Coronopus didymus

Nomes popularesMentruz, mastruçoNome científicoCoronopus didymus (L.) Sm.SinônimosSenebiera pinnatifida DC.Lepidium didymum L.FamíliaBrassicaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoErva anual, decumbente com ramos eretos na floração, de 15 - 40 cm de compr. Caule anguloso, pubescente. Folhas basais em roseta, de 7 - 10 cm de compr. e 1,5 - 2 cm de larg., pinatipartidas, frequentemente com os segmentos superiores lobados; Folhas dos ramos ascendentes iguais às basais, porém menores. Inflorescência em racemos terminais ou axilares, densos na floração, com 2 - 5 cm de compr. na frutificação. Flores pequenas, branco-esverdeadas, com corola de 1 mm de diâmetro; estames 2. Fruto do tipo silícula, suborbicular e bilobada, com 1,5 - 1,7 mm x 2 - 2,5 mm, ápice profundamente emarginado e com o estilete ali incluso; superfície tuberculada. Sementes sub-reniformes com 1 mm de compr. e superfície reticulada, castanho-clara (SALVADOR, 2019).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Pernambuco)Centro-Oeste (Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica (SALVADOR, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaComo alimento, possui altos valores de proteína, fósforo, potássio e zinco, tendo valores superiores ao das hortaliças comumente consumidas. Possui também óleos essenciais com composto sulfurado que age como antibiótico natural.FitoterapiaNa medicina popular é utilizada em infusão como excitante, fortificante, peitoral, diurética, vermicida, expectorante, digestiva, amarga, aromática, estimulante, anti-hidrópica, antiescorbútica, antituberculosa e contra escrófulos. Também é aplicada em dores nas juntas, gripes, catarros, resfriados, bronquite, tosse, raquitismo, machucaduras, ferimentos, problemas nos pulmões, reumatismo, flores brancas, infecções, hematomas, hemorróidas, febres palustres e intermitentes, alergias, problemas no estômago e picadas de insetos. É muito comum o consumo da planta na forma de garrafadas.FitoeconomiaPode ser utilizada na alimentação humana, na forma de saladas, porém, como seu gosto é acre, é mais utilizada como aromatizante de bebidas alcoólicas.InjúriaPlanta daninha muito comum no inverno, onde infesta hortas, jardins, pastagens e terrenos baldios. Quando consumida pelo gado leiteiro, transmite ao leite o sabor da planta.ComentáriosBibliografiaCREPALDI, M. O. S. Etnobotânica na Comunidade Quilombola Cachoeira do Retiro, Santa Leopoldina, Espírito Santo, Brasil. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Escola Nacional de Botânica Tropical. Rio de Janeiro, 2007. 81p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/enbt/posgraduacao/resumos/2006/Maria_Otavia.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.LORENZI, H. Plantas Daninhas do Brasil: Terrestres, Aquáticas, Parasitas e Tóxicas. Instituto Plantarum. Nova Odessa, SP, 4ª ed. 2008. 672p. il.MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.PLANTAS MEDICINAIS. CD-ROM, versão 1.0; PROMED – Projeto de Plantas Medicinais; EPAGRI – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina S.A.; Coordenação: Antônio Amaury Silva Junior; Itajaí, Santa Catarina. 2001.SALVADOR, R.B.; Secretti, E.; Lima, L.F.P.; Dettke, G.A. Brassicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB117492>. Acesso em: 27 Nov. 2019STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.