Virola bicuhyba

Nomes popularesBicuíba, bicuíba-branca, bicuuba, bocuva, candeia-de-caboclo, ocuíba, bocuva-mirimNome científicoVirola bicuhyba (Schott ex Spreng) Warb.SinônimosMyristica bicuhyba Schott ex Spreng.Virola oleifera (Schott) A.C.Sm.FamíliaMyristicaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore, 8–28 m de alt.; tricomas estrelados. Ramos estriados, glabros a puberulentos. Pecíolo caniculado, glabro a puberulento, 3–18 mm compr. Lâminas foliares 10,4–24,3 × 1,8–5,6 cm, coriáceas, glabrescentes, estreitamente elípticas, ápice agudo a acuminado, base levemente atenuada, ambas as faces puberulentas, nervuras secundárias 20–30 pares. Inflorescência panícula congesta em ambos os sexos. Flor masculina com pedicelo ca. 5 mm compr.; tépala ca. 2 × 1 mm; andróforo ca. 1 mm compr., anteras ca. 1 mm compr. Flor feminina com pedicelo ca. 3 mm compr.; tépala ca. 3 × 3 mm; ovário ca. 2 × 1 mm. Fruto 2,5–3,3 × 1,7–1,9cm, elipsoide. Semente 2,5–2,3 × 1,5–1,7 cm (QUINTANILHA, 2017).CaracterísticaVirola bicuhyba diferencia-se de V. gardneri pelas lâminas foliares estreitamente elípticas e fruto elipsoide em Virola bicuhyba e lâminas foliares elípticas ou obovadas, fortemente atenuadas na base e fruto largo-elipsoide em V. gardneri (Floração / frutificaçãoFloresce de novembro a abril e agosto e frutifica em junho, julho, setembro e outubro (QUINTANILHA, 2017).DispersãoZoocóricaHabitatEspécie secundária tardia ou clímax, é heliófita. Geralmente é encontrada em encostas e matas ciliares. Na Mata Atlântica, é encontrada na Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Nordeste (Bahia); Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (MYRISTICACEAE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaA espécie apresenta madeira moderadamente pesada, resistente ao apodrecimento dentro da água e intensamente atacada por insetos xilófagos (Rodrigues 1980) e é empregada na construção civil, carpintaria e marcenaria (QUINTANILHA, 2017).Pode ser utilizada com fonte de óleo e de alimento para a avifauna. A madeira pode ser usada para a fabricação de compensados.InjúriaComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 2 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 830 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol2.pdf>.FLORA ARBÓREA e Arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Organizado por Marcos Sobral e João André Jarenkow. RiMa: Novo Ambiente. São Carlos, 2006. 349p. il.LOPES, S. B.; GONÇALVES, L. Elementos Para Aplicação Prática das Árvores Nativas do Sul do Brasil na Conservação da Biodiversidade. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul, 2006. 18p. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/jardimbotanico/downloads/paper_tabela_aplicacao_arvores_rs.pdf>.MYRISTICACEAE in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB10198>. Acesso em: 05 Nov. 2019.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.QUINTANILHA, L.G.; LOBÃO, A.Q. Flora do Rio de Janeiro: Myristicaceae. Rodriguésia 68(1): 085-089. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rod/v68n1/2175-7860-rod-68-01-0085.pdf>.