Nectandra grandiflora

Nomes popularesCanela, canela-amarela, canela-bosta, canela-branca, canela-cheirosa, canela-fedida, canela-nhuva, canela-sebo, caneleira, niúvaNome científicoNectandra grandiflora NeesSinônimosGymnobalanus regnellii Meisn.Nectandra glauca Warm. ex Meisn.Nectandra grandiflora var. cuneata Meisn.Nectandra grandiflora var. latifolia NeesNectandra grandiflora var. longifolia Meisn.Nectandra grandiflora var. oblongifolia NeesNectandra grandiflora var. obovata Meisn.Nectandra longifoFamíliaLauraceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore (1,5-) 4-8 (-12) m, ramos negros, arroxeados ou acinzentados, cilíndricos, glabros a fracamente piloso-seríceos, não lenticelados. Folhas alternas, pecíolo 5-11 mm, cilíndrico na face abaxial, canaliculado na face adaxial, estriado, glabro; lâmina, 7-11 x 3,0-4,5 cm, obovada ou raramente elíptica, ápice curto-cuspidado a cuspidado, base atenuada a aguda, não revoluta, margem lisa, coriácea, eucamptódroma na superfície inteira da lâmina, face adaxial glabra, nervura primária sulcada ou impressa, glabra, secundárias e terciárias impressas, glabras, face abaxial glabra, nervura primária e secundárias salientes, glabras, (4-) 5-7 pares, sem tufos de pêlos axilares, terciárias impressas, glabras, laxas. Inflorescências na axila de catafilos ou logo abaixo, acima da inserção do primeiro nó foliar, muito raramente na axila de folhas normais, paniculadas, glabras, as maiores com até o dobro do comprimento das folhas, pedúnculo (1,3-) 2,5-4,6 (-5,5) cm. Flores 6-7 (-8) mm diâm., receptáculo internamente e externamente glabro; tépalas externas elípticas, face abaxial glabra, face adaxial papilosa-tomentosa, tépalas internas oblongas, face abaxial papilhoso tomentosa com triângulo basal glabro, face adaxial papiloso-tomentosa; anteras das séries I e II quadradas, tranverso-retangulares ou largamente triangulares com ápice agudo, totalmente papiloso-puberulentas, locelos em arco aberto, filetes ausentes, na série III retangulares com ápice truncado, totalmente papiloso-puberulentas, locelos em arco aberto, sendo dois laterais e dois dorsais, filetes ausentes ou até 20% do compr. das anteras, glabros, glândulas globosas, estaminódios clavados, lado ventral glabro, lado dorsal com ápice papiloso-tomentoso; ovário globoso, glabro, estilete com 10-20% do compr. do ovário, estigma capitado. Fruto baga elipsóide, 15-18 x 10-11 mm, cúpula basal. (ZANON, 2007, p. 25).CaracterísticaNectandra grandiflora pode ser reconhecida por ter as inflorescências, folhas e a superfície externa do receptáculo glabras, e as inflorescências estarem dispostas, quase que exclusivamente, na axila de catafilos terminais ou logo abaixo, acima da inserção do primeiro nó foliar. A espécie apresenta tronco com casca lisa e madeira com cheiro fortemente adocicado e enjoativo, sendo desagradável, porém diferente de algumas Lauraceae que possuem cheiro de excremento. (ZANON, 2007, p. 29).Nectandra grandiflora distingue-se das demais espécies do gênero por apresentar inflorescências glabras, glaucas e pelas anteras não prolongadas acima dos locelos (Rohwer 1993).(GIANNERINI, 2015).Floração / frutificaçãoColetada com flores de agosto a dezembro e com frutos de novembro a fevereiro (BAITELLO, 2003).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (LAURACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaA casca do tronco, com a adição de acid costic sesquiterpeno, contém quatro alcalóides aporphine, laurolitsine, laurotetanina, boldina e isoboldina. Estudos preliminares com extrato de álcool da casca revelou atividade anti-tumor contra o sarcoma 180 e os modelos de carcinoma Ehrlich. O extrato etanólico das folhas resultou no isolamento de dois flavonóides glicosilados que apresentaram atividade antioxidante (MARQUES, 2007, p. 173).FitoterapiaFitoeconomiaPelo seu porte e tipo de copa, possui propriedades ornamentais. Os frutos também são fonte de alimento para a avifauna. A madeira é macia ao corte e de boa durabilidade, no entanto, exala um cheiro desagradável quando cortada, o que lhe rendeu alguns nomes populares. Pode ser utilizada para caibros, ripas, vigas, obras internas de carpintaria, batentes de portas, cabos de ferramentas, carrocerias e fabricação de móveis.InjúriaComentáriosBibliografiaBAITELLO, J.B. (coord.) 2003. Lauraceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 149-224.BARBOSA, T. D. M. A Família Lauraceae Juss. no Município de Santa Teresa, Espírito Santo. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia. Campinas, 2009. 230p. il. Disponível em: <http://cutter.unicamp.br/document/?code=000449284>.CANALEZ, G. G.; CORTE, A. P. D.; SANQUETTA, C. R. Dinâmica da Estrutura da Comunidade de Lauráceas no Período 1995-2004 em uma Floresta de Araucária no Sul do Estado do Paraná, Brasil. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 16, n. 4, p. 357-367. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/viewFile/1917/1159>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.GIANNERINI, A.C.; QUINET, A.; ANDREATA, R.H.P. Lauraceae no Parque Nacional do Itatiana, Brasil. Rodriguésia 66(3): 863-880. 2015. Disponível em: <http://rodriguesia-seer.jbrj.gov.br/index.php/rodriguesia/article/view/901/pdf_216>.LAURACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8428>. Acesso em: 23 Out. 2019.MARQUES, T. P. Subsídios à Recuperação de Formações Florestais Ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a Partir do Uso Espécies Fontes de Produtos Florestais Não-madeiráveis. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 244p. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14027/1/disserta%C3%A7%C3%A3o%20Themis%20Piazzetta%20Marques%20PDF.pdf>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.ZANON, M. M. F.; GOLDENBERG, R.; MORAES, P. L. R. O Gênero Nectandra Rol. ex Rottb. Lauraceae) no Estado do Paraná, Brasil. Acta bot. Bras. 23(1): 22-35. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v23n1/v23n1a04.pdf>.

Nectandra lanceolata

Nomes popularesCanela-amarela, canela-branca, canela-louro, canelão-amarelo, canela-fedorenta, canela, nhuva, nhuveiraNome científicoNectandra lanceolata NeesSinônimosFamíliaLauraceaeTipoNativa, endêmica do BrasilDescriçãoÁrvores até 20m. Folhas alternas no ápice dos râmulos; lâmina 7-18cmx1,5-4cm, oblanceoladas a elípticas, cartáceocoriáceas, ápice subacuminado, agudo, base aguda, decorrente, face adaxial puberulenta a glabriúsculas nas jovens, glabras nas adultas, nervura central e secundárias imersas, face abaxial tomentosa sobre as nervuras, curtotomentosa a glabrescente no restante da lâmina, tomento amarelo-ferruginoso, reticulação promínula, nervura central e laterais salientes, laterais 3-9 pares; pecíolo 3-13mm, canaliculado, densamente ferrugíneo-tomentoso a glabriúsculo. Inflorescência axilar e subapical, multiflora, mais longa ou mais curta que as folhas, densamente ferrugíneo-tomentela; pedúnculo 3-5cm. Flores 8-14mm, ferrugíneo-tomentelas; hipanto conspícuo, internamente piloso; tépalas subiguais, ovaladas a pentagonais, ápice agudo a obtuso, face interna com papilas e pêlos esparsos; filetes dos estames das séries I e II glabros, curtos, distintos, anteras densamente papilosas, as da série I suborbiculadas a ovadas, ápice obtuso-arredondado, as da série II obtruladas, conectivo com prolongamento igual ou superior a 50% do comprimento da antera, ápice subagudo, as da série III subretangulares a obtrapeziformes, ápice obtuso-arredondado; estaminódios pilosos e papilosos na face abaxial; pistilo glabro, ovário subgloboso, filete em geral pouco mais curto que o ovário, estigma discóide. Fruto ca. 15×10mm, globoso-elipsóide, cúpula infundibuliforme, rasa, áspera, margem engrossada, pilosa quando jovem; pedicelo pouco engrossado (BAITELLO, 2003).CaracterísticaN. lanceolata é comumente confundida com N. puberula; nesta, o indumento é, em geral, mais esparso, nunca encobrindoa epiderme, em especial nos râmulos vegetativos e na inflorescência (BAITELLO, 2003).Floração / frutificaçãoColetada com flores de agosto a outubro e com frutos de outubro a dezembro (BAITELLO, 2003).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação: Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (LAURACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFitoeconomiaColetada com flores de agosto a outubro e com frutos de outubro a dezembro, os quais são apreciados pelas várias espécies da avifauna frugívora. A madeira é de média durabilidade e moderadamente pesada, com diversos usos na marcenaria e carpintaria. A espécie tem potencial para a arborização urbana (BAITELLO, 2003).InjúriaComentáriosBibliografiaBAITELLO, J.B. (coord.) 2003. Lauraceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 149-224.LAURACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8429>. Acesso em: 23 Out. 2019.

Nectandra leucantha

Nomes popularesCanela-seca, canela, canela-amarela, canela-anhuva, canela-de-folha-larga, canelão, canela-branca, canela-nhossaraNome científicoNectandra leucantha NeesSinônimosFamíliaLauraceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore até 15m. Folhas alternas no ápice dos râmulos; lâmina 9,5-29×3,5-9cm, ovadas ou elípticas ou elíptico-lanceoladas, cartáceas, ápice curto obtuso-acuminado, base atenuada a arredondada a até subaguda, face adaxial glabra ou glabrescente nas nervuras, reticulação laxa, imersa, obscura, nervuras central e laterais imersas, face abaxial glabrescente, algumas axilas barbeladas, reticulação saliente, subdensa, nervuras central e laterais salientes, estas 5-8 pares; pecíolo 8-20mm, fino, glabrescente. Inflorescência na axila das folhas distais, pauciflora a submultiflora, em geral mais curta que as folhas, pubescente; pedúnculo 4-8cm, glabro. Flores 10-15mm diâm. densamente tomentelas na base, esparsamente para o ápice; hipanto largo, evidente, externamente esparso a denso-tomentelo, internamente glabro ou pêlos no fundo; pedicelo ca. 5mm, curto-tomentoso; tépalas patentes densamente papilosas na face interna, elípticas a oblongas, ápice subagudo; filetes dos estames das séries I e II muito curtos, anteras ovadas a pentagonais, papilosas, conectivo mais longo que a metade da antera, ápice obtuso- arredondado a subagudo, filetes dos estames da série III curtos, largos, anteras retangulares ou obtrapeziformes, ápice obtuso-arredondado; estaminódios subsagitados; pistilo glabro, ovário globoso, estilete curto, estigma subcapitado. Fruto 17-25×12-15mm, globosoelipsóide, cúpula 10-14×2-8mm, crateriforme a trompetiforme, envolvendo 1/3 da base do fruto; pedicelo até 11mm, levemente engrossado (BAITELLO, 2003).CaracterísticaN. leucantha assemelha-se a N. hihua, mas suas flores e botões são maiores. Diferem ainda quanto ao hipanto, mais largo e evidente, e com pilosidade mais densa em N. leucantha. Segundo Rohwer & Kubitzki (1993), a grande semelhança entre ambas sugere uma origem relativamente recente de N. leucantha a partir da migração de N. hihua para o hemisfério Sul. N. leucantha é endêmica das regiões Sudeste e Sul do Brasil (BAITELLO, 2003).Floração / frutificaçãoColetada com flores de abril a junho e em outubro e frutos de setembro a novembro (ZANON, 2007).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (LAURACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFito químicaFitoterapiaFito economiaInjúriaComentáriosBibliografiaBAITELLO, J.B. (coord.) 2003. Lauraceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 149-224.LAURACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8429>. Acesso em: 23 Out. 2019.ZANON, M. M. F. O Gênero Nectandra Rol. ex Rottb. Lauraceae) no Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2007. 89p. Il. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abb/v23n1/v23n1a04.pdf>.

Nectandra oppositifolia

Nomes popularesCanela-ferrugem, canela-amarela, canela-garuva, canela-branca, canela-nhoçara, canelãoNome científicoNectandra oppositifolia NeesSinônimosNectandra labouriaviana MachadoFamíliaLauraceaeTipoNativaDescriçãoÁrvore de 13 a 20 m alt., ramos angulosos, ferrugíneo-tomentosos; gemas apicais e axilares ferrugíneo-tomentosas. Folhas subopostas a opostas no ápice dos ramos; pecíolo achatado a canaliculado, ferrugíneo-tomentoso; lâmina cartácea, lanceolada ou elíptica, 5,5 - 12,0 x 1,5 - 4,0 cm, base aguda, decorrente, margem revoluta, ápice agudo a acuminado; face adaxial glabrescente à ferrugíneo-tomentosa, face abaxial denso ferrugínea-tomentosa; nervura principal impressa na face adaxial e proeminente na face abaxial; padrão de nervação camptódromo-broquidódromo com tendência a formar laços no terço superior, nervuras secundárias 7 - 8 pares alternos, ângulo de divergência 40° - 60°, nervuras intersecundárias simples, nervuras terciárias perpendiculares em relação à nervura principal, reticulado denso. Inflorescência axilar, tirsóide, 5,0 - 15,0 cm compr., ferrugíneo-tomentosa. Flores com tépalas elípticas, 0,45 cm compr., ferrugíneo-tomentosas na face ventral, papilosas na face dorsal. Estames da série I com filetes subsésseis, anteras pentagonais, 0,14 - 0,16 cm compr., ápice obtuso ou agudo, papilosas; série II com filetes subsésseis, anteras pentagonais 0,15 - 0,17 cm compr., ápice agudo, papilosas; série III com filetes subsésseis, par de glândula na base, globosa, anteras ovais, 0,16 - 0,20 cm compr., ápice agudo; série IV estaminodial ausente. Ovário elipsóide, glabro, estilete cônico, estigma discoide. Fruto elipsóide, 1,5 - 1,7 cm compr., 1,0 - 1,1 cm diâm., envolvido por cúpula hemisférica, 0,4 - 1,0 cm compr., 0,8 - 1,8 cm diâm., espessa, verruculosa; pedicelo frutífero espesso. (QUINET, 2002).CaracterísticaNectandra oppositifolia pertence ao grupo “N. reticulata”, formado por seis espécies. O grupo é caracterizado por seu indumento ondulado ou ereto, relativamente longo, folhas jovens com indumento denso em ambas as faces, sendo que na face abaxial é geralmente persistente. As flores são densamente papilosas, as anteras apresentam o ápice alongado semelhante a um capuz, os estaminódios são unidos apenas na base dos estames internos, o estilete é bastante longo (com aproximadamente a metade do comprimento do pistilo ou mais) (Fig. 1. J-Q), o receptáculo é urceolado e, em algumas espécies, ele é preenchido por tricomas. A venação terciária é escalariforme ou percurrente e, em geral, é muito distinta. A maior diversidade de espécies do grupo é registrada para a região andina (Rohwer 1993a). Mez (1889) considerou N. oppositifolia sinônimo de N. rigida Nees. Porém, em N. rigida as folhas são claramente alternas, o indumento é diferente e o receptáculo apresenta tricomas bastante densos. Dentro do grupo “N. reticulata”, N. oppositifolia é facilmente diferenciada por suas folhas opostas ou subopostas, indumento tomentoso ou viloso de coloração ferrugínea nas gemas, nos ramos e na face abaxial das folhas, e pelo receptáculo floral com a porção adaxial geralmente glabra (Rohwer 1993a). Além das características supracitadas, N. oppositifolia diferencia-se das demais espécies da Reserva por suas inflorescências tomentosas ou vilosas de coloração ferrugínea, flores vistosas com as tépalas apresentando a face abaxial ferrugínea e a face adaxial e os verticilos de reprodução perolados. As flores apresentam odor bastante adocicado e os frutos são elípticos com cúpula hemisférica em tons de verde e vermelho. Em alguns indivíduos, observa-se o desenvolvimento de raízes tabulares (ASSIS, 2005).Floração / frutificaçãoColetada com flores de fevereiro a maio e com frutos de junho a outubro, podendo florescer duas vezes no ano (BAITELLO, 2003).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Nordeste (Bahia, Ceará); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (LAURACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaFornece madeira boa para diversos usos, mas sua densidade é de média a baixa. Seus frutos são apreciados pela avifauna e pequenos mamíferos (BAITELLO, 2003).InjúriaComentáriosBibliografiaBAITELLO, J.B. (coord.) 2003. Lauraceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 149-224.QUINET, A.; ANDREATA, R. H. P. Lauraceae Jussieu na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 53(82): 59-121. 2002. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig53_82/5-QUINET.PDF>.LAURACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8429>. Acesso em: 23 Out. 2019.

Nectandra puberula

Nomes popularesCanela-amarela, canela, canela-preta, canela-babosaNome científicoNectandra puberula (Schott) NeesSinônimosFamíliaLauraceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore de 15 a 20 m alt., ramos angulosos, acinzentados, tomentosos; gemas axilares ou apicais ferrugíneo-tomentosas. Folhas alternas em todo o ramo; pecíolo canaliculado, tomentoso; lâmina cartácea, lanceolada ou elíptica, 6,0 - 11,0 x 1,4 - 3,5 cm, base aguda, decorrente, margem espessa, revoluta, ápice agudo ou acuminado; face adaxial glabrescente, abaxial áureo-pubérula principalmente ao longo da nervura principal; nervura principal impressa na face adaxial e proeminente na face abaxial; padrão de nervação eucamptódromo, nervuras secundárias formando ângulo de divergência 40° - 50°, nervuras terciárias perpendiculares à nervura principal, reticulado laxo; domácias em tufos de pelos na axila de nervuras secundárias. Inflorescência axilar, tirsóide, 4,5 - 10,5 cm compr., ferrugíneo-tomentosa. Flores com tépalas obovadas, 2,5 - 3,0mm compr., tomentosas na face ventral e papilosas na face dorsal. Estames da série I com filetes subsésseis, anteras pentagonais ou arredondadas, 0,07 - 0,08 cm compr., ápice agudo; série II com filetes subsésseis, anteras pentagonais 0,08 - 0,1 cm compr., ápice agudo; série III com filetes subsésseis, par de glândula irregular em sua base, anteras obtrapeziformes, 0,08 - 0,09 cm compr., ápice truncado ou levemente obtuso; série IV estaminodial presente, estaminódios clavados. Ovário elipsoide, glabro, estilete obcônico, estigma triangular. Fruto globoso, 0,8 - 1,2 compr., 0,7 - 1,1cm diâm., sobre cúpula discoide, delgada; pedicelo frutífero espesso no ápice. (QUINET, 2002).CaracterísticaEspécie muito próxima de N. barbellata, diferindo desta pelo arranjo das inflorescências, forma e tamanho menor dos estames e papilas mais conspícuas no ápice das anteras. Coletada com flores em épocas diferentes durante o ano. Pode ser confundida ainda com N. lanceolata, mas esta apresenta indumento sempre mais denso, que chega a encobrir a epiderme, em especial da inflorescência e do ápice dos râmulos vegetativos (BAITELLO, 2003).Nectandra puberula caracteriza-se pelas folhas com face abaxial áureo-pubérulas e domácias em tufos de pelos nas axilas das nervuras secundárias (GIANNERINI, 2015).Floração / frutificaçãoColetada com flores entre fevereiro e maio e com frutos entre maio e agosto, raro até dezembro (BAITELLO, 2003).DispersãoZoocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Nordeste (Bahia); Centro-Oeste (Distrito Federal, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (LAURACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaA casca é estomática, antidesintérica, antidiarréica, útil contra moléstias do estômago e intestinos. (QUINET, 2002).FitoeconomiaFornece madeira de cor castanho escuro, bastante acetinada, própria para a construção civil e naval. (QUINET, 2002).InjúriaComentáriosBibliografiaBAITELLO, J.B. (coord.) 2003. Lauraceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M., Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 149-224.QUINET, A.; ANDREATA, R. H. P. Lauraceae Jussieu na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Município de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 53(82): 59-121. 2002. Disponível em: <LAURACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8429>. Acesso em: 23 Out. 2019.