Pfaffia glomerata

Nomes popularesCorango-sempre-viva, canela-velha, anador, ginseng-brasileiroNome científicoPfaffia glomerata (Spreng.) PedersenSinônimosIresine glomerata (Spren.) PeedersenGomphrena dunalina Moq.Gomphrena luzulaeflora (Mart.) Moq.Gomphrena stenophylla Spreng.Gomphrena glauca (Mart.) Moq.Pfaffia dunalina (Moq.) SchinzPfaffia glauca (Mart.) Moq.Pfaffia luzulaeflora (Mart.) D. Dietr.Pfaffia stenophylla (Spreng.) Stuchl.Pfaffia vana S. MooreFamíliaAmaranthaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoErvas ou subarbustos, 0,40-3 m de alt., caule escandente, glabro ou indumentado, se indumentado, então glabrescentes com ramos jovens seríceo, canescente ou pubecente, tricomas simples, entrenós 3,0-27 cm compr.. Planta com ramos frondosos. Folhas opostas, ovais, elípticas ou lineares, membranáceas, 3,0-15,0 × 0,2-3,5 cm, pecioladas, pecíolos 0,5-2 cm compr., ápice agudo, inteiro, base aguda, face abaxial e adaxial indumentadas, abaxial serícea, canescente ou pubescente, adaxial canescente ou pubescente, tricomas simples. Paracládios capituliformes ou especiformes,1-3, pedúculos 2-20 cm compr.. Bráctea elíptica ou oblada,0,5-1-1,5 mm compr., ápice agudo ou obtuso, mucronado, glabra ou indumentada dorsalmente na porção apical, bractéolas ovais ou obladas, 1-1,2 mm compr., glabras ou indumentadas na porção mediana apical das bractéolas. Perigônio com tépalas iguais entre si, oblongas, 2-3,5 mm compr., glabras ou raramente com tricomas curtos na porção apical das tépalas; tubo estaminal menor que a altura do perigônio, filamentos laterais sub-triangulares ou quadrangulares fimbriados, filamento anterífero subulado inteiro, anteras oblongas, 0,5-0,8 mm compr.; ovário elipsoide, 0,5-0,8 mm compr., estigma capitado (AMARANTHACEAE, 2019)CaracterísticaPfaffia glomerata é muito próxima de P. iresinoides (H.B.K.) Spreng., diferenciando-se desta em alguns caracteres morfológicos como forma do limbo foliar, pilosidade e, principalmente, pela distribuição geográfica. Segundo Eliasson (1987), P. iresinoides distribui-se principalmente na parte noroeste da América do Sul (Venezuela, Colômbia, Equador, Peru), mas se estende para o norte do México e ao sul da Argentina. Para Pedersen (1987,1999), P. glomerata é uma espécie muito variável e difundida no sul da América tropical e subtropical (Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai). Após o exame de um número considerável de exsicatas, provenientes da maioria dos Estados brasileiros e ainda da Argentina, Bolívia, Paraguai, Venezuela e Uruguai considera-se que, para uma definição mais completa destas espécies, torna-se necessário um estudo ao nível molecular, pois na impossibilidade de consultar os espécimens-tipo das mesmas, restringiram-se bastante as análises. O que se pode constatar é que os espécimes que ocorrem dentro do território brasileiro e na Argentina, Paraguai e Uruguai pertencem à P. glomerata. Para os demais países como Venezuela, Colômbia, Equador e Peru, somente é citada P. iresinoides. Neste trabalho, foram examinadas exsicatas do Equador e da Venezuela, todas identificadas como P. iresinoides (MARCHIORETTO, 2010).Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas: Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima); Nordeste (Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco); Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ciliar ou Galeria (AMARANTHACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPfaffia glomerata é utilizada como antireumática, antinflamatória e analgésica, efeitos atribuídos às substâncias como ácido oleanólico, ecdisterona, nortriterpenóides, triterpenóides e ecdysteróides que, segundo Shiobara et al. (1993), encontram-se presentes em tecidos da planta. Por esta razão, tem ocorrido uma intensa exploração predatória dos hábitats naturais desta espécie. Paris et al. (2000) testaram os efeitos do extrato alcoólico de raízes de Pfaffia glomerata em alguns animais e concluíram que este extrato apresenta uma atividade depressora do sistema nervoso central e efeito amnésico, contrariando a utilização popular desta espécie como estimulante (MARCHIOETTO, 2010).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAMARANTHACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4330>. Acesso em: 20 Out. 2019.MARCHIORETTO, M.S.; MIOTTO, S.T.S.; SIQUEIRA, J.C. O gênero Pfaffia Mart. (Amaranthaceae) no Brasil. Hoehnea 37(3): 461-511, 20 fig., 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v37n3/v37n3a04.pdf>.