Esenbeckia grandiflora

Nomes popularesPau-de-cutia, chupa-ferro, cutia, cutia-amarela, guarantã, guaxipita, guaxupita, mamonarana, pitaguará-amarelo, mamica-de-porcaNome científicoEsenbeckia grandiflora Mart.SinônimosFamíliaRutaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoArbusto com folhas compostas unifolioladas, alternas ou agrupadas nas extremidades dos ramos, com tricomas unicelulares esparsos na face abaxial; pecíolo pubérulo, fissurado transversalmente. Inflorescência panícula terminal ou axilar. Flores branco-esverdeadas, hermafroditas, 5-meras, actinomorfas. Androceu isostêmone, filetes complanados, glabros, antera oval, com apículo na região superior, biteca, rimosa; disco nectarífero anular 10 lobado, adnato ao ovário apenas na base. Gineceu pentacarpelar, com ovário coberto por projeções tuberculadas espessas. Fruto cápsula, oblonga, epicarpo densamente muricado (FARIA, 2007).CaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatPlanta clímax, esciófita. Ocorre em matas densas, restingas, encostas e matas ciliares, com solos argilosos, úmidos e férteis. Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Pará, Rondônia)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (RUTACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaNa medicina indígena é utilizada como antitérmica.FitoeconomiaEspécie importante em reflorestamentos, sendo usada para adensamento, enriquecimento e recuperação de matas ciliares. Possui madeira branca de boa qualidade, sendo usada para bengalas, arcos, e outros usos que exijam resistência e flexibilidade. Pode também ser utilizada para arborização urbana ou como espécie ornamental. Antigamente era usada como fonte da “casca de angustura”, produto utilizado para substituir a casca da Quina.InjúriaComentáriosNa língua Guarani é chamada de apoytaguara.BibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.FARIA, M.S.; SOMNER, G.V.; ROSA, M.M.T. Rutaceae Juss. da Marambaia, RJ. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 291-293, jul. 2007. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/download/277/245>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.FONSECA, E. T. Indicador de Madeiras e Plantas Úteis do Brasil. Officinas Graphicas VILLAS-BOAS e C. Rio de Janeiro, 1922. 368 p. Disponível em: <http://www.archive.org/download/indicadordemadei00teix/indicadordemadei00teix.pdf>.LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.NOELLI, F. S. Múltiplos Usos de Espécies Vegetais Pela Farmacologia Guarani Através de Informações Históricas; Universidade Estadual de Feira de Santana; Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, Bahia, 1998. Disponível em: <http://www.dhi.uem.br/publicacoesdhi/dialogos/volume01/Revista%20Dialogos/DI%C1LOGOS10.doc>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.RUTACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB589>. Acesso em: 14 Nov. 2019SCHULTZ, A. R. Botânica Sistemática. 3ª ed. Editora Globo. Porto Alegre, 1963. 428p. il. v. 2.