Tillandsia geminiflora

Nomes popularesCravo-do-matoNome científicoTillandsia geminiflora Brongn.SinônimosAnoplophytum geminiflorum (Brongn.) E.Morren ex C.MorrenFamíliaBromeliaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta florida 12–20 cm alt., epífita. Folhas maleáveis, 9–12 cm compr., roseta não formando tanque; bainha reduzida, 1–1,5 cm larg., alva; lâmina subulada, atenuada, 0,6–1,2 cm larg., verde, indumento argênteo denso. Escapo ereto a curvo, 5,5–9 cm compr.; brácteas do escapo foliáceas, 8–3,5 cm compr., mais longas que os entrenós, verdes. Inflorescência em racemo heterotético duplo, 4–7 × 3–6 cm, globosa, densa; brácteas primárias elípticas, caudadas, 1,5–4,5 compr., verdes com nuances vinosas; ramos 6–12, eretos, 2–4 flores sendo a apical estéril; brácteas florais triangulares, acuminadas, encurvadas, 0,7–1,2 cm compr., mais curtas que as sépalas, carenadas, róseas. Flores dísticas com pedicelo curto; sépalas oblongo-lanceoladas, acuminadas, ca. 1 cm compr., carenadas, róseas; pétalas lineares, retusas, ca. 1,5 cm compr., rósea escura, sem apêndices; estames inclusos (COSTA, 2009, p. 9).CaracterísticaEspécie bem delimitada, mas como referido anteriormente, assemelha-se a T. garnderi. Apresenta duas variedades, sendo a típica encontrada na Serra do Cipó e T. geminiflora var. incana (Wawra) Mez, conhecida para a região do Estado do Rio de Janeiro ao Uruguai e diferenciada da variedade típica pela menor densidade de tricomas (Smith & Downs) (COFFANI-NUNES, 2010).1977)Floração / frutificaçãoFloresce de setembro a outubro e os frutos aparecem em dezembro.DispersãoAnemocóricaHabitatÉ exclusivamente epífita, especialmente da Mata Atlântica, vivendo em florestas úmidas, matas de galeria e áreas degradadas.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Nordeste (Alagoas)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (TILLANDSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaÉ uma planta bioindicadora da qualidade do ar, pois absorve substâncias tóxicas que se acumulam em seus tecidos, demonstrando externamente graus de intoxicação à que estão submetidas pela poluição atmosférica.FitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCOFFANI-NUNES, J.V. et al. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Bromeliaceae - Tillandsioideae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 28(1): 35-54. 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/11799>.COSTA, A. F. da; WENDT, T. Bromeliaceae na Região de Macaé de Cima, Nova Fraiburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 58(4): 905-939. 2007. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_4/001-07.pdf>.TILLANDSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6376>. Acesso em: 12 Dez. 2019.

Tillandsia mallemonti

Nomes popularesCravo-do-matoNome científicoTillandsia mallemontii Glaz. ex MezSinônimosFamíliaBromeliaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia, Rio Grande do Norte)Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual (TILLANDSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaTILLANDSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6376>. Acesso em: 12 Dez. 2019.

Tillandsia stricta

Nomes popularesCravo-do-matoNome científicoTillandsia stricta Sol.SinônimosAnoplophytum strictum (Sol.) BeerFamíliaBromeliaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoEpífi ta, 10-27 cm compr.; caule curto. Folhas 6,9-21 cm compr., 0,6-1,4 cm larg., em roseta, densamente lepidotas; bainha curtíssima, triangular; lâmina estreito-triangular com ápice agudo. Escapo 7,5-12 cm compr. Bráctea do escapo 2-3(-9) cm compr., 0,7-1,7 cm larg., oval ou elíptica, ápice aristado; Inflorescência 4,5-7 cm, simples, subereta ou pêndula. Bráctea escapal 2-9 cm compr., 0,7-17 cm larg., elítptica ou oval, ápice caudado ou aristado. Bráctea floral 1-5,5 cm compr., 0,6-2,4 cm larg., oval a elíptica, ápice caudado, aristado ou mucronado, revestido por escamas na região distal da face abaxial. Flores polísticas; sépalas 0,9- 1,5 cm compr., 0,3-0,4 cm larg., unidas na base, elípticas, carenadas, ápice acuminado; pétalas 0,9-1,4 cm compr., 0,3-0,4 cm larg., espatuladas, rosa ou lilás; estames da série interna epipétalos; estilete maior que 1 cm de compr.; estigma ereto, papiloso. Cápsula 2-3,8 cm compr. (COFFANI-NUNES, 2010).CaracterísticaOs espécimes de T. stricta examinados apresentaram grande variação morfológica em relação às dimensões das brácteas florais. Na região proximal da inflorescência, a bráctea floral apresenta ápice com arista, variando em direção à região distal, onde torna-se mucronada. O tamanho da bráctea floral também varia no mesmo sentido, podendo ser três vezes menor na porção distal em relação à região proximal na mesma inflorescência. Fato semelhante pode ser observado nas brácteas do escapo. Em todos os espécimes analisados observou-se a ocorrência de escamas no ápice das brácteas do escapo e florais, aspecto este bastante peculiar, servindo como caráter diagnóstico (COFFANI-NUNES, 2010).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Manguezal, Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (TILLANDSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCOFFANI-NUNES, J.V. et al. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Bromeliaceae - Tillandsioideae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 28(1): 35-54. 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/11799>.TILLANDSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6376>. Acesso em: 12 Dez. 2019.

Tillandsia tenuifolia

Nomes popularesCravo-do-matoNome científicoTillandsia tenuifolia L.SinônimosAnoplophytum amoenum E.MorrenAnoplophytum brachypodium E.Morren ex BakerAnoplophytum pulchellum (Hook.) BeerDiaphoranthema subulata (Vell.) BeerDiaphoranthema triflora (Vell.) BeerTillandsia pulchra var. amoenum BakerTillandsia tenuifolia var. disticha (L.B.Sm.) L.B.Sm.Tillandsia tenuifolia var. dungsiana E.PereiraTillandsia tenuifolia var. saxicola (L.B.Sm.) L.B.Sm.Tillandsia tenuifolia var. strobiliformis EhlersTillandsia tenuifolia var. surinamensis (Mez) L.B.Sm.Tillandsia tenuifolia var. vaginata (Wawra) L.B.Sm.Tillandsia tenuifolia L. var. tenuifoliaFamíliaBromeliaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta florida ca. 19 cm alt., epífita. Folhas rígidas, 3–14 cm compr., as mais externas menores, não formando tanque; bainha reduzida, 0,8–1,1 × 0,5–1 cm, alva; lâmina subulada, atenuada, ca. 0,3 cm larg., verdes, indumento argênteo denso. Escapo ereto, ca. 9 cm compr., verde; brácteas do escapo elípticas, caudadas, ca. 2,7 cm compr., mais longas que os entrenós, envolvendo o escapo, vinosas. Inflorescência em espiga, ca. 3,5 cm, densa; brácteas florais elípticas, agudas, encurvadas, ca. 1,7 × 1 cm, não carenadas, vinosas. Flores polísticas, sésseis; sépalas elípticas, agudas, ca. 1,1 cm compr., as posteriores carenadas e concrescidas por 2/3; pétalas lineares, obtusas, ca. 2,2 cm compr., alvas; estames inclusos (COSTA, 2007).CaracterísticaEventualmente, é confundida com T. stricta. Entretanto, difere pelo caule mais desenvolvido e ramificado, pelas brácteas florais mais estreitas e sem escamas na porção distal. Tillandsia tenuifolia apresenta uma grande plasticidade morfológica, sendo reconhecidas cinco variedades. Em função da sobreposição dos caracteres diagnósticos entre tais variedades, esse nível hierárquico não foi adotado no presente trabalho (COFFANI-NUNES, 2010).Floração / frutificaçãoFloresce de agosto a dezembro com pico de floração nos meses de setembro e outubro.DispersãoAnemocóricaHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (TILLANDSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaCOFFANI-NUNES, J.V. et al. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Bromeliaceae - Tillandsioideae. Bol. Bot. Univ. São Paulo 28(1): 35-54. 2010. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/11799>.COSTA, A. F. da; WENDT, T. Bromeliaceae na Região de Macaé de Cima, Nova Fraiburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 58(4): 905-939. 2007. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_4/001-07.pdf>.TILLANDSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6376>. Acesso em: 12 Dez. 2019.

Tillandsia usneoides

Nomes popularesBarba-de-velhoNome científicoTillandsia usneoides (L.) L.SinônimosFamíliaBromeliaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta florida 7cm alt., apresentando reprodução vegetativa com crescimento geotrópico positivo com modelo de crescimento dicotômico escorpióide, no qual o desenvolvimento caulinar alterna com nós sucessivos, formando extensas “cortinas” pendentes nas árvores, epífita, mesofítica. Raízes ausentes na fase adulta. Caule filiforme, foliáceo, entrenós ca 6-7cm compr. Folhas 2-3, patentes, dísticas, imbricadas; bainha ampletiva; lâmina 3-5cm compr., filiforme, ápice aciculado, tricomas assimétricos ultrapassando a margem foliar, densamente lepidota. Escapo floral inconspícuo, ramo dominante ca. 1,8cm compr., menor que o comprimento das folhas, ereto, delicado, filiforme, lepidoto; brácteas 2, a externa 3cm compr., a interna 1,5cm compr., imbricadas, filiformes, lepidotas, verde ou marrom. Inflorescência uniflora; bráctea floral 0,3cm compr., menor que as sépalas, elíptica, ápice acuminado, lepidota no ápice, marrom ou verde; flor 1-1,2 cm compr., séssil; sépalas 0,6cm compr., 0,2cm larg., a anterior livre, as posteriores conadas, lanceoladas, glabras, base verde, ápice vinoso; pétalas 1cm compr., 0,2cm larg., espatuladas, ápice atenuado, reflexas na antese, verde-amareladas; estames ca 0,8cm compr., inclusos, filetes 0,6cm compr., eretos, não plicados, achatados, anteras lineares, basifixas,não versáteis, ovário 0,3cm compr., 0,2cm diâm., oval, estilete 0,3cm compr., curto, estigma 0,1cm compr., trilobado, simples-ereto (TILLANDSIA, 2019).CaracterísticaCom um hábito muito característico, T. usneoides é reconhecida mesmo quando estéril. O caule pendente e suas folhas cinéreo-lepidotas, filiformes, formando “cortinas”, são únicos na família. Também conhecida como “barba de velho” ou “crina vegetal”, T. usneoides, geralmente é encontrada em estado vegetativo. As flores são solitárias, pequenas e se confundem no emaranhado do caule e folhas (COFFANI-NUNES, 2010).Floração / frutificaçãoA floração ocorre somente em outubro a novembro e os frutos de dezembro a março (TILLANDSIA, 2019).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Pará)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Goiás)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Perenifólia, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Manguezal, Restinga, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (TILLANDSIA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPossui propriedades medicinais, sendo utilizada, no sul dos Estados Unidos, para aliviar sintomas de Diabetes mellitus; outras propriedades medicinais desta planta são: antibiótica, anti-reumática, adstringente e anti-hemorroidal. Antigamente era usada, junto com alguma gordura, tipo manteiga de cacau, como supositório nas hemorróidas. Os índios Guarani utilizavam-se desta planta como medicinal, e sua propriedade principal era a de evitar gravidez; mas a medicina popular utiliza-a também contra o ingurgitamento do fígado, no combate às hérnias, úlceras, varizes, dores e inflamações no reto, e como adstringente, colagoga e anti-reumática.FitoeconomiaEspécie muito comum e utilizada em artesanato. No início do século passado era utilizada como enchimento de colchões, travesseiros, selins, almofadas e para acondicionamento. Quando submetida à um banho em água fervente, desprende-se todo o tecido cortical, sobrando a parte lenhosa em forma de filamentos escuros e cilíndricos, intrincadamente enovelados. Outros usos da barba-de-velho são como ornamental ou como substrato antichoque para embalagens de produtos frágeis. Ocorre em áreas com elevada umidade atmosférica, e não suporta poluição intensa, sendo considerada bioindicadora de qualidade do ar. Muitas espécies de aves utilizam os filamentos desta espécie para a confecção de ninhos.InjúriaComentáriosBibliografiaTILLANDSIA in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB6376>. Acesso em: 12 Dez. 2019.