Coix lacryma-jobi

Nomes popularesCapim-rosário, lágrima-de-nossa-senhora, capiá, capim-de-lágrima, conta-de-lágrima, tsiku, adlaí, capim-de-nossa-senhora, capim-de-contas, capim-missanga, contas-de-nossa-senhoraNome científicoCoix lacryma-jobi L.SinônimosFamíliaPoaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoPlantas anuais, robustas, 0,9-2m, colmos ramificados. Lâminas foliares lanceoladas, base largo-arredondada ou cordada, 12-40×2-3,5cm, glabras, margens escabras; lígula 0,6-0,8mm. Invólucros com flores femininas 7-12×(0,5-)0,8-1mm, brancos, azulados ou plúmbeos. Ramos com flores masculinas (1-)1,7-4,5cm, espiguetas 6-10mm (LONGHI-WAGNER, 2001).CaracterísticaFloração / frutificaçãoColetada com flores e frutos de dezembro a julho (LONGHI-WAGNER, 2001).DispersãoHabitatEm cultivo, em roças abandonadas ou beira de estradas (LONGHI-WAGNER, 2001).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre)Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica (COIX, 2020).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaGrãos - Composição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais. Calorias 380, Proteínas 15,4(g), Lipídios 6,2(g), Glicídios 65,3(g), Fibra 0,8(g), Cálcio 25(mg), Fósforo 435(mg), Ferro 5,0(mg). Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas: Vitamina B1 0,28(mg), Vitamina B2 0,19(mg), Niacina 4,3(mg) (TABELAS, 1999).FitoterapiaOs frutos possuem também propriedades medicinais, sendo utilizados como antileucorréicos, antidiarréicos, analépticos, tônicos, depurativos, emolientes, anti-hidrópicos, sendo muito diuréticos. As folhas e colmos, usados externamente são anti-reumáticas e excitantes, e internamente antiasmáticos e diuréticos. Os frutos fortalecem o baço e são utilizados no tratamento de enterite crônica, edemas, inchaço e males dos rins, reumatismo, lombalgia, abcesso pulmonar, afecções catarrais, litíases urinárias, pneumonia lombar, apendicite, beribéri, disúria e acrodinia. A raiz, em infusão, constitui-se um poderoso diurético.FitoeconomiaAs sementes podem ser utilizadas em artesanato para a confecção de pulseiras, braceletes, cortinas, molduras, colares, esteiras e instrumentos musicais. Os frutos fornecem uma farinha muito nutritiva, pelo alto conteúdo de proteína e lipídeos, podendo ser utilizada na preparação de pães, biscoitos e mingaus. As sementes fornecem fécula opcional para a indústria da cervejaria, e também é possível produzir uma farinha de alto valor nutritivo, sendo própria para a alimentação de convalescentes e para a panificação. As folhas também servem como forragem.InjúriaÉ uma planta daninha, infestando terrenos baldios, beira de estradas e margens de canais (LORENZI, 2008).ComentáriosNa língua Guarani é chamada de ka’api’i’i a.BibliografiaCOIX in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB13126>. Acesso em: 07 Jan. 2020COUTO, M. E. O. Coleção de Plantas Medicinais Aromáticas e Condimentares; Embrapa Clima Temperado; Pelotas, 2006. 91p. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/folder/plantas_medicinais.pdf>.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.KELLER, H. A. Plantas Usadas por los Guaraníes de Misiones (Argentina) Para la Fabricación y el Acondicionamiento de Instrumentos Musicales. Darwiniana 48(1): 7-16. 2010. Disponível em: < http://www2.darwin.edu.ar/Publicaciones/Darwiniana/Vol48(1)/7-16.Keller.pdf>.LINDENMAIER, D. S. Etnobotânica em Comunidades Indígenas Guaranis no Rio Grande do Sul. Universidade de Santa Cruz do Sul. Rio Grande do Sul, 2008. 44p. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/19857491/MONOGRAFIADiogo-Lindenmaier>.LONGHI-WAGNER, H.M. (coord.) 2001. Poaceae In: Longhi-Wagner, H.M., Bittrich, V., Wanderley, M.G. & Shepherd, G.J. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 1, pp: 1-281.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.TABELAS de Composição de Alimentos – ENDEF. 5ª ed.; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE; Rio de Janeiro, 1999. 137p. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/Tabela%20de%20Composicao%20de%20Alimento-ENDF.pdf>.