Palhinhaea cernua

Nomes popularesPinheirinho, palma-de-são-joão, pé-de-galinha, pinheirinho-do-brejoNome científicoLycopodiella cernua (L.) Pic. Serm.SinônimosLycopodium cernuum L.Lycopodiella cernua (L.) Pic.Serm.FamíliaLycopodiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoEsporófitos terrestres, raro rupícolas. Caule primário sarmentoso, 3-5 mm diâm. (incluindo os microfilos), 1-1,5 mm diâm. (excluindo os microfilos), amareloesverdeado; microfilos ascendentes a patentes, alterno-verticilados, aciculares, margem inteira, papiráceos, verdes, três a seis microfilos por verticilo, 3-5x0,2-0,3 mm. Ramo secundário ereto, várias vezes ramificado, ca. 18 cm compr., 5-7 mm diâm. (incluindo os microfilos), 1-1,5 mm diâm. (excluindo os microfilos), verde, presença de tricomas simples na base dos microfilos; microfilos patentes, alterno-verticilados, aciculares, margem inteira, venação pouco proeminente, membranáceos, verdes, quatro a cinco microfilos por verticilo, 2,5-4x0,3-0,5 mm. Estróbilos sésseis, pendentes, no ápice de ramificações laterais, 4-9x2-3 mm. Esporofilos ascendentes, alterno-verticilados, deltóides a ovados, ápice caudado, margem lacerada, base obtusa na inserção do esporângio, venação não proeminente, membranáceos, amarelos, quatro a cinco esporofilos por verticilo, 1,8-2,5x0,7-1,0 mm. Esporângios basais, subglobosos, amarelos, 0,4-0,5x0,5-0,6 mm (RAMOS, 2007, p. 62).CaracterísticaLycopodiella cernua é distinta por seus ramos primários arqueados ou raramente eretos, com ramificações laterais arqueadas, portando estróbilos sésseis e pendentes. Lycopodiella camporum B. Øllg. & P. G. Windisch é uma espécie semelhante, mas que apresenta os ramos primários eretos e ramos secundários fasciculados e rígidos, enquanto que L. cernua apresenta os ramos primários arqueados ou raramente eretos, e secundários dispersos e laxos. Espécie de fácil reconhecimento no campo, devido ao aspecto do ramo secundário em forma de “pinheiro” (deltóide), do qual deriva seu nome popular. Porém, em hábitats úmidos e sombreados, onde os ramos aéreos se ramificam, pode apresentar mais de 2 m compr., tornando-se pendentes ou subescandentes.Floração / frutificaçãoPlantas férteis geralmente de janeiro a agosto.DispersãoAnemocóricaHábitatEspécie pantropical, pioneira, terrícola ou rupícola, ocorre geralmente em borda de mata, formando populações junto a gramíneas, em locais bem iluminados, e também em solos perturbados, ao longe de trilhas, rios, clareias e florestas, crescendo do nível do mar até ca. 2.200 m de altitude. Ocorre na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, em todas as formações florestais.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Restinga (OELLGAARD, 2019). EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaNa medicina popular possui as seguintes aplicações: diurética, antidiarréica, adstringente, antiinflamatória e anti-reumática.FitoeconomiaInjúriaEm algumas é considerada planta invasora de beira de estradas áreas perturbadas.ComentáriosBibliografiaCatálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.CITADINI-ZANETTE, V.; BOFF, V. P. Levantamento Florístico em Áreas Mineradas a Céu Aberto na Região Carbonífera de Santa Catarina, Brasil. Florianópolis. Secretaria de Estado da Tecnologia, Energia e Meio Ambiente. 1992. 160p.FREITAS, C. A. A.; WINDISCH, P. G. Flora da Reserva Ducke, Amazonas, Brasil: Pteridophyta – Lycopodiaceae. Rodriguésia 56 (86): 67-68. 2005. 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