Styrax leprosus

Nomes popularesCanela-seiva, benjoeiro, canelinha, carne-de-vaca, jaguatinga, maria-mole, maria-mole-graúda, pau-de-remo, cuia-do-brejoNome científicoStyrax leprosus Hook. & Arn.SinônimosStyrax leprosum Hook. & Arn.FamíliaStyracaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore com altura de 4-18 m., de copa cônica, com ramos novos denso-escamosos argênteo-ferrugíneos, de tronco reto e cilíndrico de 20-35 cm de diâmetro, com casca cinza-escura com manchas mais claras, com fissuras superficiais, descamando em tiras estreitas, deixando mostrar embaixo uma cor de carne. Folhas agrupadas no ápice dos ramos, com pecíolo pubescente-escamoso de 4-12 mm; lâmina elíptico-lanceolada, de ápice levemente acuminado a base cuneada, cartácea, distintamente discolor, glabra na face superior e com pêlos escamosos peltados prateados na inferior, de 2,5-9,5x1,2-3,5 cm, com 6-12 pares de nervuras secundárias. Inflorescências axilares e terminais, em racemos paucifloros escamosos de 3,5 cm de comprimento, com 3-8 flores. Fruto drupa escamosa, com polpa suculenta e adocicada (LORENZI, 2009, p. 354).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce de dezembro a março, os frutos amadurecem principalmente de janeiro a maio.DispersãoZoocóricaHabitatPlanta perenifólia, pioneira e heliófita, crescendo preferencialmente nas submatas dos pinhais da Mata Atlântica, ocorrendo também na Floresta Ombrófila Densa.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista) (ROMÃO, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaA madeira desta espécie é leve, macia ao corte e de textura grossa, porém é pouco resistente ao ataque de organismos xilófagos, podendo ser utilizada para obras internas, forro, lâmina e caixaria. Produz anualmente grande quantidade de sementes, que são avidamente procurados pela avifauna, sendo por isto recomendada para a recomposição de reflorestamentos mistos destinados a áreas de preservação. Os frutos são pequenos, porém comestíveis e de sabor adocicado.InjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 2009. 384p. il. v. 3.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.ROMÃO, G.O.; Cabral, A.; Fritsch, P.W.; Santos, F.B.D. Styracaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14894>. Acesso em: 05 Nov. 2019.SCHULTZ, A. R. Botânica Sistemática. 3ª ed. Editora Globo. Porto Alegre, 1963. 428p. il. v. 2.SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Chave de Identificação: Para as Principais Famílias de Angiospermas Nativas e Cultivadas do Brasil. Instituto Plantarum. São Paulo, 2007. 31p. il.ZUCHIWSCHI, E.; FANTINI, A. C.; ALVES, A. C.; PERONI, N. Limitações ao Uso de Espécies Florestais Nativas Pode Contribuir Com a Erosão do Conhecimento Ecológico Tradicional e Local de Agricultores Familiares. Acta bot. Bras. 24(1): 270-282. 2010. Disponível em: <http://www.botanica.org.br/acta/ojs/index.php/acta/article/view/971/298>.