Scleria distans

Nomes popularesNavalha-de-micoNome científicoScleria distans Poir.SinônimosHypoporum humile NeesHypoporum nutans (Willd. ex Kunth) NeesScleria hirtella var. glabrescens BoeckelerScleria mollis KunthScleria nitens BergScleria nutans Willd. ex KunthScleria distans Poir. var. distansFamíliaCyperaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta perene, ereta, 13-47(-72) cm alt., rizoma delgado, ferrugíneo. Colmo 1-2 mm larg., glabro ou pubescente, ângulo liso. Bainha 1-4(-5,5) x 0,1-0,3 cm, verde ou vinácea, não alada; lígula ausente; contralígula 1-3 mm, truncada, verde, margem ferrugínea, glabra ou ciliada, apêndice membranoso ausente; lâmina foliar 3-18 x 0,2-0,3 cm, linear, ápice agudo, glabra ou pubescente, margem lisa, não cortante. Inflorescência espiga fasciculada simples, terminal, 3-10 x 0,5-0,8 cm, fascículos (3)4-7(10) dispostos ao longo do eixo central; bráctea involucral ausente; bractéolas 5-8 x 0,5 mm. Espiguetas andróginas, sésseis, gluma estaminada 2-4 x 1-2 mm, lanceolada, castanha, ápice aristado estrigoso, gluma pistilada 3-5 x 1,5-3 mm, oval-lanceolada, castanha, ápice apiculado. Aquênio 1,5-2 x 1-1,5 mm, globoso, liso, glabro, castanho (imaturo verde), branco quando seco, ápice apiculado, base estipitada inteira, não atenuada, poros ausentes; estilopódio ausente. Hipogínio ausente (AFFONSO, 2012).CaracterísticaScleria distans frequentemente é identificada como S. hirtella Sw., ambas espécies aceitas (Govaerts et al. 2007). Embora Poiret (1806) tenha descrito S. distans com colmo glabro e bráctea ciliadas, sem mencionar o indumento em outras estruturas, nas coleções de Santa Catarina, tanto o colmo como a bainha e as lâminas foliares podem apresentar-se glabros ou pubescentes. Acredita-se que a variação do indumento tenha gerado a confusão quanto à correta identificação destes táxons, atribuindo-se aos espécimes pilosos erroneamente o binômio S. hirtella, porém esta última difere morfologicamente de S. distans pelo porte cespitoso e base do aquênio provida de poros (Camelbeke et al. 2003, Araújo 2009) (AFFONSO, 2012).Floração / frutificaçãoFloresce e frutifica o ano todo, não havendo pico de floração e frutificação definidos (AFFONSO, 2012).DispersãoHabitatOcupa preferencialmente ambientes abertos e úmidos como banhados, campos úmidos e restingas alagadiças, além de bordas de mata, formações de capoeira e em ambientes degradados como gramados e beira de estradas; em solo arenoso, argiloso ou pedregoso (AFFONSO, 2012).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas, Pará, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Possíveis ocorrências:Norte (Acre, Amapá, Rondônia)Nordeste (Maranhão)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Área Antrópica, Campinarana, Campo de Várzea, Campo Limpo, Carrasco, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Palmeiral, Restinga, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos (SCHNEIDER, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaEm S. distans o rizoma é aromático e sua infusão é usada como remédio para febre (Core 1936), e distúrbios gástricos (dados de fichas de herbário) (AFFONSO, 2012).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAFFONSO, R.C.L. Diversidade e aspectos nomenclaturais em Scleria P. J. Bergius (Cyperaceae) de Santa Catarina, Brasil. Dissertação Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/196990/PBVE0114-D.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.SCHNEIDER, L.J.C.; Gil, A.S.B. Scleria in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB7297>. Acesso em: 27 Dez. 2019.

Scleria panicoides

Nomes popularesNavalha-de-mico, maria-sem-vergonhaNome científicoScleria panicoides KunthSinônimosSchizolepis panicoides (Kunth) NeesFamíliaCyperaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta perene, ereta, 80-150 cm alt., cespitoso rizomatosa, rizoma tuberoso, castanho ou vináceo. Colmo 1-5 mm larg., glabro ou pubescente, ângulo escabro. Bainha 2,5-8,5(-26) x 0,3-0,7(-1,2) cm, verde ou vinácea, alada; alas 1-5 mm larg., verdes; lígula ausente; contralígula 2-7 x 1,5-5 mm, obtusa ou triangular, verde, margem vinácea, ciliada, apêndice membranoso ausente; lâmina foliar 18-38 x 1,5-3,5 cm, lanceolada, ápice pseudopremorse, glabra na face adaxial, escabra na face abaxial, margem escabra, cortante. Inflorescência paniculódio, terminal e axilar, 4-12(-15) x 1,5-4 cm, com até 200 espiguetas; bráctea involucral 3-12(-15) x 0,3-0,7(-1,2) cm, verde; bractéolas 2-12 x 1 mm. Espiguetas subandróginas e estaminadas, sésseis ou pediceladas, respectivamente, gluma estaminada 3-4 x 2-3 mm, lanceolada, vinácea, ápice apiculado ou atenuado, gluma pistilada 2-4 x 3-5 mm, elipsóide, vinácea, ápice apiculado. Aquênio 2-4 x 2-4 mm, globoso, rugoso, com tricomas translúcidos, branco, ápice apiculado, base mútica, poros ausentes; estilopódio ausente. Hipogínio trilobado, membranoso, margem fimbriada (AFFONSO, 2012).CaracterísticaScleria panicoides assemelha-se a S. latifolia e S. plusiphylla Steud. no aspecto geral do hábito, folha e inflorescência. A principal característica que a diferencia de S. latifolia é que esta apresenta aquênio liso. O que a diferencia de S. plusiophylla é que as dimensões desta são muito menores, o que lhe confere, em geral, menor tamanho, além de maior número e densidade de espiguetas nas inflorescências. No entanto, estudos envolvendo outras abordagens fazem-se necessários para melhor elucidação dos limites taxonômicos entre S. panicoides e S. plusiophylla (AFFONSO, 2012).Floração / frutificaçãoColetada com flor e fruto durante todo o ano (AFFONSO, 2012).DispersãoHabitatAmbientes florestais úmidos, como interior e borda de mata preservada, com citações também para mata de encosta e em mata de recomposição espontânea de área minerada (AFFONSO, 2012).Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (SCHNEIDER, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaAFFONSO, R.C.L. Diversidade e aspectos nomenclaturais em Scleria P. J. Bergius (Cyperaceae) de Santa Catarina, Brasil. Dissertação Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC. 2012. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/196990/PBVE0114-D.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.SCHNEIDER, L.J.C.; Gil, A.S.B. Scleria in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB7297>. Acesso em: 27 Dez. 2019.