemente cordada; superfícies adaxial e abaxial com tricomas glandulares curtos, esparsamente distribuídos sobre as nervuras; pecíolo de 0,8-3,3 cm de comprimento, provido de tricomas glandulares. Inflorescências não-ramificadas, flores pediceladas; pedúnculos de 4,1-4,5 cm, ráquis única, com 2,5-4,3 cm de comprimento; pedicelos de 0,8-2,0 cm de comprimento. Pedúnculo, ráquis e pedicelos glabros ou glabrescentes, neste caso, com tricomas simples e glandulares, irregularmente distribuídos. Cálice rotado, com 1 cm de diâmetro, glabro na face adaxial e glabro ou revestido de tricomas simples e glandulares esparsos na face abaxial; lacínias com 0,25-0,4 cm de comprimento e 0,3 cm de largura. Corola campanulada, com coloração em diferentes tonalidades de roxo, passando a amarelo-esverdeado, glabra na face adaxial e com raros tricomas simples e glandulares na face abaxial; lobos com 1,0-1,1 cm de comprimento e 0,4 cm de largura. Filetes com 0,15 cm de comprimento; anteras oblongas com 0,5 cm de altura, diâmetro basal de 0,2 cm e diâmetro apical de 0,2 cm, com deiscência voltada para a face abaxial. Ovário cônico, com 0,3 cm de altura e 0,20 cm de diâmetro, glabro; estilete obcônico, com 0,5 cm de comprimento, glabro; estigma côncavo, com um par de glândulas apicais. Fruto elipsóide, obtuso no ápice, com até 3 cm de diâmetro (SOARES, 2006, p. 13).CaracterísticaApresenta folhas inteiras distribuídas regularmente em todo o indivíduo e folhas lobadas ou partidas, maiores que as demais folhas, situadas próximas à base do caule (SOARES, 2006, p. 14).Floração / frutificaçãoOutubro a janeiro, frutificando de janeiro a julho.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaOs frutos, quando bem maduros, são comestíveis e saborosos. Possui grande potencial ornamental.InjúriaComentáriosBibliografiaCARVALHO, L. D. F.; BOVINI, M. Solanaceae na Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro – Brasil. Rodriguésia 57 (1): 75-98. 2006. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig57_1/06-Freire.pdf>.SOARES, E. L. C.; MENTZ, L. A. As Espécies de Solanum Subgênero Bassovia Seção Pachyphylla (= Cyphomandra Mart. ex Sendtn. – Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânica nº 57: 231-254. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas, 2006. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica57/artigo11.pdf>SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum flaccidum

Nomes popularesJoá-cipóNome científicoSolanum flaccidum Vell.SinônimosSolanum convolvulus Sendtn.Solanum convolvulus var. heterophyllum WitasekSolanum convolvulus var. pilosum Sendtn. ex DunalSolanum flaccidum var. heterophyllum WitasekSolanum fultum Schrank ex Sendtn.Solanum triphyllum Vell.Solanum uncinellum var. atrosanguineum DunalSolanum uvariifolium DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoTrepadeira volúvel de até 4 m de comprimento, às vezes arbusto sarmentoso de até 2,5 m de altura, apoiante sobre outras plantas; ramos terminais em ziguezague, pendentes, glabros ou com tricomas simples, cilíndricos a angulosos. Folhas solitárias ou geminadas, então uma muito menor. Pecíolo às vezes volúvel, de até 3,2 cm de comprimento. Lâminas em regra inteiras, mais raramente pinatilobadas, ovaladas, glabras ou com tricomas simples na face abaxial, ao menos sobre as nervuras, ápice agudo a obtuso, base obtusa a arredondada ou levemente cordiforme, freqüentemente assimétrica, de 1,8-7 cm de comprimento e 1,2-3,7 cm de largura; nervuras evidentes em ambas as faces, a mediana mais saliente na face abaxial. Inflorescência cimosa, de aspecto paniculado-corimbiforme, terminal, pedúnculos furcados, com 20-65 flores; pedicelos delgados, de 1,5-2,4 cm de comprimento, articulados próximo à base. Cálice campanulado, de 0,3-0,5 cm de comprimento, com lacínias desiguais, glabras ou com a face abaxial raramente coberta por tricomas simples; tricomas presentes no interior do ápice mucronado. Corola rotada, azulada a violácea ou roxa, branca alguns dias após a antese, 1,3-2,5 cm de comprimento, lacínias deltóides, pouco mais compridas do que largas, com ápice agudo; face adaxial glabra, face abaxial com tricomas simples. Estames desiguais, com um filete muito mais comprido que os demais; anteras oblongas, amarelas, de 0,4- 0,6 cm de comprimento, com poro apical fendido lateralmente após a antese. Ovário ovalado, glabro, estilete de 0,9-1,1 cm de comprimento, piloso até 2/3 de seu comprimento, mais comprido do que os estames; estigma clavado a fendido. Fruto globoso, roxo-escuro quando maduro, com ca. de 1 cm de diâmetro; pedicelo engrossado na porção apical (MENTZ, 2004).CaracterísticaEsta espécie apresenta polimorfismo foliar, com folhas em regra inteiras, de base arredondada, mas também cordiformes (Britez 1195 et al., UPCB) ou então lobadas até quase compostas (Carrião e Uhlmann, UPCB 26106). Na exsicata Klein 1733 (HBR, UPCB), elas são lobadas até o ápice dos ramos. Os estames desiguais constituem a principal característica de identificação da espécie (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam floração em todos os meses do ano e frutificação de novembro a maio, além de agosto e setembro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum granulosoleprosum

Nomes popularesCuvitinga, gravitinga, caiçara, falso-tabaco, fumo-bravo, tabaquinhoNome científicoSolanum granulosoleprosum DunalSinônimosSolanum auriculatum Mart. ex DunalSolanum buddleiaefolium DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArvoreta ou árvore de até 10 m de altura, com caule de até 18 cm de diâmetro, muito ramificado. Casca do caule lisa, verde a marrom, glabra. Ramos jovens cobertos de tricomas sésseis, porrecto-estrelados e outros curto-pedicelados, estrelado-equinados, com raios laterais curtos e desiguais no comprimento, congestos, parecendo pequenos grânulos amarronzados a amarelo-dourados quando secos. Folhas dos ramos apicais acompanhadas de pequenas folhas axilares, auriculadas ou ovalado-lanceoladas. Pecíolo de 0,8-1,9 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas elípticas a oblongo-lanceoladas, de 9-20 cm de comprimento e 2,8-6,7 cm de largura, de ápice agudo e base obtusa ou aguda e margem inteira. Face adaxial verde ou verde-azinzentada, coberta de tricomas sésseis, porrecto-estrelados, curto-pedicelados, multiangulados e estrelado-equinados. Face abaxial verde-clara a acinzentada, densamente coberta de tricomas iguais aos da face adaxial, alguns longo-pedicelados; nervação proeminente. Inflorescência cimosa, de aspecto corimbiforme, com pedúnculo pronunciado, de até 14 cm de comprimento, então ramificado, as ramificações escorpioidais, cobertas de tricomas iguais aos dos ramos, curtos e longo-pedicelados. Cálice com lacínias triangulares e desiguais, tão compridas quanto largas, partidas até cerca da metade de seu comprimento, face adaxial glabra e abaxial coberta de tricomas sésseis, porrecto-estrelados e pedicelados, multiangulados e estrelado-equinados. Corola rotada, azul, lilás ou branca, com 1-1,7 cm de diâmetro, duas vezes mais longa do que o cálice. Anteras amarelas a amarelo-douradas, oblongas, de 0,3-0,4 cm de comprimento. Ovário globoso, coberto de tricomas curtos, multialgulados e estrelado-equinados, estilete mais comprido do que os estames, a porção basal com tricomas iguais aos do ovário. Fruto globoso, verde, de cerca de 1 cm de diâmetro, coberto de tricomas; quando maduro, amarelado. (MENTZ, 2004, p.81).CaracterísticaEspécie muito semelhante à Solanum mauritianum, da qual é possível distinguir pelos tricomas estrelados curtos, de raios muito congestos, e pela ausência de tricomas porrecto-estrelados na face adaxial do cálice. Existem exemplares intermediários entre ambas as espécies, sugerindo uma hibridização ou a possibilidade de ambas serem uma única espécie, com variabilidade ampla, principalmente nos tipos de tricomas. (MENTZ, 2004, p. 82).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação em todos os meses do ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaPor ser uma espécie pioneira, é indicada para recuperação de áreas degradadas.InjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum guaraniticum

Nomes popularesJurubeba, falsa-jurubebaNome científicoSolanum guaraniticum A.St.-Hil.SinônimosSolanum fastigiatum var. acicularium DunalSolanum regnellii HiernFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não é endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ereto, de até 2 m de altura, ramos basais glabros e apicais cobertos de tricomas pedicelados, estrelados, de até 6 raios laterais, raio central maior que 1/3 do comprimento dos raios laterais, cobertos de acúleos aciculares, glabros, amarelos, pouco comprimidos lateralmente, raro alargados na base, de (0,2)0,4-1,0 cm de comprimento, esparsos ou muito densos, patentes ou retrorsos na planta seca, os mais jovens com um tricoma estrelado no ápice. Folhas solitárias. Pecíolo de 1-5 cm de comprimento, com tricomas estrelados quase sésseis ou pedicelados, raio central mais curto que os laterais. Lâminas ovalado-lanceoladas a elípticas, inteiras ou as maiores com 2-3 pares de lobos pouco pronunciados, de 2-21 cm de comprimento e 1-8 cm de largura, ápice agudo, base cuneada. Face adaxial verde, em regra escurecida quando seca, com tricomas esparsos, curto-pedicelados, raro alguns sésseis, estrelados, com 4-7 raios laterais e raio central maior que ½ do comprimento dos raios laterais; nervura principal com tricomas iguais aos das zonas intercostais; acúleos raramente presentes, às vezes com tricoma estrelado no ápice. Face abaxial coberta de tricomas estrelados, curto e longo-pedicelados, freqüentemente formando tapete denso, esbranquiçado, em duas alturas, com 6-9 raios laterais, raio central pouco mais curto que os laterais; nervura principal com tricomas iguais aos das zonas intercostais, mas mais esparsos; acúleos raros. Inflorescência cimosa, racemoso-corimbiforme, terminal ou pseudo-terminal, de 5-20 flores, pedúnculo e pedicelos cobertos de tricomas iguais aos das folhas, acúleos, raros, pequenos, de até 0,5 cm de comprimento, aciculares. Cálice com lacínias estreito-triangulares, profundamente partidas, cobertas de tricomas estrelados. Corola rotada, branca ou levemente azulada, com 2,5-4 cm de diâmetro, lacínias largo-triangulares, cobertas abaxialmente por tricomas estrelados, glabras na região plicada. Anteras amarelas, levemente atenuadas, de 0,5-0,7 cm de comprimento. Ovário globoso, estilete clavado, mais longo que os estames. Frutos amarelos a amarelo-alaranjados quando maduros, glabros,globosos, de ca. de 1 cm de diâmetro, pedúnculo e pedicelos eretos, esses últimos engrossados em direção ao ápice (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação durante o ano inteiro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo Limpo, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaSaint Hilaire provavelmente nomeou esta espécie relacionando-a à região dos povos indígenas do sul do Brasil (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaSolanum guaraniticum, sob o nome de Solanum fastigiatum, tem sido citada como responsável por afetar o sistema nervoso central de bovinos (Riet-Correa, 1993), evidenciada no campo por crises do tipo epileptiforme, com perda de equilíbrio, quedas e tremores musculares. Quando ocorrem óbitos, são devidos,em regra, a traumatismos decorrentes das quedas (MENTZ, 2004).ComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum hasslerianum

Nomes popularesJoá, juá-mansoNome científicoSolanum hasslerianum ChodatSinônimosSolanum rizzinianum MattosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbusto com 0,2-1,0 m de altura, com xilopódio, arrosetado quando jovem, ramificado quando adulto, ramos às vezes decumbentes, cobertos de tricomas pedicelado-estrelados e tricomas multirradiados quase sésseis, além de tricomas sésseis, de 4-6 raios laterais e raros tricomas glandulares; acúleos jovens com tricoma estrelado no ápice, acúleos adultos aciculares ou achatados lateralmente, amarelos ou levemente ferruginosos, às vezes finos e esparsos, parecendo cerdas. Folhas solitárias. Pecíolo de 0,5-4 cm de comprimento, coberto de tricomas e acúleos iguais aos dos ramos. Lâminas repando-onduladas, ovaladas ou longo-elípticas, ou lobadas até profundamente pinatífidas, raro pinatissectas, de 6-22 cm de comprimento e 4,5-14 cm de largura, cobertas de tricomas ferruginosos, estrelados, com pedicelo curto ou longo, pluricelular,plurisseriado. Face adaxial às vezes glabrescente, com tricomas sésseis, porrecto-estrelados, de 4-8 raios laterais, que se recobrem, e outros multiangulados, levemente pedicelados, mais robustos, raio central mais longo que os laterais, com 1-2 células; nervura com tricomas iguais aos das zonas intercostais; acúleos aciculares, às vezes achatados na base, amarelos a ferruginosos, glabros ou com tricomas simples e glandulares esparsos na base. Face abaxial com tricomas estrelados sésseis, de 4-6 raios laterais, raio central mais longo que os laterais e tricomas estrelados 6-8(9) raios laterais, multiangulados, raio central mais longo que os laterais, esses pedicelados, mais robustos que os anteriores; tricomas longo-pedicelados de pedicelo engrossado ao longo da nervura principal, mais raro nas nervuras secundárias, com aspecto de acúleo, com tricoma multirradiado no ápice; nervura principal com tricomas iguais aos das zonas intercostais e com tricomas glandulares pequenos; acúleos com tricomas simples na base e glandulares até 1/3, raro mais. Inflorescência extraaxilar, lateral, com 2-10 flores, apenas as basais férteis; pedúnculos e pedicelos com tricomas e acúleos iguais aos dos ramos. Cálice campanulado, com 0,7-1,0 cm de comprimento, partido até a porção mediana, lacínias lanceoladas, face adaxial glabra e abaxial com acúleos iguais aos dos ramos. Corola rotada, de cor verde-pálido, branca a violácea, profundamente partida, lacínias estreito-lanceoladas, de 1,5-2,0 cm de comprimento, com tricomas estrelados na face abaxial. Anteras amarelas, com 0,8-1,1 cm de comprimento, muito atenuadas a partir de 1/3 do comprimento. Ovário globoso-ovóide, glabro, estilete mais longo que os estames nas flores basais, de até 1,8 cm, mais curto nas apicais, engrossado no ápice. Fruto globoso a elíptico, glabro, amarelo-alaranjado a vermelho-alaranjado, completamente envolvido pelo cáliceacrescente, esse densamente coberto de acúleos. Sementes com ca. de 0,3 cm de diâmetro (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre setembro e março e de frutificação entre outubro e abril (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo Limpo, Cerrado (lato sensu) (SOLANUM, 2020).EtimologiaEpíteto específico dado por Robert Chodat em homenagem a Émile Hassler, coletor e pesquisador suíço (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum hirtellum

Nomes popularesJoá-cipó-de-folha-miúdaNome científicoSolanum hirtellum (Spreng.) Hassl.SinônimosSolanum capsicoides Mart.Solanum gracillimum Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ca. 4 m alt. Ramos flexuosos, cilíndricos, pubérulos, hialinos. Folhas isoladas ou aos pares, desiguais, inteiras; lâminas até 11,5 × 4,5 cm, membranáceas, lanceoladas, ápice atenuado a cuspidado, base assimétrica,camptódromas, nervação secundária com espaçamento aumentando em direção ao ápice, áspera emambas as faces, tricomas estrelados sésseis ao longo das nervuras; pecíolo ca. 5 mm compr.. Flores ca. 20, em cimeira dicotômica laxa, extra-axilar, articuladas na base; pedicelo ca. 2 mm compr.; cálice campanulado, tricomas estrelados apiculados, lacínias agudas; corola até 3 mmcompr., alva, rotáceo-estrelada, lacínias lanceoladas; anteras com poros apicais grandes, oblongas, sésseis, introrsas; estigma mesma altura ou pouco acima dos estames. Baga ca. 6 mm diâm., globosa, ca. 6 sementes (CARVALHO, 2006).CaracterísticaFloração / frutificaçãoA floração e a frutificação ocorrem em todos os meses do ano, segundo as exsicatas examinadas (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaDo latim hirtus, igual a hirsutus, aparentemente devido à pilosidade, que, segundo a origem, diz respeito a tricomas rígidos e ásperos ao tato. O diminutivo hirtellum parece ter como tradução "pilosinho", isto é, coberto de tricomas muito pequenos (Marcos Sobral, comunicação pessoal) (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCARVALHO, L. D. F.; BOVINI, M. Solanaceae na Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro – Brasil. Rodriguésia 57 (1): 75-98. 2006. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig57_1/06-Freire.pdf>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum inodorum

Nomes popularesCipó-branco, joá-cipó-brancoNome científicoSolanum inodorum Vell.SinônimosSolanum decorticans Sendtn.Solanum decorticans var. laurinum (Dunal) WitasekSolanum decorticatum DunalSolanum laurinum DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoTrepadeira lenhosa, de até 3 m de altura, volúvel; ramos secos de cor amarelada a parda, angulosos, estriados longitudinalmente, glabros, com ritidoma descamante, foveolado quando visto com uma lente. Folhas solitárias, inteiras. Pecíolo volúvel, de até 2,6 cm de comprimento, com textura semelhante à dos ramos, descamante quando velho. Lâminas oblongas a ovalado-lanceoladas, de 4,5-11,7 cm de comprimento, 1,5-4,3 cm de largura, glabras, ápice agudo a acuminado, base arredondada; nervuras evidentes em ambas as faces, a mediana mais saliente na face inferior. Inflorescência cimosa, de aspecto paniculado-corimbiforme, axilar, com 7-15 flores; pedúnculo geralmente ramificado próximo à base; pedicelos delgados, ca. de 1-1,2 cm de comprimento, articulados próximo à base. Cálice campanulado, de 0,2-0,3 cm de comprimento, glabro ou com raros tricomas simples no ápice mucronado, lacínias pouco desenvolvidas, largo-triangulares. Corola rotada, branca, rosa, lilás ou roxa, aromática, de 0,6-1,2 cm de comprimento, lacínias profundamente partidas, estreitotriangular-lanceoladas, glabras ou com tricomas apenas no ápice e bordo superior. Estames quase iguais, anteras oblongas, amarelas, de 0,4-0,5 cm de comprimento, com poro apical introrso, filete com alguns tricomas simples na base. Ovário ovalado a globoso, glabro; estilete glabro, com ca. de 0,7 cm de comprimento, mais comprido do que os estames, levemente engrossado no ápice. Fruto globoso, vermelho quando maduro, de 0,7-1 cm de diâmetro; pedicelo levemente engrossado próximo ao ápice (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de fevereiro a dezembro e de frutificação de abril a janeiro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaOs ramos são utilizados para amarrar vassouras (R.Reitz C-1715, HBR) (MENTZ, 2004).InjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum lacerdae

Nomes popularesUva-do-matoNome científicoSolanum lacerdae DusénSinônimosSolanum podotrichum Glaz. ex Taub.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ou arvoreta de até 3 m de altura; ramos jovens cobertos de tricomas ferruginosos, grossos, patentes, estrelado-pedicelados, pedicelo pluricelular, plurisseriado. Folhas solitárias. Pecíolo de 1-2,5 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas oblongas, elípticas ou largo-ovaladas, de ápice agudo, base arredondada ou subcordada, em regra simétrica, de 8-19 cm de comprimento e 6-10 cm de largura. Face adaxial verde, bulado-areolada, com as nervuras depressas entre as aréolas, com um tricoma estrelado-pedicelado no ápice de cada aréola, de 4(5-6) raios laterais, raio central mais longo, igual ou mais curto do que os laterais, com pedicelo pluricelular, plurisseriado; nervura mediana com tricomas estrelado-pedicelados iguais aos das regiões intercostais. Face abaxial esbranquiçada ou verde-acinzentada, com tricomas estrelados, sésseis, multiangulados, de 7-11 raios laterais, raio central mais longo, igual ou mais curto que os laterais, formando tapete denso, além de pedicelados, multiangulado, de 7-8 raios laterais, raio central mais curto que os laterais, formando um segundo tapete não contínuo; nervura mediana com tricomas ferruginosos, iguais aos das regiões intercostais. Inflorescência cimosa, terminal, tanto no ramo principal quanto nos ramos laterais, de aspecto corimboso, com 5-15 cm de diâmetro; pedúnculo com 1-4,5 cm de comprimento; pedicelos com 0,5-1,5 cm de comprimento; pedúnculo e pedicelos cobertos de tricomas iguais aos dos ramos. Cálice campanulado, com 1 cm de comprimento, partido até a porção mediana, lacínias ovaladas, delgadas, glabras na face adaxial, cobertas abaxialmente de tricomas estrelado pedicelados, ferruginosos, iguais aos da face abaxial da lâmina foliar, estrelado-pedicelados, ferruginosos, iguais aos da face abaxial da lâmina foliar. Corola rotada, branca, com 1,5-2 cm de comprimento, partida até 2/3 de seu comprimento, lacínias largo-triangulares, cobertas abaxialmente de tricomas estrelados, ferruginosos. Estames iguais; anteras oblongas, amarelas. Ovário globoso, glabro, estilete mais comprido do que os estames. Fruto globoso, glabro, com 0,8-1 cm de diâmetro, completamente incluso no cálice acrescente. (MENTZ, 2004, p. 101).CaracterísticaDifere de Solanum sellowianum e Solanum concinnum principalmente devido às lâminas bulado-areoladas, com um único tricoma no ápice da porção mediana de cada aréola. (MENTZ, 2004, p 102).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam floração entre os meses de outubro e dezembro, além dos meses de fevereiro e abril, e frutificação entre novembro e março, além de junho e julho (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum laxum

Nomes popularesJoá-cipó, flor-de-viúvaNome científicoSolanum laxum Spreng.SinônimosSolanum boerhaviaefolium Sendtn.Solanum boerhaviifolium Sendtn.Solanum jasminoides PaxtonSolanum jasminoides var. boerhaviifolium (Sendtn.) KuntzeSolanum boerhaviifolium var. calvum C.V.MortonFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoTrepadeira volúvel, lenhosa na base, de até 3 m de comprimento; ramos cilíndricos a angulosos, com estrias longitudinais, glabros ou com tricomas simples. Folhas solitárias ou geminadas, então com uma muito menor. Pecíolo muitas vezes volúvel, de até 2,5 cm de comprimento. Lâminas geralmente inteiras ou com 3-7 lobos, ovaladas, de ápice agudo e base arredondada a truncada ou cordiforme, de 1,5-7 cm de comprimento e 0,8-4,2 cm de largura, membranosas, variando de inteiramente glabras até densamente cobertas por tricomas simples, com nervuras evidentes em ambas as faces. Inflorescência cimosa, corimbiforme, terminal ou lateral, então oposta às folhas, ou mais raramente extra-axilar, com 4-16 flores; pedúnculos simples ou bifurcados, de até 3 cm de comprimento; pedicelos delgados de até 2 cm de comprimento, articulados próximo à base, verdes a arroxeados. Cálice campanulado, de 0,15-0,3 cm de altura, glabro ou coberto de tricomas simples, estes às vezes somente no ápice mucronado; lacínias largo-triangulares. Corola rotada, branca a azulada ou lilás, de 0,9-2 cm de comprimento, lacínias profundamente partidas, oblongo-ovaladas, ápice agudo; face adaxial glabra, face abaxial coberta de tricomas simples, mais concentrados nos bordos das lacínias e nervura mediana. Estames iguais, anteras oblongas, amarelas, de 0,35-0,5 cm de comprimento, com poros apicais introrsos; filetes às vezes brancos. Ovário globoso a ovalado, glabro; estilete de 0,6-1 cm de comprimento, coberto por tricomas simples até 2/3 de seu comprimento, mais comprido do que os estames; estigma alargado a levemente bífido, verde. Fruto azul-escuro ou metálico a roxo quando maduro, globoso, de 0,5-0,8 cm de diâmetro, pedicelo engrossado para o ápice (MENTZ, 2004, p.103).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação em todos os meses do ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (SOLANUM, 2020).EtimologiaO nome da espécie se deve ao aspecto laxo de algumas inflorescências, provavelmente aquelas vistas por Kurt P.J.Sprengel (MENTZ, 2004, p. 104).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaEsta espécie é cultivada como ornamental na Argentina (Cabrera, 1965) e na Inglaterra (Harley, 1969) (MENTZ, 2004).InjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum luridifuscescens

Nomes popularesNome científicoSolanum luridifuscescens BitterSinônimosCyphomandra glaberrima DusénCyphomandra velutina Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto. Ramos jovens verde-escuros, cilíndricos, glabros com pontuações negras, inermes. Folhas isoladas, raro geminadas; pecíolo 1,5-2 cm compr., canaliculado, glabro com pontos negros; lâmina membranácea, 3-13,5 x 1,2-4 cm; oblonga a oblanceolada, ápice agudo a acuminado, base decurrente, margem inteira, revoluta, pilosa, tricomas simples; faces adaxial e abaxial verdes, glabras, com pontuações negras e papilas, esparsas; folhas estipuláceas ausentes. Inflorescência em cimeira, escorpióide, axilar, 8-12 cm compr., pedúnculo ca. 5 cm compr., pubescente, tricomas simples e glandulares sésseis a subsésseis. Flores pediceladas, pedicelo 0,8-2,2 cm compr.; bractéolas ausentes; cálice campanulado a cupuliforme, ca. 4 mm diâm., 5 mm compr., lacínias 1-2 x 1-2 mm, ovaladas, com ápice mucronado, carnoso; face externa pubescente, tricomas simples e glandulares; face interna glabra; corola rotáceo-estrelada, lilás, ca. 1,5-2,7 cm diâm.; lacínias ca. 0,7-1,2 x 0,3 cm, lanceoladas, ápice agudo, involuto, piloso; face externa igual ao do cálice; face interna glabra. Estames 5, isodínamos; filetes subsésseis, glabros; anteras amarelas, ca. 2 mm diâm., 8-9 mm compr., lanceoladas, sinânteras com escamas papilosas, deiscência por poros apicais pequenos, introrsos, não se prolongando por fendas longitudinais. Ovário ca. 2 mm diâm., ovado, glabro, raro tricomas glandulares na base do ovário, ausência de disco nectarífero; estilete ca. 9 mm compr., reto, glabro; estigma truncado. Fruto baga, 1-1,5 cm diâm. x 1,5-2 cm compr., ligeiramente alongado, glabro, com pontuações negras, raro tricomas simples; cálice não acrescente (FELICIANO, 2008).CaracterísticaSolanum luridifuscescens possui características muito particulares quando comparadas com as outras espécies de Solanum da Serra Negra, pois é a única que apresenta anteras sinânteras com escamas papilosas juntamente com a presença de poros que não se prolongam por fendas longitudinais (FELICIANO, 2008).Floração / frutificaçãoFloresceu nos meses de agosto a dezembro e frutificou no mês de fevereiro (FELICIANO, 2008).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaFELICIANO, E. A. Solanaceae A. Juss. da Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais: Tratamento Taxonômico e Similaridade Florística. Instituto de Ciências Biológicas – UFJF. Minas Gerais, 2008. 154p. il. Disponível em: <http://www.bdtd.ufjf.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=274>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum mauritianum

Nomes popularesFumo-bravo, cuvitinga, couvitinga, fruta-de-lobo, joá-de-árvoreNome científicoSolanum mauritianum Scop.SinônimosSolanum auriculatum AitonSolanum tabaccifolium Vell.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ou arvoreta de até 7 m de altura; casca do caule, lisa, esverdeada, glabra; ramos jovens cobertos de tricomas esbranquiçados, sésseis, porrecto-estrelados ou, em regra, longo-pedicelados, multiangulados ou estrelado-equinados, esses com pedicelo pluricelular e plurisseriado, com alguns raios laterais esparsos ao longo do mesmo e porção apical com muitos raios congestos, de diferentes tamanhos e dispostos em diferentes alturas. Folhas dos ramos apicais acompanhadas de pequenas folhas axilares, ovaladas a elípticas., Pecíolo de 1,5-4,5 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas elípticas a oblongas, de 10-25 cm de comprimento e 4,1-9 cm de largura, de ápice atenuado, base aguda e margem inteira, ondulada. Face adaxial verde-clara a verde, coberta de tricomas sésseis porrecto-estrelados e curto-pedicelados, multiangulados. Face abaxial esbranquiçada, densamente coberta de tricomas iguais aos da face adaxial. Inflorescência cimosa, de aspecto corimbiforme, com pedúnculo pronunciado, de até 16 cm de comprimento, então ramificado, as ramificações escorpioidais, densamente cobertas de tricomas iguais aos dos ramos, a maioria longo-pedicelados. Cálice com lacínias lanceoladas, mais compridas do que largas, partidas até cerca da metade de seu comprimento, face adaxial com tricomas porrecto-estrelados e multiangulados na porção superior e abaxial coberta de tricomas sésseis, porrecto-estrelados, a maioria longo-pedicelados, multiangulados e estrelado-equinados. Corola rotada, azul, lilás ou branca, glabra adaxialmente, com 1-1,5 cm de diâmetro, com o dobro do tamanho do cálice; no interior da corola existe um anel mais claro. Anteras amarelas, oblongas, de 0,3-0,4 cm de comprimento. Ovário globoso, coberto de tricomas curtos, multiangulados e estrelado-equinados, estilete mais comprido do que os estames, a porção basal glabra ou com tricomas iguais aos do ovário. Fruto globoso, verde, de cerca de 1 cm de diâmetro, coberto de tricomas; quando maduro, amarelado (MENTZ, 2004, p.111).CaracterísticaRoe (1972) utilizou dois caracteres, tricomas congestos ou laxos e corola exserta no botão, para separar Solanum mauritianum de Solanum granulosoleprosum. Os tricomas estrelados com raios congestos em Solanum granulosoleprosum e laxos em Solanum mauritianum constituem um caráter prático não muito eficiente em todas as exsicatas examinadas. Tricomas com raios pouco congestos, mas não laxos, isto é, de aspecto intermediário entre uma espécie e outra foram encontrados com freqüência. A corola pouco exserta no botão em Solanum mauritianum e fortemente exserta em Solanum granulosoleprosum também não pareceu ser um caráter prático, pois em uma mesma inflorescência podem ser encontrados vários estágios de desenvolvimento de botões, dificultando a decisão de escolha de um ou outro caráter. Por isto, várias exsicatas não puderam ser incluídas na lista de material examinado de uma ou outra espécie, sendo colocadas em uma lista de plantas com características intermediárias, por apresentarem tricomas estrelados com raios mais laxos, freqüentemente pedicelados, sendo o caráter comprimento da corola no botão floral não excludente, dependendo do seu estágio de desenvolvimento. A dificuldade de se incluir algumas exsicatas em uma ou outra espécie também foi observada em citações de Roe (1972), como por exemplo Reitz e Klein 3230 e 3232, ambas do mesmo local e data, Santa Catarina, Palhoça, Pilões, 4/V/1956. A primeira é mencionada como Solanum granulosoleprosum e a segunda como Solanum mauritianum. É possível que as citações estejam corretas, por não terem sido vistas as exsicatas citadas em US. Porém, duplicatas da primeira foram vistas em B e da segunda em HBR, NY e PEL, sendo todas de Solanum mauritianum. Também foram encontradas exsicatas das duas espécies, originárias dos mesmos municípios, demonstrando uma simpatria entre ambas ou, talvez, a sugestão da existência de apenas uma entidade taxonômica no sul do Brasil (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação em todos os meses do ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum paranaense

Nomes popularesJoá-velameNome científicoSolanum paranense DusénSinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ou arvoreta de até 5 m de altura, muito ramificado; ramos jovens cobertos de tricomas estrelados, sésseis, misturados a tricomas longo pedicelados, com 7 a 20 raios laterais, raio central com tamanhos variáveis, mas freqüentemente igual aos laterais; tricomas pedicelados com maior número de raios do que os sésseis. Folhas solitárias ou geminadas, então diferentes no tamanho. Pecíolo coberto de tricomas sésseis, multirradiados, iguais aos da face abaxial. Lâminas maiores ovalado-oblongas ou ovalado-elípticas, de ápiceagudo ou acuminado e base arredondada, fortemente bicolores, com 3-7,5 cm de comprimento e 2-3,5 cm de largura. Face adaxial em regra glabra, verdeescura, com exceção das folhas muito jovens; nervuras visivelmente reticuladas e depressas, com tricomas porrecto-estrelados ou multiangulados, com 4-8 raios laterais, raio central mais curto ou igual aos laterais; nervuras mais profundas com tricomas pedicelados de raio central igual ou mais longo do que os laterais. Face abaxial esbranquiçada, coberta de tricomas estrelados, sésseis e pedicelados, multiangulados, de até 17 raios laterais, raio central muito curto, às vezes o pedicelo apresenta células laterais radiadas na base ou em todo seu comprimento; nervura mediana com tricomas iguais aos das regiões intercostais. Inflorescência cimosa, terminal ou às vezes lateral, oposta às folhas, corimbosa, pouco ramificada; pedúnculo com 2 cm de comprimento; pedicelos com 1 cm de comprimento, pouco espessados no ápice; pedúnculo e pedicelos com tricomas iguais aos dos ramos. Cálice partido até a porção mediana, com 0,4-0,5 cm de comprimento, lacínias ovalado-triangulares, obtusas. Corola rotada, branca, com 0,7-0,9 cm de comprimento, profundamente partida, lacínias oblongo-ovaladas, agudas. Estames iguais; anteras oblongas, amarelas ou amarelo-alaranjadas, glabras ou raramente com alguns tricomas simples ou estrelados. Ovário globoso, glabro, estilete mais comprido que os estames, coberto de tricomas estrelados, sésseis, raramente simples. Fruto globoso, glabro, preto quando maduro (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre agosto e março, e de frutificação entre dezembro e março, além de maio e agosto (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum piluliferum

Nomes popularesNome científicoSolanum piluliferum DunalSinônimosSolanum densiflorum Sendtn.Solanum piluliferum var. densiflorum (Sendtn.) DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto. Ramos jovens castanhos, cilíndricos, tomentosos, tricomas equinóides, acúleos aciculares, 3-4 mm compr., glabros. Folhas geminadas de tamanho e forma diferentes; pecíolo 0,3-1,5 cm compr., canaliculado, indumento igual ao dos ramos, acúleos presentes, ca. 1 mm compr.; lâmina cartácea, maiores 12-13,8 x 4,5-6 cm, elíptica a oblonga, ápice acuminado, base assimétrica, margem inteira e levemente sinuada, pilosa; menores 2,7-4 x 2-2,7 cm, ovais, ápice arredondado, base obtusa, raro truncada, margem inteira; faces adaxial e abaxial ferrugíneas, tomentosas, tricomas equinóides e estrelados sésseis, acúleos ausentes; folhas estipuláceas ausentes. Inflorescência cimeira, umbeliforme, axilar, ca. 2,5 cm compr., indumento igual ao dos ramos. Flores pediceladas, pedicelo 0,5-1 cm compr., piloso; acúleos ausentes; bractéolas ausentes; cálice cupuliforme, ca. 6 mm diâm., 5 mm compr.; lacínias 1 x 1 mm, triangulares; face externa pilosa, tricomas equinóides e simples longos; face interna glabra; corola rotáceo-pentagonal, alva, com região entre lacínias membranácea e glabra, ca. 2,2 cm diâm., 1,3 cm compr.; lacínias 1 x 0,5 cm, lanceoladas, ápice agudo, mucronado, involuto; face externa e interna igual ao cálice. Estames 5, isodínamos; filetes ca. 1 mm compr., glabros; anteras amarelas, ca. 2 mm diâm., 8 mm compr., lanceoladas, glabras, deiscência por poros apicais pequenos, extrorsos, às vezes prolongando-se por fendas longitudinais. Ovário ca. 2 mm diâm., globoso, glabro; ausência de disco nectarífero; estilete ca. 1,1 cm compr., reto, piloso da metade até a base, tricomas equinóides, curto-pedicelados; estigma capitado. Fruto baga, verde-amarelado, 1,3-1,6 cm diâm., globoso, glabro; cálice acrescente cobrindo até a metade do fruto (FELICIANO, 2008).CaracterísticaSolanum piluliferum apresenta como caracteres distintivos folhas geminadas de tamanho e forma diferentes, sendo as maiores com 12 a 13,8 cm de comprimento, elípticas a oblongas com ápice acuminado e as menores, até 4 cm de comprimento, ovais com ápice arredondado e inflorescências congestas, umbeliformes. WHALEN (1984) incluiu a espécie no Grupo Asterophorum isolado no subgênero Leptostemonum (FELICIANO, 2008).A cor avermelhada ou ferruginosa, os ramos em zigue-zague, as folhas geminadas, o raio central dos tricomasestrelados mais curto do que os raios laterais, a inflorescência oposta às folhas e o cálice acrescente no fruto, são bons caracteres para identificação desta espécie (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam período de floração e frutificação em dezembro e janeiro. Uma coleta do Estado de São Paulo foi encontrada com frutos em maio (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaDo latim “pilulifer” (que possui pílulas), segundo menção de Dunal (1852) "calyx post anthesis globosus, ovarium tegens, piluliformis": cálice globoso após a antese, cobrindo o ovário, piluliforme (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaFELICIANO, E. A. Solanaceae A. Juss. da Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais: Tratamento Taxonômico e Similaridade Florística. Instituto de Ciências Biológicas – UFJF. Minas Gerais, 2008. 154p. il. Disponível em: <http://www.bdtd.ufjf.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=274>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum pinetorum

Nomes popularesBaga-de-bugre, baga-de-veadoNome científicoSolanum pinetorum (L.B.Sm. & Downs) BohsSinônimosCyphomandra pinetorum L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaSOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum pseudocapsicum

Nomes popularesPeloteira, laranjinha-do-mato, laranjinha, tomatinhoNome científicoSolanum pseudocapsicum L.SinônimosSolanum capsicastrum Link ex SchauerSolanum diflorum Vell.Solanum eremanthum DunalSolanum linkianum Roem. & Schult.Solanum montevidense Spreng. Solanum pseudocapsicum subsp. diflorum (Vell.) Hassl.Solanum uniflorum Vell.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbustos ou arbustos, de 0,3-1 m de altura, em regra com caule inferior definido, ramificado acima de 0,1-0,2 m. Ramos apicais glabros ou cobertos de tricomas simples, bifurcados ou dendríticos, então com pedicelo bem desenvolvido. Folhas geminadas, raramente solitárias. Pecíolo de 0,3-0,8 cm de comprimento, com tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas das folhas maiores elípticas a lanceoladas, ápice agudo, base aguda e em regra assimétrica, margem inteira ou ondulada, membranosas, com 2,4-10 cm de comprimento e 0,9-3,5 cm de largura. Lâminas das folhas menores ovaladas a suborbiculares. Face adaxial glabra ou com tricomas simples, bifurcados ou dendríticos esparsos, em regra restritos às nervuras, às vezes densamente cobertas de tricomas dendríticos, misturados a simples ou bifurcados. Face abaxial raramente glabra, em regra com tricomas iguais aos da face adaxial, às vezes densamente coberta de tricomas dendríticos. Inflorescência cimosa, fasciculada, oposta às folhas ou pouco extra-axilar, com 2-4 flores, apenas 1-2 férteis, subséssil, pedicelos de até 0,6 cm de comprimento. Cálice com lacínias profundamente partidas, estreito-lanceoladas, de até 0,5 cm de comprimento, glabro ou coberto adaxial e abaxialmente de tricomas simples ou dendríticos. Corola branca ou levemente amarelada, com até 0,9 cm de diâmetro, lacínias profundamente partidas, lanceoladas, reflexas na antese, cobertas abaxialmente por papilas ou tricomas simples ou bifurcados. Anteras oblongas, amarelas a amarelo-alaranjadas, de 0,3-0,3 cm de comprimento. Ovário globoso-ovóide, glabro, estilete mais longo do que os estames. Fruto globoso, glabro, alaranjado, amarelo-avermelhado ou vermelho quando maduro, com 0,8-1,3 cm de diâmetro (MENTZ, 2004, p. 132).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação em todos os meses do ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Pará)Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo Limpo, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (SOLANUM, 2020).EtimologiaProvavelmente devido à cor alaranjado-avermelhada dos frutos, lembrando os de espécies de Capsicum (MENTZ, 2004, p. 134).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaApesar da toxicidade dos frutos, é utilizada como ornamental.InjúriaPlanta daninha infestante de beira de estradas e terrenos baldios. Os frutos, apesar de atrativos, são tóxicos, e ocasionalmente tem provocado problemas em crianças que os consomem.ComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum pseudoquina

Nomes popularesCanema, coerana, caixeta, coerana-do-mato, tintureiro, buquê-de-noiva, guaxixim, quina, quineiraNome científicoSolanum pseudoquina A.St.-Hil.SinônimosSolanum flagrans Ten.Solanum inaequale Vell.Solanum ramosissimum DunalSolanum undatifolium DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore até 10 m alt.. Ramos esfoliantes, lenticelados, geralmente amarelados. Folhas aos pares, inteiras; lâminas até 13 × 5 cm, cartáceas, desiguais emtamanho, lanceoladas, ápice apiculado, base decurrente, camptódroma, nervação secundária com espaçamento uniforme, amareladas depois de seca, domáceas pilíferas na axila das nervuras secundárias; pecíolo canaliculado, ca. 1,5 cmcompr. Flores 10–20 flores, emcimeiras simples ou dicotômica; pedicelo ca. 1 cm compr., articulado; cálice campanulado, lacínias truncadas; corola ca. 0,8 cm diâm., alva, rotáceo-estrelada, lacínias lanceoladas; anteras dimorfas, 3 maiores com poros apicais grandes, abrindo-se por fendas longitudinais e 2 menores com poros apicais pequenos, oblongas; estigma clavado pouco acima dos estames. Baga globosa, ca. 1,5 diâm., verde escuro quando maduras; ca. 60 sementes (CARVALHO, 2006).CaracterísticaSuas características morfológicas marcantes são as nervuras amareladas quando herborizadas (CARVALHO, 2006).Solanum pseudoquina diferencia-se das outras espécies de Solanum da Serra Negra principalmente pela presença de domácias pilíferas entre as nervuras principal e secundárias, na face abaxial da lâmina foliar (FELICIANO, 2008).As características mais importantes de Solanum pseudoquina são as flores, com anteras fortemente desiguais, e as folhas, com nervuras amareladas na face abaxial, quase sempre com domácias visíveis a olho nu. Mesmo no material estéril a identificação é facilitada através das características observáveis nas folhas (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de junho a março e de frutificação em quase todos os meses do ano, com exceção de agosto e novembro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (SOLANUM, 2020).EtimologiaProvavelmente Saint Hilaire a comparou com as quinas ou quineiras, por ser utilizada no Estado de São Paulo, como substitutivo de espécies de Cinchona (Rubiaceae) (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaAs cascas são consideradas febrífugas. Dois dos nomes populares fazem referência ao uso: quina-de-são-pauloe quineira (Pio Correa, 1926-1984) (MENTZ, 2004).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCARVALHO, L. D. F.; BOVINI, M. Solanaceae na Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro – Brasil. Rodriguésia 57 (1): 75-98. 2006. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig57_1/06-Freire.pdf>.FELICIANO, E. A. Solanaceae A. Juss. da Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais: Tratamento Taxonômico e Similaridade Florística. Instituto de Ciências Biológicas – UFJF. Minas Gerais, 2008. 154p. il. Disponível em: <http://www.bdtd.ufjf.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=274>.MENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum ramulosum

Nomes popularesPapa-güela, papa-goelaNome científicoSolanum ramulosum Sendtn.SinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 3 m de altura, ramificado; ramos jovens cobertos de tricomas estrelados sésseis e pedicelados, patentes, às vezes os pedicelados raros ou ausentes. Folhas em regra geminadas, as inferiores solitárias. Pecíolo de 0,3- 0,9 cm de comprimento, coberto de tricomas curto e longo-pedicelados, estrelados. Lâminas ovalado-lanceoladas ou elíptico-lanceoladas, bicolores, ápice agudo, base aguda, com 3-14 cm comprimento e 1-4 cm de largura. Face adaxial verde, freqüentemente marrom ao secar, glabra ou mais freqüentemente com tricomas de dois tamanhos, um deles pequeno, porrecto-estrelado, séssil, de 3-6 (em regra 4) raios laterais, raio central muito mais curto do que os laterais, constituindo a maioria na lâmina, o outro também estrelado, esparso, com o dobro do tamanho do anterior, séssil, de 4-8 raios laterais dispostos em ângulos diversos, com raio central mais curto do que os laterais; nervuras pouco depressas; nervura mediana com tricomas estrelado-pedicelados, de 4-9 raios laterais, pedicelo pluricelular, plurisseriado e com raio central mais curto do que os laterais. Face abaxial esverdeada ou verde-acinzentada ao secar, com tricomas estrelado-pedicelados, de 6-8 raios laterais, pedicelo pluricelular, plurisseriado e raio central mais curto do que os laterais, além de tricomas longo pedicelados, esparsos na lâmina; nervura mediana com tricomas longo pedicelados, estrelados, de 6-8 raios laterais, pedicelo pluricelular, plurisseriado, raio central mais curto do que os laterais e alguns tricomas sésseis. Inflorescência cimosa, terminal, tanto no ramo principal quanto nos ramos laterais, pouco ramificada, de aspecto corimboso, laxa, de comprimento igual ou mais curta do que as folhas; pedúnculo curto; pedicelos com 0,6-1 cm de comprimento, pouco espessados no ápice. Cálice obcônico, com 0,2-0,4 cm de comprimento, partido até a porção mediana, lacínias ovaladas, obtusas. Corola rotada, branca, com 0,6-0,9 cm de comprimento, profundamente partida, lacínias elípticas, agudas. Estames iguais, com filetes curtos, pouco soldados; anteras oblongas, amarelas, com 0,3 cm de comprimento, em regra com tricomas estrelados, bífurcados ou simples na face adaxial. Ovário globoso, glabro, estilete glabro ou com raros tricomas simples ou estrelados. Fruto globoso, glabro, com 0,7-1,1 cm de diâmetro, preto quando maduro (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam floração e frutificação em todos os meses do ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum rufescens

Nomes popularesCuvitinga-mansa, fumo-bravoNome científicoSolanum rufescens Sendtn.SinônimosSolanum coronatum Vell.Solanum dumetorum DunalSolanum rufescens var. glabrescens Sendtn.Solanum xiphocephalum L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ca. 1 m alt. Ramos castanho tomentosos; gemas foliares frequentes. Folhas isoladas e aos pares, inteiras; lâminas até 25 × 6 cm, cartáceas, lanceoladas, ápice levemente acuminado, base obtusa a aguda, camptódromas, nervação secundária com espaçamento uniforme, face adaxial com tricomas estrelados sésseis e pedicelados ao longo da nervura principal, face abaxial acastanhado, tomentosa, tricomas hialinos; pecíolo ca. 2,4 cm compr. Flores 25–35 em cimeiras dicotômicas, opositifolia; pedicelo ca. 6 mm compr.; cálicecampanulado, lacínias agudas; corola ca. 1,5 cmcompr., alva, campanulado-estrelada, lacínias lanceoladas, face externa denso-tomentosa; anteras com poros apicais grandes, abrindo-se por fendas longitudinais, oblongas, introrsas, filetes menores que as anteras; estigma acima dos estames. Baga ca. 1 cm diâm., globosa, , cálice ampliado, ca. 25 sementes (CARVALHO, 2006).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre julho e dezembro, além de fevereiro; a frutificação foi observada entre julho e novembro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCARVALHO, L. D. F.; BOVINI, M. Solanaceae na Reserva Rio das Pedras, Mangaratiba, Rio de Janeiro – Brasil. Rodriguésia 57 (1): 75-98. 2006. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig57_1/06-Freire.pdf>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum sanctae-catharinae

Nomes popularesJoá-manso, juá, fumo-bravo, canemaNome científicoSolanum sanctae-catharinae DunalSinônimosSolanum citrifolium var. ochrandrum (Dunal) Hassl.Solanum ochrandrum DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArvoreta ou árvore de até 12 m de altura; ramos jovens cobertos de tricomas esbranquiçados, estrelado-pedicelados, multiangulados, com 8-22 raios laterais, raio central menor que os laterais. Folhas solitárias. Pecíolo com 0,5-1,8 cm de comprimento, cobertos de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas elípticas, fortemente bicolores, membranosas a pouco coriáceas quando secas, de ápice agudo, base largo-aguda e em regra assimétrica, com 9-19 cm de comprimento e 3,5-5,5 cm de largura. Face adaxial verde, glabra, com as nervuras apenas levemente depressas, com tricomas estrelados, multiangulados, de 8-20 raios laterais, raio central mais curto do que os laterais e tricomas estrelados, sésseis, com 6-11 raios laterais, levemente soldados entre si na base, com raio central muito curto; raramente com tricomas glandulares. Face abaxialcoberta por tricomas estrelados, esbranquiçado-prateados, raro levemente ferruginosos, quase sésseis, multirradiados, de 12-22 raios laterais, raio central muito menor que os laterais, com uma leve soldadura entre os raios laterais naqueles tricomas de menor número de raios e tricomas estrelado-pedicelados esparsos, pedicelo pluricelular e plurisseriado, em regra ornamentado por células laterais. Inflorescência cimosa, terminal, corimbosa, muito ramificada, pendente, mais comprida do que as folhas; pedúnculo de 2-6 cm de comprimento; pedicelos de 8-12 mm de comprimento; pedúnculo e pedicelos cobertos de tricomas esbranquiçados iguais aos dos ramos. Cálice com 0,5 cm de comprimento, partido até a porção mediana, com lacínias triangular-lanceoladas, coberto abaxialmente com tricomas iguais aos dos ramos. Corola rotada, branca, profundamente partida, lacínias lanceoladas, com 0,8-1 cm de comprimento. Estames iguais; anteras oblongas, amarelas, com 0,4 cm de comprimento. Ovário globoso, glabro, estilete mais comprido do que os estames, esbranquiçado, estigma verde. Fruto globoso, glabro, com 0,8 cm de diâmetro, escuro a preto quando maduro (MENTZ, 2004).CaracterísticaO tipo de Solanum ochrandrum difere do de Solanum sanctaecatharinae pelo aspecto levemente ferruginoso e pelas folhas um pouco coriáceas. Muitas exsicatas examinadas apresentam estas características, que não são suficientemente consistentes para a manutenção de uma espécie distinta (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre julho e maio e de frutificação entre agosto e abril (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum sciadostylis

Nomes popularesBaga-de-veadoNome científicoSolanum sciadostylis (Sendtn.) BohsSinônimosCyphomandra sciadostylis Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos de até 2 m de altura, inermes. Folhas membranáceas, lâminas foliares inteiras, ovaladas, com 2,2-13,2 cm de comprimento e 1,6-7,1 cm de largura, ápice acuminado e base cordada; lâminas foliares irregularmente lobadas ou partidas, de contorno ovalado, com 9,0-13,2 cm de comprimento e 6,5-9,0 cm de largura, base levemente cordada; superfícies adaxial e abaxial com tricomas simples e glandulares; pecíolo de 0,5-5,0 cm de comprimento, provido de tricomas simples e glandulares. Inflorescências nãoramificadas, flores pediceladas; pedúnculos de 1,8-6,0 cm, ráquis única, com 1,4-6,0 cm de comprimento; pedicelos de 0,4-2,5 cm de comprimento. Pedúnculo, ráquis e pedicelos com tricomas simples e glandulares. Cálice rotado, com 0,8-1,5 cm de diâmetro, glabro ou glabrescente na face adaxial e revestido de tricomas simples e glandulares na face abaxial; lacínias com 0,30-0,85 cm de comprimento e 0,2-0,3 cm de largura. Corola campanulada, com coloração em diferentes tonalidades de roxo, passando a lilás e finalmente branca, glabra na face adaxial e com tricomas simples e glandulares na face abaxial; lobos com 0,8-1,3 cm de comprimento e 0,4-0,55 cm de largura. Filetes com 0,1 cm de comprimento; anteras oblongas, com 0,5-0,6 cm de altura, diâmetro basal de 0,15-0,20 cm e diâmetro apical de 0,15-0,20 cm, com deiscência voltada para a face abaxial. Ovário ovóide, com 0,3-0,4 cm de altura e 0,20-0,25 cm de diâmetro, revestido de tricomas simples e glandulares; estilete obcônico, com 0,40-0,55 cm de comprimento, provido de tricomas simples ou tricomas simples e glandulares; estigma côncavo, com um par de glândulas apicais evidentes. Fruto elipsóide ou globoso, agudo no ápice, com 2,0-3,5 cm de altura e 0,7-2,0 cm de largura (SOARES, 2006, p. 15).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaSOARES, E. L. C.; MENTZ, L. A. As Espécies de Solanum Subgênero Bassovia Seção Pachyphylla (= Cyphomandra Mart. ex Sendtn. – Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Botânica nº 57: 231-254. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas, 2006. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica57/artigo11.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum setosissimum

Nomes popularesNome científicoSolanum setosissimum Bitter ex L.A.Mentz & M.NeeSinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de ca. de 1,5 m de altura, com ramos ascendentes; caule e ramos cobertos de tricomas amarelado-dourados, simples, de 2-3 células, e glandulares; acúleos aciculares, de até 0,8 cm de comprimento e outros menores, alargados na base, levemente reflexos, amarelos quando secos, glabros ou cobertos de tricomas simples e glandulares até a metade de seu comprimento. Folhas em regra geminadas, desiguais no tamanho, membranosas. Pecíolo de 4-10 cm de comprimento, com tricomas simples, de 2-4 células, de até 0,2 cm de comprimento e glandulares, curtos e longos; acúleos de até 1,2 cm de comprimento, achatados na base. Lâminas ovalado-orbiculares, com 3 pares de lobos pronunciados, estes largo-dentados, de base truncada ou cordiforme e ápice triangular-agudo, de 8-21 cm de comprimento e igual largura. Face adaxial da lâmina foliar com dois tipos de tricomas estrelados, um porrecto-estrelado, hialino, séssil, com 4(3-5) raios laterais e raio central de comprimento igual aos laterais, e outro curto-pedicelado, com 5-8 raios laterais e raio central longo, com até 0,2 cm de comprimento, de 2-4 células, célula basal mais comprida que as demais, além de tricomas glandulares; nervuras densamente cobertas de tricomas simples de 2-3 células e glandulares; acúleos aciculares, achatados lateralmente, de até 1,2 cm de comprimento, amarelos, glabros ou cobertos de tricomas simples e glandulares até a metade de seu comprimento. Face abaxial com tricomas porrecto-estrelados com 3-5 raios laterais e raio central de comprimento igual aos laterais e tricomas mais robustos, multiangulados, de 5-7 raios laterais e raio central pouco mais longo que os laterais, além de tricomas simples e glandulares; nervura coberta de tricomas simples de 2-4 células, nervuras secundárias com tricomas estrelados de raio central muito mais longo que os laterais; acúleos aciculares, quase glabros, menores que os da face adaxial. Inflorescência extra-axilar, cimoso-escorpioidal, bifurcada, de até 35 flores, coberta de tricomas simples de 2-5 células; pedúnculo 1,5-3,5 cm de comprimento, acúleos de até 0,3 cm. Cálice petalóide, de sépalas levementedesiguais, elíptico-lanceoladas, de 1 cm de comprimento e 0,3-0,4 cm de largura, coberto de tricomas simples, unisseriados, amarelo-dourados, de 3-4(2-5) células, com ou sem acúleos sobre as lacínias e poucos acúleos no tubo e pedicelos. Corola creme-esverdeada a branco-esverdeada, profundamente partida, pétalas densamente pilosas abaxialmente, de até 1,3 cm de comprimento e 0,3-0,4 cm de largura, ápice das lacínias liso ou levemente cuculado, sem tufo de tricomas no interior. Anteras amarelas, atenuadas a partir da porção mediana. Ovário ovóide, estilete mais longo que os estames. Fruto ovóide-globoso, de ca. de 1,5 cm de comprimento, coberto de tricomas glandulares quando jovem, glabro quando maduro, verde com manchas brancas quando imaturo, amarelo quando maduro, acompanhado de sépalas acrescentes (MENTZ, 2004).CaracterísticaEsta espécie mostra uma afinidade muito grande com Solanum wacketii, da qual se distingue pelas folhas profundamente lobadas e pela presença de tricomas em toda a inflorescência (Mentz e Nee, 2003b) (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre novembro e janeiro e de frutificação em janeiro e fevereiro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaO nome deve ter sido empregado por Bitter devido à grande quantidade de tricomas da inflorescência, responsáveis pelo seu aspecto setoso (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum sisymbriifolium

Nomes popularesJoá, joá-bravo, joá-manso, mata-cavalo, arrebenta-cavalo, joá-das-taperas, juá, juá-da-roçaNome científicoSolanum sisymbriifolium Lam.SinônimosSolanum balbisii DunalSolanum balbisii var. oligospermum Sendtn.Solanum balbisii var. purpureum Hook.Solanum decurrens Balb.Solanum edule Vell.Solanum formosum Weinm.Solanum inflatum Hornem.Solanum sisymbriifolium var. brevilobum DunalSolanum sisymbriifolium var. gracile MattosSolanum sisymbriifolium var. macrocarpum KuntzeSolanum subviscidum SchrankSolanum thouinii C.C.Gmel.Solanum viscidum Schweigg.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto. Ramos jovens cilíndricos, viscosos, tricomas simples e glandulares longos, intensamente aculeado, acúleos aciculares, 2-8 mm compr., amarelos com base clara, glabros. Folhas isoladas, pinatissectas; pecíolo 1,5-3,5 cm compr., cilíndrico, indumento igual ao dos ramos, presença de acúleos; lâmina membranácea, 4-13,5 x 3,3-7,5 cm, ovalada, ápice agudo, base assimétrica, margem lobada irregularmente, denteada, pilosa; face adaxial verde, pilosa, tricomas simples, glandulares, raro estrelados sésseis; face abaxial verde, pilosa, tricomas estrelados, sésseis com célula central longa e curva, raro tricomas simples, glandulares e acúleos sobre as nervuras; folhas estipuláceas ausentes. Inflorescência em cimeira, escorpióide, extra-axilar, 5,5-8,6 cm compr., pedúnculo 2,5-3,5 cm compr.; inflorescência, pedicelo e cálice indumento igual ao dos ramos, aculeados. Flores pediceladas, pedicelo 0,6-1,1 cm compr.; bractéolas ausentes; cálice campanulado, ca. 6 mm diâm., 1,5 cm compr., lacínias 1,2 x 0,3 cm, lanceoladas, ápice agudo; face externa pilosa e interna pubescente; corola rotáceo-pentagonal, alva, com região entre lacínias membranácea e glabra, ca. 2,5 cm diâm., 1,4 cm compr.; lacínias 0,8 x 1 cm, obtusas, ápice mucronado, glabro; face externa pilosa, tricomas glandulares e estrelados, célula central mais longa que as demais; face interna glabra. Estames 5, isodínamos; filetes ca. 2 mm compr., glabros; anteras amarelas, 5-7 mm compr., lanceoladas, glabras, deiscência por poros apicais, grandes, extrorsos, prolongando-se por fendas longitudinais. Ovário ca. 1-2 mm diâm., globoso, glabro; ausência de disco nectarífero; estilete ca. 2 mm compr., reto, glabro; estigma bilobado e capitado. Fruto baga, negro, ca. 1,7 cm diâm., globoso, nítido, glabro; cálice acrescente lacínias cobrindo quase todo o fruto (FELICIANO, 2008).CaracterísticaSolanum sisymbriifolium caracteriza-se por apresentar folhas pinatissectas com margens denteadas, acúleos aciculares amarelados com base clara, frutos glabros com cálice acrescente aculeado cobrindo quase todo o fruto (FELICIANO, 2008).Floração / frutificaçãoSegundo o material examinado, ocorre floração e frutificação durante todo o ano (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Rondônia)Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaSegundo Kossmann e Vicente (1992), raízes e folhas são usadas em afecções hepáticas (icterícia, cólicas, cirrose), em afecções dos rins (cálculos, diurético), para eliminar pedras da vesícula, em afecções gastrointestinais e acidez, em afecções reumáticas e como antiinflamatório local. Citam também que o uso da raiz deve ser evitado por mulheres que desejam engravidar, pois a mesma pode ser usada como anticonceptivo (MENTZ, 2004).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaFELICIANO, E. A. Solanaceae A. Juss. da Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais: Tratamento Taxonômico e Similaridade Florística. Instituto de Ciências Biológicas – UFJF. Minas Gerais, 2008. 154p. il. Disponível em: <http://www.bdtd.ufjf.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=274>.MENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum subsylvestre

Nomes popularesJoá-velameNome científicoSolanum subsylvestre L.B.Sm. & DownsSinônimosSolanum gemellum var. racemiforme WitasekFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 2 m de altura, com ramos delgados, flexuosos; ramos jovens cobertos de tricomas estrelados, curto e longo-pedicelados, com raio central mais longo que os laterais. Folhas solitárias ou geminadas, então desiguais no tamanho e na forma. Pecíolo com 0,5-1,2 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas maiores ovalado-lanceoladas, membranosas, de ápice agudo, base atenuada, assimétrica, com 10-18 cm de comprimento e 4,2-6 cm de largura; lâminas menores elípticas, de ápice arredondado. Faceadaxial com tricomas esparsos, sésseis, porrecto-estrelados, de 4 raios laterais e raio central igual ou mais longo que os laterais e outros com o dobro do tamanho destes, curto-pedicelados, esparsos, estrelados, de 3-6 raios laterais e raio central muito mais longo que os laterais; entre eles ocorrem tricomas simples, curtos e longos, às vezes com vestígios de raios laterais na base; nervura mediana com tricomas simples e tricomas estrelados, longo-pedicelados, com raio central mais longo que os laterais. Face abaxial verde-clara, coberta detricomas sésseis, porrecto-estrelados, de 4-6 raios laterais e raio central igual ou maior que os laterais, e tricomas curto e longo-pedicelados, de 5-18 raios laterais e raio central de 1-3 células, mais longo que os laterais, às vezes glandular na célula apical, pedicelo pluricelular e plurisseriado; nervura mediana e nervuras de 2ª e 3ª ordens proeminentes, cobertas de tricomas longopedicelados, com 4-13 raios laterais, raio central de 1-2 células, mais longo que os laterais, às vezes célula apical glandular. Inflorescência cimosa, mais longado que as folhas, de aspecto laxamente dicasial-racemoso, terminal ou oposta às folhas; pedúnculo de até 3,5 cm de comprimento, pedicelos de até 2,2 cm de comprimento, articulados na base; pedúnculo e pedicelos com tricomas iguais aos dos ramos. Cálice campanulado, com lacínias ovaladas, agudas, partidas até a porção mediana ou pouco mais, com nervura mediana evidente, com 0,5-0,7 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos da lâmina. Corola rotada, branca, partida até a porção mediana, com lacínias lanceoladas,agudas, de 0,8-1 cm de comprimento. Estames com filetes iguais, soldados entre si apenas na base; anteras oblongas, amarelas, de 0,2-0,3 cm de comprimento. Ovário globoso, glabro, estilete mais comprido do que os estames. Fruto globoso, de ca. de 0,6 cm de diâmetro; cálice acrescente no fruto (MENTZ, 2004).CaracterísticaEsta espécie é bastante semelhante a Solanum gemellum e à Solanum megalochiton, diferindo de ambas pela inflorescência maior e muito laxa e pelos estames com filetes de iguais tamanhos. Difere de Solanum gemellum pelas nervuras proeminentes nas folhas e no cálice e de Solanum megalochiton pela forma ovalada das lacínias do cálice (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de junho a setembro e de frutificação em agosto e setembro (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum torvum

Nomes popularesJurubeba-da-grande, jurubeba, jurumbeba, espinho-branco, juveva Nome científicoSolanum torvum Sw.SinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ereto, 1,5–3 m alt.; ramos pubescentes, com tricomas porrecto-estrelados sésseis ou pedicelados, superfície jovem não visível, secando alvacenta, se tornando olivácea em porções mais velhas; ramos aculeados, com acúleos recurvados conspícuos, de base alargada, ou aciculares nas porções jovens, com ca. 5–6 mm compr.. Unidade simpodial bi-plurifoliada, às vezes geminada, com folhas iguais ou diferindo apenas em tamanho. Folhas largo-elípticas, 2–3-lobadas até a metade da distância entre a margem e a nervura, lâmina 10–12 × 6–11 cm, densamente pubescentes na face abaxial com tricomas como os do caule, denso a esparsamente pubescentes na adaxial, com tricomas exclusivamente sésseis; acúleos aciculares de ca. 4 mm compr. inconspícuos no pecíolo e ao longo das nervuras secundárias em ambas as faces; pecíolo 1,2–2,8 cm compr.; margem não revoluta. Inflorescências andromonoicas, cimas escorpioides laterais, 1–2-ramificadas, 5–7 cm compr., pedúnculo 0,5–1,5 cm compr., eixo pubescente, com tricomas como os do caule. Flores muitas; cálice profundamente partido, na antese com tubo ca. 1 mm compr., lobos lanceolados, 3–4(–5 em fruto) × 2–3 mm, com tricomas simples glandulares e porrecto-estrelados sésseis na face abaxial, glabros na adaxial; botão floral oblongo, exserto do cálice; corola alva, ca. 2–2,5 cm diâm., partida até mais da metade do comprimento, lobos 0,7–0,8 cm compr., estreito-triangulares, com tricomas porrecto-estrelados sésseis na face abaxial, glabros na face adaxial; estames com filetes ca. 2 mm compr., anteras amarelas, atenuadas, 5–6 × 1 mm, glabras; estilete 2–8 mm, glabro. Fruto baga globosa, verde a enegrecido, glabro, 1–1,2 cm diâm.; sementes numerosas, levemente intumescidas, discoide-reniformes, ca. 3 × 3 mm, não aladas |(GIACOMIN, 2018).CaracterísticaPode ser reconhecida entre as espécies aculeadas tratadas pela inflorescência lateral ramificada, congesta (ca.5 cm compr.), indumento de tricomas estrelados sésseis ou curto pedicelados ao longo dos ramos e folhas, além dos cálices com tricomas simples glandulares na face abaxial, que se estendem também aos pedicelos (GIACOMIN, 2018).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaGIACOMIN, L.L.; GOMES, E.S.C. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Solanaceae. Rodriguésia 69(3): 1373-1396. 2018. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rod/v69n3/2175-7860-rod-69-03-1373.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum trachytricium

Nomes popularesCanema-mirimNome científicoSolanum trachytrichium BitterSinônimosFamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbusto ou arbusto de até 1,7(2-3) m de altura, ramificado, com ramos em regra flexuosos e apoiantes, os jovens cobertos de tricomas curvos, ásperos, formados por uma coroa de células ao redor de um raio apical, uni ou bicelular. Folhas solitárias ou, em regra, geminadas, diferentes apenas no tamanho. Pecíolo com 0,4-1,3 cm, com tricomas iguais aos dos ramos. Lâminas das folhas maiores ovaladas a ovalado-lanceoladas, ápice agudo, base aguda e assimétrica, margem inteira, com 6-13,5 cm de comprimento e 2-5 cm de largura, escuras ao secar; lâminas das folhas menores iguais na forma, de 1-5 cm de comprimento e 0,5-2,8 cm de largura. Face adaxial mais clara ao secar, com tricomas iguais aos da face adaxial, esparsos e delicados. Inflorescência cimosa, simples, secundifloras, com 3-7 flores, pendentes, opostas às folhas, pedúnculo 0,1-1 cm de comprimento, pedicelos 0,5-1 cm de comprimento. Cálice com 0,2-0,3 cm de comprimento, simples no ápice. Corola rotada, branca a lilás, com 0,6-0,9 cm de comprimento, profundamente partida, lacínias ovalado-lanceoladas, lobos patentes na antese. Anteras oblongas, amarelas, de 0,4 cm de comprimento, fendendo após a antese. Ovário globoso, glabro, estilete mais longo do que os estames, estigma não alargado. Fruto globoso, pouco apiculado na porção apical devido ao estilete persistente, verde, escuro quando maduro, pendente, com 0,8 cm de diâmetro. (MENTZ, 2004, p. 174).CaracterísticaO principal caráter para identificação desta espécie são os tricomas escabrosos, percebidos ao se passar a mão na lâmina foliar, no sentido apical-basal. (MENTZ, 2004, p. 174).Floração / frutificaçãoFloresce e frutifica praticamente o ano todo.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum vaillantii

Nomes popularesJoá-bravoNome científicoSolanum vaillantii DunalSinônimosSolanum acerosum Sendtn.Solanum acerosum var. nigricans WitasekSolanum bifissum Vell.Solanum floribundum Sendtn.Solanum melanadrum DunalSolanum spectabile Steud.Solanum tejucense DunalFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 2,1 m de altura, com caule ereto, pouco ramificado, ramos ascendentes, caule e ramos em regra de cor verde-esbranquiçada, mais raro avermelhada, glabros ou com raros tricomas simples ou glandulares, acúleos do caule avermelhados ou amarelados, raros ou freqüentes, de 0,3-2 cm de comprimento, aciculares, os maiores achatados na base, raramente curvos, visivelmente retrorsos no caule, patentes nos ramos, cobertos até 2/3 por tricomas glandulares. Folhas em regra geminadas. Pecíolo de 2-10 cm de comprimento, com uma faixa de tricomas simples de 1-3 células na face adaxial e alguns glandulares, em regra glabro na face abaxial, com acúleos semelhantes aos dos ramos. Lâminas de base cordada, com 2-3 pares de lobos pouco ou muito pronunciados, neste caso, lobos de ápice agudo e, por sua vez, lobadodentados, margem ciliada, com tricomas simples, de 2-6 células, de 6-40 cm de comprimento e 5-35 cm de largura, as maiores na porção inferior da planta. Face adaxial da lâmina foliar coberta de tricomas simples, unisseriados, de 2-3 células e tricomas glandulares visíveis com lente de 20 aumentos; nervuras com tricomas simples de 1-2 células; acúleos ligeiramente menores que os do pecíolo, com poucos tricomas simples ou glandulares na base; raro tricomas estrelados na região dos sinos. Face abaxial coberta de tricomas porrectoestrelados, sésseis, de 4(3-6) raios, com raio central tão longo quanto os laterais, sempre sobre as nervuras de 2ª , 3ª ou mais ordens, e tricomas glandulares; nervura principal com tricomas simples de 1-3 células (em regra 1-2); acúleos iguais aos da face adaxial. Inflorescência extra-axilar, cimosa, escorpioidal, em regra bifurcada próximo à base, ramos secundifloros, com 15 a 80 flores, originando até 12 frutos, glabra até extremamente pilosa, sem tricomas glandulares. Cálice glabro a muito piloso, com ou sem acúleos, lobado na porção mediana, sépalas iguais ou raro desiguais, largo-triangulares, de margem visivelmente escariosa e ápice acuminado. Corola branca ou verde-pálido a verde-amarelada, glabra a coberta de tricomas simples, lacínias de até 1,5(2) cm de comprimento, com ápice plano a cuculado, então sem um tufo de tricomas macroscópicos no interior, mas com alguns tricomas simples ou glandulares, apenas visíveis com lente de mais de 20 aumentos. Anteras amarelas, fortemente atenuadas a partir da porção mediana. Ovário globoso, glabro; estilete mais comprido que os estames. Frutos globosos, de até 1 cm de diâmetro, verdes, com poucas estrias brancas quando imaturos, amarelos quando maduros, marrom-vinosos no final da maturação, acompanhados de cálice espessado, freqüentemente escuro e de aspecto resinoso. Sementes aladas, comprimidas, suborbiculares, com ca. de 0,3 cm de diâmetro, com asa estreita, de até 0,05 cm (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam período de floração entre outubro e abril e de frutificação entre julho e maio (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaO nome é uma homenagem ao cultivador e coletor da espécie, o botânico francês S. Vaillant (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaPlanta referida como tóxica (Mexia 4127, 4335) (MENTZ, 2004).FitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum variabile

Nomes popularesJurubeba-velame, juvevaNome científicoSolanum variabile Mart.SinônimosSolanum asterocormum DunalSolanum repandum Vell.FamíliaSolanaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto ereto ou arvoreta de até 4 m de altura, ramos densamente cobertos de tricomas estrelado-pedicelados, escuro-ferrugíneos; plantas jovens aculeadas e adultas inermes ou com acúleos até a porção apical, esses com até 0,8 cm de comprimento, amarelos ou escuros, alargados e engrossados na base, levemente curvos. Folhas solitárias. Pecíolo de 1-6 cm de comprimento, coberto de tricomas iguais aos dos ramos .Lâminas inteiras ou lobadas, então com 2-3 pares de lobos pouco ou muito pronunciados, estreito-lanceoladas quando inteiras, ovaladas ou oblongo-ovaladas, quando lobadas, de ápice triangular-agudo, base em regra assimétrica, arredondada, aguda quando inteiras, de 6-19 cm de comprimento e 3-10(12) cm de largura, as folhas inferiores ou de plantas jovens muito maiores; folhas jovens excuro-ferrugíneas, folhas adultas ferrugíneas. Face adaxial coberta de tricomas estrelados de dois tamanhos, o maior com 4-5 raios laterais, ambos pedicelados, com pedicelo pluricelular, plurisseriado, além de tricomas simples, unicelulares; raros tricomas bifurcados; nervura com tricomas iguais aos das zonas intercostais; acúleos ausentes .Face abaxial com tricomas estrelados longo-pedicelados, semelhantes aos da face adaxial, com 6-10 raios laterais, raio central muito mais curto que os laterais; nervura com tricomas iguais aos dos ramos. Cálice partido até a porção mediana, de até 0,8 cm de comprimento, densamente coberto de tricomas iguais aos das folhas, ferruginosos, com lacínias ovaladas, agudas no ápice. Corola rotada, branca, com até 4 cm de diâmetro. Lacínias alto-soldadas, cobertas abaxialmente por tricomas estrelados apenas ao longo da nervura principal, glabras na região plicada; raro pétalas partidas. Anteras amarelas, atenuadas a partir da porção mediana, de 0,8-1,0 cm de comprimento. Ovário globoso, estilete mais longo que os estames, estigma engrossado, verde. Frutos alaranjados quando maduros, glabros, globosos, de ca. De 0,8 cm de diâmetro, pedicelos engrossados em direção ao ápice, eretos. (MENTZ, 2004, p. 178).CaracterísticaEspécie bastante polimorfa, apresentando desde folhas inteiras e mais estreitas, até folhas largas e lobadas. Em algumas plantas ocorrem muitos acúleos, enquanto que em outras eles são raros. (MENTZ, 2004, p. 179).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração entre agosto e maio e de frutificação entre setembro e junho (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Campo de Altitude, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L. A.; OLIVEIRA, P. L. Solanum (Solanaceae) na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, n. 54. Instituto Anchietano de Pesquisas. 2004. 327p. Il.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.

Solanum viscosissimum

Nomes popularesJoá-cipó-meladoNome científicoSolanum viscosissimum Sendtn.SinônimosSolanum amplexicaule var. pubescens Glaz.Solanum cornigerum DunalSolanum heteromorphum DunalSolanum jasminifolium Sendtn.FamíliaSolanaceaeTipoDescriçãoTrepadeira volúvel, de ca. de 1,5 m de comprimento; ramos cilíndricos, com estrias longitudinais, cobertos de tricomas simples e glandulares. Folhas solitárias ou geminadas, então uma menor. Pecíolo volúvel, de até 2,5 cm de comprimento. Lâminas membranosas, densamente viscoso-pilosas, pinatilobadas, com 5-9 lobos, geralmente 7 lobos assimétricos, de 3,3-5,6 cm de comprimento e 2,2-4,6 cm de largura, o lobo terminal maior do que os laterais, de ápice agudo. Inflorescência cimosa, paniculiforme, com até 12 flores, terminal ou lateral;pedúnculo mais comprido do que as folhas, pedicelos delgados, articulados próximo à base. Cálice campanulado, com ca. de 0,2 cm de altura, com lacínias triangulares, desiguais, mucronadas, cobertas abaxialmente por tricomas simples e glandulares. Corola rotada, lilás ou azul, com 0,5-0,6 cm de comprimento, lacínias triangulares, agudas, glabras na face adaxial, cobertas por tricomas simples e glandulares na face abaxial, mais concentrados na região apical. Estames iguais, anteras oblongas, amarelas, de 0,2-0,3 cm de comprimento, com poros apicais laterais. Ovário globoso; estilete de 0,4-0,5 cm de comprimento, coberto por tricomas simples e glandulares em quase toda a extensão, mais comprido do que os estames; estigma não alargado, verde. Fruto globoso, preto quando maduro, de até 0,8 cm de diâmetro (MENTZ, 2004).CaracterísticaAlguns tipos e exsicatas vistos, identificados como Solanum jasminifolium Sendtn. e Solanum amplexicaule Sendtn., parecem um extremo de Solanum viscosissimum, com ramos apicais com folhas sésseis, amplexicaules e folhas adultas lobadas e pecioladas, todas com tricomas simples e glandulares. Talvez uma análise de material coletado na Região Sudeste e na Bahia pudesse resolver a dúvida, já que o material do Paraná para o Sul do Brasil mostrou-se bastante uniforme, com folhas pecioladas e lobadas. Apenas em Dusén 9379 (K) foram encontradas folhas inteiras na porção apical dos ramos (MENTZ, 2004).Floração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de agosto a março; exsicatas com frutos são de outubro, dezembro, fevereiro e março (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Distrito Federal)Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14884>. Acesso em: 31 ago. 2020.

Solanum wacketii

Nomes popularesJoá-açúNome científicoSolanum wacketii WitasekSinônimosSolanum brusquense L.B.Sm. & DownsFamíliaSolanaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto de até 2 m de altura, ereto, pouco ramificado, ramos ascendentes, escuros quando secos, cobertos de acúleos escuros ou esverdeadoamarronzados e tricomas simples e glandulosos. Folhas em regra geminadas,desiguais no tamanho, membranosas. Pecíolo de 6-30 cm de comprimento, coberto de tricomas simples e glandulosos. Lâminas ovalado-orbiculares, com 3-5 pares de lobos pouco pronunciados, de base truncada ou cordiforme e ápice triangular-agudo, de 14-32(43) cm de comprimento e 14-23(35) cm de largura. Face adaxial da lâmina foliar com dois tipos de tricomas, um mais freqüente, menor, hialino, séssil, porrecto-estrelado com 4(3-5) raios laterais e raio central mais curto, outro esparso, com 6-8 raios laterais reflexos no material seco eraio central muito longo, com 1-2 células, além de tricomas glandulares; nervura principal coberta de tricomas simples de 1-2 células e tricomas glandulares; acúleos ausentes ou presentes, retos, de até 1,2 cm de comprimento e 0,2 cm de largura na base. Face abaxial com tricomas esparsos, hialinos, sésseis, porrecto-estrelados de 4(3-5) raios laterais, raio central mais curto, além de tricomas glandulares esparsos e, sobre as nervuras de várias ordens, tricomas estrelados, multiangulados, de 6-10 raios laterais e raio central mais longo; nervura principal com tricomas simples de 1-2 células e alguns glandulares; acúleos retos de até 1,2 cm de comprimento ou curvos, menores, com tricomas simples e alguns glandulares até pelo menos 1/3 de seu comprimento. Inflorescência extra-axilar, cimoso-escorpioidal, bifurcada, com 6-30 flores, pedúnculo de até4,5 cm de comprimento e pedicelos engrossados próximo ao cálice, com 2-5 acúleos, e cobertos de tricomas simples e glandulares apenas visíveis com lente de aumento de 20 vezes. Cálice petalóide, sem ou com até 4 acúleos sobre a nervura, com sépalas brancas ou esverdeado-esbranquiçadas, desiguais, elíptico-lanceoladas, uma maior que as demais, com (1,0)1,2-1,6(1,9) cm de comprimento e 0,2-0,5(0,6) cm de largura, raramente cobertas de tricomas simples e glandulares curtos, além de simples, longos. Corola branca ou amarelo-esbranquiçada, rotada, fendida até próximo à base, de comprimento igual ao do cálice, às vezes pétalas mais curtas ou mais longas; lacínias glabras, levemente cuculadas, às vezes com um tufo de tricomas simples e glandulares, inconspícuos. Anteras amarelas, atenuadas a partir da porção mediana, de 0,9- 1,2 cm de comprimento. Ovário ovóide, coberto de pequenos tricomas glandulares, estilete das flores basais mais longo que os estames. Fruto ovoide globoso, de até 1,6 cm de comprimento, coberto de tricomas glandulares quando jovem, glabro quando maduro, verde com manchas brancas quando imaturo, amarelo quando maduro (MENTZ, 2004).CaracterísticaFloração / frutificaçãoAs coletas indicam um período de floração de outubro a março e de frutificação de novembro a março, tendosido encontrados exemplares floridos em junho e agosto (MENTZ, 2004).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (SOLANUM, 2020).EtimologiaO epíteto específico é uma homenagem ao coletor, M.Wacket (MENTZ, 2004).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMENTZ, L.A.; OLIVEIRA, P.L. Solanum (Solanaceae) na região Sul do Brasil. Pesquisas, Botânica, nº 54. 2004. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica54/botanica54-texto.pdf>.SOLANUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14718>. Acesso em: 23 jul. 2020.