Bomarea edulis

Nomes popularesCará-de-caboclo, bico-de-nambú, cará-do-mato, jaranganha, karamborotyNome científicoBomarea edulis (Tussac) Herb.BasionônioSinônimosAlstroemeria edulis TussacAlstroemeria salsilla Vell.Alstroemeria sepium Schott ex Seub.Bomarea affinis (M.Martens & Galeotti) KunthBomarea bakeriana Kraenzl.Bomarea brauniana SchenkBomarea cachimbensis RavennaBomarea caraccensis Herb.Bomarea furcata Klotzsch ex KunthBomarea gloriosa (Cham. & Schltdl.) M.Roem.Bomarea grandifolia (Kunth) Herb.Bomarea guianensis Kraenzl.Bomarea hirta SchenkBomarea hirtella (Kunth) Herb.Bomarea jacquesiana (Lem.) KunthBomarea janeirensis M.Roem.Bomarea maakiana KlotzschBomarea maranensis Herb.Bomarea martiana SchenkBomarea miniata (M.Martens & Galeotti) KunthBomarea paradoxa RavennaBomarea perlongipes KillipBomarea petiolata RusbyBomarea salsilloides (Mart.) M.Roem.Bomarea sororia N.E.Br.Bomarea spectabilis SchenkFamíliaAlstroemeriaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlantas volúveis, até ca. 5 m alt., raízes de reserva ovóides. Folhas resupinadas, oblongas ou oblongo-lanceoladas, ca. 3,5-18 x 0,6-5 cm, ápice acuminado a cuspidado, face abaxial papilosa, raro glabra. Cimeira umbeliforme composta, pauci- ou multiradiada. Flores rosadas, esverdeadas creme ou amareladas, 3-4,5 cm compr. Tépalas externas sem manchas, oblanceoladas, oblongas ou obovadas, 2,6-4 x 1-1,5 cm. Tépalas internas espatuladas, ápice retuso ou mucronado, 2,5- 3,5 x 1-1,2 cm, rubro-punctadas e variegadas. Sementes com sarcotesta vermelha-alaranjada. Rizomas lenhosos, com dezenas de raízes tuberosas esféricas, arredondadas, superfície geralmente irregular, casca das raízes de amarelo intenso a esbranquiçada (ASSIS, 2010).CaracterísticaBomarea edulis apresenta variação tanto nas folhas, que podem ser largas, estreitas, pubescentes ou glabras, como nas flores, que variam de róseas ou creme-esverdeadas, e na inflorescência que se apresenta com muitas ou poucas flores. Seu hábito volúvel e sua inflorescência umbeliforme, em geral bem vistosas, são caracteres marcantes que as distinguem do resto da família (ASSIS, 2010).Floração / frutificaçãoAgosto a janeiro.DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins); Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe); Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PantanalTipo de Vegetação: Área Antrópica, Campinarana, Campo Rupestre, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (ASSIS, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaAs raízes tuberosas são ricos em fósforo.FitoterapiaNa medicina indígena Guarani é utilizada como diaforética e diurética.FitoeconomiaPossui raízes tuberosas comestíveis, que podem ser colhidas após a “maturação” (amarelecimento e secagem) da parte aérea. Quando cozidas, as batatas devem ser cozidas com casca, do mesmo modo que a bata-inglesa. Podem ser consumidas também fritas, ensopadas, em purê, bolos ou pães, sendo muito agradáveis ao paladar. Há citações de que estas raízes tuberosas reduzidas a cinzas fornecem um sal alimentício.InjúriaComentáriosNa língua Guarani é chamada de Karamboroty. Pode ser propagada por sementes ou vegetativamente a partir da segmentação do rizoma lenhoso.BibliografiaASSIS, M.C. Alstroemeriaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4300>. Acesso em: 20 Out. 2019 ASSIS, M. C. Alstroemeriaceae no Estado do Rio de Janeiro. Rodriguésia 55 (85): 5-15. 2004. il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/Rodrig55_85/ASSIS.PDF>.Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.KINUPP, V. F.; BARROS, I. B. I. Teores de Proteína e Minerais de Espécies Nativas, Potenciais Hortaliças e Frutas. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 28(4): 846-857, out.-dez. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a13v28n4.pdf>.NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas; Universidade Estadual de Feira de Santana; Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p. Disponível em: <http://www.swsbm.com/Ephemera/Sturtevants_Edible_Plants.pdf>.