Rubus brasiliensis

Nomes popularesAmorinha-branca-do-matoNome científicoRubus brasiliensis Mart.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPrimocane observado no campo, constitui-se de 1-5 ramos primários, lenhosos, retos com 10mm de diâmetro, de seção transversal pentagonal, com pelos escabros e que atingem uma altura de 2-3mm. Depois de adultos esses ramos primários emitem ramificações de segunda ordem a partir das axilas das folhas dos ramos primários. Esses ramos secundários se apresentam arqueados e flexíveis e se apóiam em outras plantas circunvizinhas e são densamente velutino-tomentosos com pelos glandulares e armados de acúleos pungentes retos, ligeiramente curvos ou retrorsos com mais ou menos 2mm de comprimento e com pelos seríceos ou tomentosos. A distância, que varia de 2-5m, surgem, na mesma direção, novos grupos de ramos intercalados no mesmo rizoma. Estípulas, duas, medindo 8-9mm de comprimento e 1-2mm de largura, herbácea, linear, densamente velutina com pelos glandulares. Pecíolo e peciólulo com, respectivaente, 60-75mm e 25-40mm de comprimento e 1-2mm de espessura, velutino-tomentosos, com pelos glandulares e acúleos pungentes, ligeiramente curvos, com pelos seríceos na base. Folíolo central, com 65-100mm de comprimento e 45-80mm de largura, de subcoriáceo a coriáceo, cordato-ovado ou oval-oblongo com base cordiforme, ápice agudo, bordo mucronado-denteado, apresentando a face superior tomentosa e a face inferior tomentoso-velutina com nervuras salientes, providas de acúleos pungentes curvos e pelos glandulares. Folíolo lateral com 65-100mm de comprimento e 45-85mm de largura, subcoriáceo a coriáceo, cordato-ovado, oval-oblongo ou ovado, com base cordada, ápice agudo, bordo mucronado-denteado, com a face superior tomentosa e a inferior tomentoso-velutina. Bráctea foliar com 45-85mm de comprimento e 20-35mm de largura. Sinflorescência tirsóide com 80-200mm de comprimento, pauciflora, com ramificações reduzidas. Bractéolas, em número de três, de 2-5mm de comprimento e 2-3mm de largura, alterno-espiraladas, lanceoladas com a face interna glabrescente e a face externa velutino-tomentosa. Pedicelo com 1-2mm de comprimento e 0,5-1mm de largura, velutino-tomentoso com pelos glandulares e acúleos retos. Lacínia do cálice oblonga ou ovado-oblonga, ápice agudo, internamente seríceo e externamente velutino-tomentoso, com pelos glandulares, persistentes e reflexa no fruto. Receptáculo floral carnoso com 0,2mm de comprimentoe 0,1mm de largura. Pétala com 3-4mm de comprimento e 2-3mm de largura, arredondada, mais ou menos unguiculada, fimbriadda ou crenada no bordo. Filete com 0,2-0,3mm de comprimento e 0,01 de largura, antera com 0,1-0,2mm de comprimento e 0,1mm de largura. Ovário com 0,05mm de comprimento e 0,01mm de largura. Estilete com 0,1mm de comprimento e papilas estigmáticas lobadas, persistente no fruto. Fruto sucoso, globoso, com 4-5mm de comprimento e 0,2-0,4mm de largura, com endocarpo de superfície foveolada. Embrião plano-convexo com 0,2mm de comprimento e 0,1mm de largura (FUKS, 1984).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, junho, agosto, setembro, outubro e novembro e frutifica nos meses de janeiro, fevereiro, abril, junho, agosto, setembro, outubro e novembro (FUKS, 1984).DispersãoZoocóricaHabitatMargem de córregos, em matas de galeria, em capoeiras, locais devastados a altitudes que variam de 700-1.300m (FUKS, 1984).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Ceará, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (ROSACEAE, 2019).EtimologiaO epíteto brasiliensis refere-se á sua ocorrência predominantemente no Brasil (FUKS, 1984).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaNa medicina indígena é utilizada como diurética (folha, raiz) e como laxante.FitoeconomiaOs frutos são comestíveis, tendo pouca acidez se comparados com outras espécies de amoras.InjúriaComentáriosBibliografiaKINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas; Universidade Estadual de Feira de Santana; Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus erythrocladus

Nomes popularesAmora-verde, amora-branca, amora-do-mato, framboesa-verdeNome científicoRubus erythrocladus Mart. ex Hook.f.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoSubarbusto lenhoso com cerca de 1,5-2 m de altura. Floricante, em material herborizado, com ramos prismáticos, cilíndricos, de 2 mm de diâmetro, laxos, vermelhos, decumbentes ou não, de seção poligonal a circular, canaliculado, cerdoso, com pelos glandulares vermelhos, acúleos pungentes vermelhos e retrorsos. Folhas trifolioladas. Estípulas, duas, vermelhas, subuladas de 5-10 mm de comprimento, com pelos brilhantes na base e adnatas ao pecíolo. Pecíolo e peciólulos, com, respectivamente, 4,5-8mm e 2-5mm de comprimento e 1-2mm de largura, canaliculados, cerdosos, vermelhos com pelos glandulares e acúleos retrorsos. Folíolo central com 30-100mm de comprimento, e 20-40mm de largura, discolor, vernicoso, coriáceo, oblongo, suboblongo, elíptico, oval-lanceolado, base cordada ou arredondada, ápice acuminado, bordo glabro, agudamente serreado, com a parte superior opaca castanho-avermelhada clara e a parte inferior nítida castanho-avermelhada ou esverdeada ou acinzentada-escura, com nervuras salientes, apresentando acúleos retrorsos pequenos vermelhos, ao longo da costa média. Folíolo lateral de 20-70mm de comprimento e 18-25mm de largura, discolor, vernicoso, de coriáceo a subcoriáceo, estreito, oval-lanceolado, suboblongo, base arredondada ou cordada, ápice acuminado, bordo agudamente serreado, com a face superior opaca glabra castanho-avermelhada ou acinzentada-clara, com nervuras salientes, poucos pelos brilhantes e acúleos retrorsos pequenos ao longo da costa média. Sinflorescência tirsóide, com pedúnculo e raque, e 3-5 mm de largura, canaliculados, vermelhos, com cerdas vermelhas, pelos glandulares e acúleos pungentes, vermelhos, retos e retrorsos. Pedicelo cilíndrico com 5-7 mm de comprimento e 1mm de largura, com cerdas vermelhas e pelos glandulares. Flor, com cerca de 12mm de diâmetro. Lacínia do cálice com 3-4 mm de comprimento e 3-4 mm de largura, reflexo, persistente, oval-acuminada ou caudado, sendo a face interna coberta por pelos curtos brilhantes e a face externa apresentando, também, alguns pelos glandulares. Receptáculo floral carnoso piloso, com 1,5-2mm de comprimento e 1-1,5mm de largura. Pétala de 4-4,5mm de comprimento e 3-4mm de largura, caduca, ovóide, arredondada com os bordos crenados. Estame, com filete de 2-2,5 mm de comprimento e 1mm de largura afilando para o ápice, antera com 1-1,5 mm de comprimento e 1mm de largura. Carpelo com tufos de pelos brilhantes na base do ovário, que mede 1mm de comprimento e 1mm de largura, estilete com 1-1,5mm de comprimento e estigma bífido. Fruto apocárpico, subgloboso; endocarpo com 4-5mm de comprimento e 2-3mm de largura de cor castanho-claro no centro e escuro nos bordos, com superfície foveolada. Embrião plano-convexo com 3-3,5mm de comprimento e 1-1,5mm de largura de cor castanho-escuro (FUKS, 1984, p.11).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce e frutifica praticamente o ano todo.DispersãoZoocóricaHabitatCerrado e Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista. Planta heliófita, encontrada em bordas de mata e como ruderal em áreas de altitude.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Campo Rupestre, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista) (ROSACEAE, 2019).EtimologiaO epíteto erythrocladus, palavra composta de dois vocábulos gregos, significa ramos vermelhos, em alusão a essa característica apresentada pela espécie. (FUKS, 1984, p.11).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaOs frutos são comestíveis, sendo carnosos e suculentos.InjúriaComentáriosMeus agradecimentos à Dra. Rosângela Simão-Bianchini (IBOT/SP), pela determinação desta espécie.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. - Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FUKS, R. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(61):3-32, out./dez. 1984. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig36-n61-1984/Rodrig36_61n.html>. KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus fruticosus

Nomes popularesAmora, amora-sarça, amora-silvestreNome científicoRubus fruticosus L.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Tipo de Vegetação Área Antrópica (ROSACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus imperialis

Nomes popularesAmora-branca, amora-rosaNome científicoRubus imperialis Cham. & Schltdl.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoFloricane com ramo anguloso, glabrescente, caniculado, com acúleos pungentes e compressos na base e ápice retrorso. Estípula pequena filiforma, acuminado, pubescente com 0,3-0,4mm de comprimento. Pecíolo de 20-40mm de comprimento e 0,1mm de largura, na parte superior sulcado, tomentoso, com pelos glandulares e acúleos pungentes retrorsos uncinados. Peciólulo de 10-15mm de comprimento e 0,1-0,2mm de largura, com indumento tomentoso e acúleos pungentes retrorsos, uncinados. Folíolo central com 55-60mm de comprimento e 40-45mm de largura, papiráceo, oval ou obovado, ápice arredondado, acuminado, agudo, base arredondada, obtusa ou cordada, na parte superior glabrescente e na inferior glabra com nervuras salientes pilosas e aculeados sobre a costa média, bordo irregularmente mucronado-denteado. Peciólulo lateral de 0,1-0,3mm de comprimento e 0,1mm de largura, tomentoso com acúleos uncinados. Folíolo lateral papiráceo de 3,5-40mm de largura e 50-60mm de comprimento, oval acuminado, de base aguda, bordo irregularmente mucronado-denteado, glabro na parte superior e na parte inferior, com nervuras salientes, apresentando acúleos uncinados na principal. Sinflorescência tirsóide terminal, ereta, com pedúnculo e raque, medindo, respectivamente, 10-20mm e 50-75mm de comprimentoe 0,2-0,3mm de largura, com cinco parácládios em desenvolvimento triádico e bordos laterais axiais, canaliculados, tomentosos, com acúleos retrorsos uncinados. Bráctea unifoliolada ou trifoliolada. Pedicelo cilíndrico, com 10-15mm de comprimento e 0,1mm de largura, tomentoso e com acúleos pungentes, uncinados. Bractéola lanceolada com 0,3-0,4mm de comprimento e 0,1mm de largura tomentosa e com pelos glandulares. Lacínia do cálice oval-triangular apiculada, densamente tomentosa com 0,4-0,5mm de comprimento e 0,1-0,2mm de largura, persistente e reflexas no fruto. Receptáculo floral globoso, glabro, consistente, com 0,1mm de comprimento e 0,15mm de largura. Pétala com, respectivamente, 0,5-0,6mm de comprimentoe 0,3-0,4mm de largura, obovada espatulada, caduca. Filete com 0,2mm de comprimento e antera com 0,1mm de comprimento e 0,01mm de largura. Ovário com 0,1mm de comprimento e 0,3mm de largura. Fruto subgloboso com 0,3mm de comprimento e 0,1mm de largura (FUKS, 1984).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce todos os meses do ano e frutifica em fevereiro (FUKS, 1984).DispersãoZoocóricaHabitatBordos dos bosques e matas, em altitudes que variam de 750m até 1000msm (FUKS, 1984).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (ROSACEAE, 2019).EtimologiaO epíteto imperialis deve-se, possivelmente, ao aspecto majestoso da espécie (FUKS, 1984).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPossui propriedades medicinais, sendo indicada como hipocolesterolêmica (PLANTAS, 2001).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaFUKS, R. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(61):3-32, out./dez. 1984. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig36-n61-1984/Rodrig36_61n.html>.PLANTAS MEDICINAIS. CD-ROM, versão 1.0. PROMED – Projeto de Plantas Medicinais. EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior. Itajaí, Santa Catarina. 2001.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus niveus

Nomes popularesAmora-roxa, amora-silvestre, framboesa-americana, framboesaNome científicoRubus niveus Thunb.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaSul (Santa Catarina)Domínios fitogeográficosMata AtlânticaTipo de vegetaçãoÁrea antrópicaEtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPossui propriedades medicinais, sendo indicada contra a azia,hemorróidas, inflamações da boca e garganta e hidropsia. Para o uso interno é recomendado o xarope feito com as folhas e botões florais misturados ao suco dos frutos (PLANTAS, 2001).FitoeconomiaGELÉIA DE AMORA Ingredientes:AmorasA mesma quantidade de açúcarModo de fazer:Cozinhe as amoras em pouca água até que se desmanchem e passe-as numa peneira. Misture com o açúcar e leve ao fogo; deixe ferver até obter o ponto, que pode ser verificado colocando-se uma colher (chá) de geléia em um pouco de álcool. Se a geléia desmanchar, é porque está pronta (ALIMENTOS, 2002, p. 111).InjúriaComentáriosBibliografiaALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Brasília, DF, 2002. 141 p. il. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/editora/produtos/livros/pdf/05_1109_M.pdf>.HOEHNE, F. C. Frutas Indígenas. Instituto de Botânica; Publicação da série “D”; Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio. São Paulo, SP, 1946. 96 p. il. Disponível em: <http://www.4shared.com/file/92677564/77782eb7/Frutas_Indgenas_-_1946_-_F_C_H.html>.PLANTAS MEDICINAIS. CD-ROM, versão 1.0. PROMED – Projeto de Plantas Medicinais. EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A. Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior. Itajaí, Santa Catarina. 2001.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus rosifolius rosifolius

Nomes popularesAmora-vermelha, framboesa-silvestre, framboesa-vermelha, amora-silvestreNome científicoRubus rosifolius Sm. var. rosifoliusSinônimosRubus coronarius (Sims) SweetFamíliaRosaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos ou subarbustos, 0,4-3m; ramos vilosos, tricomas glandulares, acúleos 1-5mm; entrenó 4-10cm. Folhas pinadas, 5-7-folioladas; estípulas lineares, 5-9mm; pecíolo 2-4cm; folíolos membranáceos, elípticos, ovais ou oval lanceolados, ápice longo acuminado, margem duplo serreada, base arredondada ou cuneada, ambas as faces glabrescentes; folíolo terminal 2-9×1-4cm, peciólulo 1-20mm; folíolos laterais 2-7×0,8-3cm, peciólulo até 30mm. Flores isoladas ou em pares; pedicelo 1-4,5cm; sépalas foliáceas, 0,7-2,5×0,3-0,6cm; lacínios oblongo-lanceolados, ápice longamente acuminado; pétalas 5 ou mais, 1-2× 0,5-1,3cm, obovais a arredondadas, alvas. Fruto agregado ovóide a globoso, 0,7-1,5(-2)cm, receptáculo frutífero oco, drupéolas 3×1mm, vermelhas quando maduras (KIYAMA, 2003).CaracterísticaEsta variedade inclui os indivíduos com apenas 5 pétalas nas flores e formação de numerosos frutos, vermelhos e ocos, adocicados. É a forma como os indivíduos são encontrados em interior de mata (ROSACEAE, 2019).Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas pinadas e receptáculo frutífero oco (KIYAMA, 2003).Floração / frutificaçãoFloresce durante todo o ano, com antese observada durante quase todas as horas do dia, frutificação abundante sendo mais intensa nos meses de junho e julho (FUKS, 1984).DispersãoZoocóricaHabitatPossui ampla distribuição nas matas tropicais, são necessários mais estudos para indicar se foi introduzida no Brasil ou ocorre naturalmente (ROSACEAE, 2019).Beira de estradas, terrenos baldios, capoeiras, pastagens e matas alteradas (KIYAMA, 2003).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (ROSACEAE, 2019).EtimologiaO epíteto rosifolius é um nome latino, composto, referindo-se à semelhança das folhas com as das rosas (FUKS, 1984).PropriedadesFitoquímicaA Análise química dos frutos demonstrou que estes possuem altos valores de potássio (K), e de minerais, estes superiores até ao do próprio morango.FitoterapiaFitoeconomiaOs frutos são comestíveis, servindo para o preparo de doces, geleias, compotas, vinho, licores, polpa concentrada, sucos e sorvetes. A planta é cultivada ocasionalmente como ornamental ou frutífera em pomares e jardins, e são uma importante fonte de alimento para a avifauna.InjúriaComentáriosNa língua Guarani é chamada de tembiadja ka’aguy (OLIVEIRA, 2009).BibliografiaCITADINI-ZANETTE, V.; BOFF, V. P. Levantamento Florístico em Áreas Mineradas a Céu Aberto na Região Carbonífera de Santa Catarina, Brasil. Florianópolis; Secretaria de Estado da Tecnologia, Energia e Meio Ambiente. 1992. 160p.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.KIYAMA, C.Y. & Simão-Bianchini, R. 2003. Rosaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 285-294.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.

Rubus sellowii

Nomes popularesAmora-preta, amora-do-matoNome científicoRubus sellowii Cham. & Schltdl.SinônimosFamíliaRosaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoArbustos escandentes, 0,8-2m; ramos vilosos, raros tricomas glandulares; acúleos 1-3mm; entrenó 2-6cm. Folhas digitadas, 3-5-folioladas; estípulas lineares, 3-10mm; pecíolo 1,5-4cm; folíolos opacos, subcoriáceos, elípticos ou ovais, ápice arredondado, agudo ou acuminado, margem serrilhada, base oblíqua ou arredondada; folíolo central 4-7,5×2,5-5cm, peciólulo 0,3-1,5cm; folíolo lateral 3,5-5,7× 2-3,5cm, peciólulo quando presentes até 1 cm. Panícula estreita, alongada, 5-20cm. Flores com pedicelo 0,5-2cm; sépalas ca. 5×3mm, canescentes, ovais, acuminadas; pétalas 6×4mm, obovais. Fruto agregado, globoso a subgloboso 8-15×8-15mm, receptáculo frutífero carnoso, drupéolas 2-3×1-3mm, vermelhas a enegrecidas quando maduras (KIYAMA, 2003).CaracterísticaColetada com flores em março e com frutos em março, abril e maio (KIYAMA, 2003).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatBeira de estrada e mata de encosta (KIYAMA, 2003).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (ROSACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaKIYAMA, C.Y. & Simão-Bianchini, R. 2003. Rosaceae In: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Giulietti, A.M.,Kirizawa, M. (eds.) Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. Instituto de Botânica, São Paulo, vol. 3, pp: 285-294.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019

Rubus urticifolius

Nomes popularesAmora-preta, amoreira, amora-da-silva, amora-silvestreNome científicoRubus urticifolius Poir.SinônimosRubus urticaefolius Poir.FamíliaRosaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPrimocane perene ou bienal, ereto até 1,5-2m de altura, com ramos cilíndricos, estriados, angulosos, vilosos, com cerdas longas, avermelhadas, armados de acúleos pungentes, complanados, retrorsos, pubescentes na base. Folhas alterna digitada membranácea. Estípulas, duas, subulads ou filiformes vilosas de 5-8mm de comprimento. Pecíolo de 120-150mm de comprimento e 1-2mm de largura, canaliculado, viloso, com acúleos pungentes, retrorsos. Folíolos, em número de cinco, membranáceos, ovado-oblongos, elípticos ou arredondados, ápice agudo ou acuminado, base levemente assimétrica, arredondada ou subcordada com 90-140mm de comprimento e 40-70mm de largura, bordo com dentes serrilhados, apiculados, a face superior pouco vilosa e a face inferior com nervuras salientes, cujas terminações penetram nas incisões denteadas dos bordos. Esses ramos do primocane depois que atingem 2m de altura começas a se arquear e da axila de cada folha digitada surge um ramo de segunda ordem arqueado, cilíndrico, canaliculado, viloso, armado de tricomas glandulares e acúleos pungentes, retrorsos, com folhas alternas, trifolioladas, membranáceas. Estípulas subuladas, vilosas com 5-7mm de comprimento e 1mm de largura. Pecíolo, peciólulo do folíolo, terminal e do lateral, com, respectivamente, 30-50mm, 24-40mm, 4-10mm de comprimento e 1-2mm de espessura, canaliculado, viloso, armado de acúleos pungentes, retrorsos. Folíolo terminal membranáceo, com 40-115mm de comprimento e 45-50mm de largura, discolor, ovado, oblongo ou elíptico, ápice acuminado, base subcordada, bordos serrilhados, face superior escura, vilosa e a face inferior cano-tomentosa com cerca de 18 nervuras laterais com pequenos acúleos. Folíolo lateral membranáceo, com 95-105mm de comprimento e 40-50mm de largura, ovado, oblongo ou elíptico, ápice acuminado, base subcordada, bordo serrilhado, sendo a face superior escura, vilosa e a inferior cano-tomentosa, com geralmente 15 nervuras laterais, com pequenos acúleos retrorsos. Floricane com ramos cilíndricos, vermelho, cerdosos com esparsos acúleos vermelhos, retrorsos. Estípulas subuladas de 5-8mm de comprimento e 1-2mm de largura. Pecíolo, peciólulo do folíolo terminal e peciólulo do folíolo lateral medindo, respectivamente, 80-90mm, 25-40mm 2-3mm de comprimento e 1-2mm de largura, cilíndrico, cerdoso, vermelho, com acúleos vermelhos, retrorsos, complanados na base. Folíolo terminal com 90-115mm de comprimento e 25-40mm de largura, membranáceo discolor elíptico, base obtusa, cordada ou arredondada, ápice acuminado ou agudo, bordo duplo-serrado, com a face superior vilosa escura e a face inferior cano-tomentosa, com cerca de, geralmente, 17 nervuras laterais salientes. Folíolo lateral discolor com 40-110mm de comprimento e 45-50mm de largura, membranáceo, ovado, oblongo ou elíptico, ápice acuminado ou agudo, base subcordada, bordo duplo-serreado, com a face superior escura, vilosa e a face inferior cano-tomentosa, com nervuras salientes. Sinflorescência tirsóide ampla, terminal, multiflora, com ramos ereto-patentes, medindo 100-400mm de comprimento. Pedicelo com 2-3 bráctreas na base, com 8-22mm de comprimento e 4,5-9mm de largura, côncavas, vilosas em ambas as faces. Botão floral tomentoso e com tricomas glandulares. Lacínias do cálice com 10-13mm de comprimento e 3-5mm de largura ovado-lanceolada, ápice acuminado, com a face interna serícea e a face externa cano-tomentosa, cerdosa. Receptáculo floral, cônico, com 0,1-0,2mm de comprimento e 0,1-0,15mm de largura. Pétala alva com 3-4,5mm de comprimento e 2,5-4mm de largura, obovada, unguiculada. Estames perigíneos, numerosos, inseridos nas pétalas, persistentes no fruto; filete com 0,2mm de comprimento e antera biteca com 0,1mm de comprimento. Ovário com 0,4-0,5mm de comprimento e 0,1-0,2mm de largura, com pelos vilosos na base; estilete com 1-2mm de comprimento. Fruto apocárpico, glabro, globoso, ovóide, com cerca de 40x40mm, constituído de drupéolas sucosas com 2-3mm de comprimento e 1-2mm de largura. Endocarpo subgloboso com 1-2mm de comprimento e 1,4-2mm de largura, castanho-escuro, com superfície pétrea foveolada. Embrião com 1,8-2mm de comprimento e 0,8-1 de largura (FUKS, 1984).CaracterísticaFloração / frutificaçãoFloresce durante todos os meses do ano, sendo mais intensa a floração em março, julho e agosto e frutifica durante todos os meses, sendo mais intensamente nos meses de maio, setembro e dezembro (FUKS, 1984).DispersãoZoocóricaHabitatEncontrada em solos úmidos, barrancos, em áreas devastadas, em metade da enconsta ao longo dos rios, ao longo dos córregos, ao longo dos brejos, margeando plantações, e ao longo das estradas (FUKS, 1984).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial)EtimologiaO epíteto urticifolius é um nome composto latino, que traduz a semelhança das folhas da espécie com as de urtiga (Urtica) (FUKS, 1984).PropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaFUKS, R. Rubus L. (Rosaceae) do Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia, Rio de Janeiro, 36(61):3-32, out./dez. 1984. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig36-n61-1984/Rodrig36_61n.html>.ROSACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB32508>. Acesso em: 03 Dez. 2019