Casearia catharinensis

Nomes popularesCambroéNome científicoCasearia catharinensis SleumerSinônimosFamíliaSalicaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Sul (Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (MARQUETE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMARQUETE, R.; Medeiros, E.V.S.S. Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14365>. Acesso em: 27 Nov. 2019

Casearia decandra

Nomes popularesGuaçatonga, cambroé, guaçatunga, pitumba, cafezeiro-do-mato, cabelo-de-cotia, brogotó, pau-vidro, cocão-branco, pau-vidro-branco, espeto, espeto-vermelho, guaçatonga, caferana, limão, andorinha, guassatunga, guaçatonga-branca, pau-de-la, carrapatinho, assa-leitão, assa-peixe, chá-de-bugre, guassatonga, café-do-mato, pau-de-espeto, vidro, anavingaNome científicoCasearia decandra Jacq.SinônimosCasearia adamantium Cambes.Casearia adstringens Mart. ex EichlerCasearia albicaulis RusbyCasearia floribunda Briq.Casearia nitida Sieber e Griseb.Casearia parviflora Jacq.Casearia parviflora Willd.Casearia parvifolia WilldenowCasearia parvifolia var. microcarpa EggersCasearia parvifolia var. paraguariensis Briq.Casearia pavoniana SleumerCasearia reflexa SleumerCasearia serrulata J. Seber ex Griseb.Chaetocrater reflexum Ruiz et. Pav.Guidonia adstringens (Mart.) Baill.Guidonia parvifolia (Will.) M. GomézSamyda lancifolia Sessé & Moc.Samyda parviflora Loefl. ex L.Samyda parviflora (Willd.) Poir.FamíliaSalicaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore (3–)8–18(–20) m alt.; tronco com casca lisa, cor acinzentada; ramos inermes, eretos, base glabrescente, ápice puberulento, marrom-acinzentada, esparsamente lenticelados; estípulas 7 × 0,5 mm, subuladas, esparsamente pubescentes no ápice, emergências glandulares nos bordos, caducas. Folhas parcialmente decíduas na floração; pecíolo 2–5 mm compr., subcilíndrico, puberulento, delgado; lâmina 5–7(–9) × 2–4,1 cm, cartácea (quando jovem membranácea), discolor verde, raramente pubescente na nervura primária a glabrescente, lanceolada a oblongo-lanceolada; ápice longo acuminado a acuminado; base cuneada a levemente assimétrica; bordos serreados a crenados com dentes de 0,5 mm, levemente revolutos, poucos dentes na base; pontos e traços dispersos na lâmina, 4–6(–7) pares de nervuras secundárias ascendentes, reticulado das veias e vênulas laxos, pouco proeminente em ambas as faces. Inflorescências fasciculadas, 4–8 flores, fortemente aromáticas, tomentosas, sésseis; brácteas e bractéolas 1–1,5 × 1 mm, coriáceas, ovadas a escamosas (conchiformes), bractéolas na base do pedicelo, glabras, pedicelos ca. 4 mm compr., cilíndricos, articulados na base, laxamente tomentosos. Botões obovado-oblongos a oblongo-ovados, tomentosos, sépalas ca. 3 × 1 mm, curtamente soldadas na base, oblongo-lanceoladas, esverdeadas, externamente laxo-tomentosas; estames 10, filetes 1(–2,5) mm compr., livres, base tomentosa, glabro para o ápice, anteras globosas, sem glândulas apicais (amarelas quando secas), lobos do disco 0,5 mm compr., oblongo-clavados, soldados na base, alternos com os filetes, amarelos quando secos, tomentosos, ovário ovado a oblongo-ovado, viloso; estilete inteiro, delgado, esparsamente viloso, estigma inteiro, capitado, piloso. Fruto 1,3–1,5 × 1,3–1,5 cm, imaturo verde, maduro amarelo a vinoso, globoso, indumento próximo ao estilete vestigial e na base junto às sépalas, sementes 3–5, 7 × 6,5 mm, poliédricas, testa lisa, arilo amarelo, delgado, cobrindo parcialmente a semente, sendo mais crasso na parte reta; embrião 5,5–7,5 × 5,5–6,5 mm, reto, amarelo, cotilédones foliáceos, arredondados a cordados junto ao eixo (MARQUETE, 2007).CaracterísticaFloração / frutificaçãoBotões e flores em maio, agosto a outubro; frutos nos meses de outubro a dezembro (MARQUETE, 2007).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Caatinga (stricto sensu), Campo de Altitude, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (MARQUETE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaAs flores são muito visitadas por abelhas e outros insetos e os frutos fazem parte da dieta dos macacos (guaribas), o que se confirmou no exame das amostras dos seus excrementos (MARQUETE, 2019).InjúriaComentáriosBibliografiaMARQUETE, R.; Medeiros, E.V.S.S. Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14365>. Acesso em: 27 Nov. 2019MARQUETE, R.; VAZ, A. M. S. F. O Gênero Casearia no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 58 (4): 705-738. 2007. Il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_4/005-06.pdf>.

Casearia obliqua

Nomes popularesGuaçatunga-vermelha, cambroé, cafezeiro-do-mato, guaçatunga-preta, erva-de-lagarto, folha-miúda, canela-de-veado, pau-de-espetoNome científicoCasearia obliqua Spreng.SinônimosCasearia inaequilatera Cambess.FamíliaSalicaceaeTipoNativa, endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore ou arbusto 2–8,7 (–11,5) m alt.; tronco com casca lisa, levemente estriada; ramos inermes, flexuosos, base glabra, ápice pubescente, castanho, esparsamente lenticelados, lenticelas arredondadas a oblongas; estípulas ca. 4,8 × 1 mm, subuladas, tomentosas nas duas faces, caducas. Folhas persistentes; pecíolo 5–10 mm compr., pubescente, cilíndrico; lâmina 5,5–9,6 × 1,8–4 cm, cartácea, discolor, verde, marrons quando secas, lanceolada, lanceolada-ovada, levemente puberulenta na nervura primária a glabrescente; ápice longo-acuminado a falcado; base assimétrica; bordos serreados com glândula no ápice das cerdas; pontos e traços densos na lâmina, nas folhas maiores mais densos nos bordos, 5–6 pares de nervuras secundárias ascendentes, reticulado das veias e vênulas denso, nervuras proeminentes em ambas as faces. Inflorescências fasciculadas, multifloras, curtamente pedunculadas, tomentosas; brácteas e bractéolas ovadas a escamosas (conchiformes), na base do pedicelo, puberulentas; pedicelos 3–5 mm compr., cilíndricos, delgados, articulados a 1–3 mm compr. acima da base, pubescentes. Botões globosos, puberulentos; sépalas ca. 1,5 × 1 mm, curtamente soldadas na base, oblongolanceoladas, alvo-esverdeadas, puberulentas; estames 10, filetes 1,5 mm compr., cilíndricos, glabros; anteras oblongas, sem glândula no ápice; lobos do disco clavados (muito mais curtos que os filetes), pilosos, intercalados com os filetes; ovário oblongo-ovado, glabro, estilete trífido no ápice, delgado, cilíndrico, glabro, estigma capitado, reflexo. Fruto 2,5–4 × 3 mm, imaturo verde, pedúnculo tomentoso, com glândulas no epicarpo, oblongo a obovadooblongo, glabro; sementes 4, 1,5 × 1 mm, arredondadas a oblongo-elípticas, testa foveolada, amarronzada, esparsamente hirsuta, apículo na base da semente, arilo fibroso com indumento viloso, laranja, endosperma carnoso, laranja, embrião 1 mm compr., reto, alvo, cotilédones arredondados (MARQUETE, 2007).CaracterísticaEsta espécie distinguiu-se das demais por apresentar folhas assimétricas e poucas nervuras secundárias, sempre curvadas ascendentes (MARQUETE, 2007).Floração / frutificaçãoBotões e flores em junho e de outubro a abril. Frutos imaturos em dezembro, janeiro e abril (MARQUETE, 2007).DispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Amazonas)Nordeste (Bahia)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, PampaTipo de Vegetação Campinarana, Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (MARQUETE, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaMARQUETE, R.; Medeiros, E.V.S.S. Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14365>. Acesso em: 27 Nov. 2019MARQUETE, R.; VAZ, A. M. S. F. O Gênero Casearia no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia 58 (4): 705-738. 2007. Il. Disponível em: <http://rodriguesia.jbrj.gov.br/rodrig58_4/005-06.pdf>.

Casearia sylvestris

Nomes popularesGuaçatonga, Apia-açonoçú, baga-de-pomba, bugre-branco, café-bravo, café-de-fraile, café-do-diabo, café-do-mato, cafezeiro-bravo, cafezeiro-do-mato, cafezinho-do-mato, caimbim, cambroé, canela, canela-de-veado, caroba, carvalhinho, carvalinho, chá-de-bugre, chá-de-frade, chá-de-são-gonçalinho, erva-de-bugre, erva-de-lagarto, erva-de-pontada, erva-de-guaçatunga-falsa, erva-lagarto, estralador, fruta-de-saíra, gaimbim, guaçatonga, guaçatunga, guiaçatunga-branca, guaçatunga-preta, guaçutonga, guassatonga, língua-de-lagarto, língua-de-tiú, marmelada-vermelha, marmelinho-do-campo, pau-de-lagarto, paratudo, pau-de-bugre, pau-de-lagarto, petumba, pioia, pióia, pitumba-de-folha-miúda, pombeiro, quacitunga, são-gonçalinho, sapucainha, saritã, taguririba, teu, teyú, tiú, uassatonga, vaçatunga, varre-forro, vassitonga, vassatungaNome científicoCasearia sylvestris Sw.SinônimosAnavinga samyda C.F. Gaertn.Casearia affinis GardnerCasearia attenuata RusbyCasearia benthamiana Miq.Casearia carpinifolia Benth.Casearia caudata UittienCasearia celtidifolia Kunth (auct. non)Casearia chlorophoroidea RusbyCasearia ekmanii SleumerCasearia formosa Urb.Casearia herbert-smithii RusbyCasearia lindeniana Urb.Casearia lingua Cambess.Casearia onacaensis RusbyCasearia ovoidea SleumerCasearia parviflora var. microphylla Schltdl.Casearia punctata Spreng.Casearia samyda (C.F. Gaertn.) A. DC.Casearia schulziana O.C. SchmidtCasearia serrulata Sw.Casearia subsessiliflora LundellCasearia sylvestris var. angustifolia UittienCasearia sylvestris var. benthamiana (Miq.) UittienCasearia sylvestris var. carpinifolia (Benth.) Briq.Casearia sylvestris var. chlorophoroidea (Rusby) SleumerCasearia sylvestris var. eichleri Briq.Casearia sylvestris var. lingua (Cambess.) EichlerCasearia sylvestris var. myricoides Griseb.Casearia sylvestris var. paraensis UittienCasearia sylvestris var. platyphylla A. DC.Casearia sylvestris var. tomentella RusbyCasearia sylvestris var. wydleri Briq.Guidonia sylvestris (Sw.) M. GómezSamyda sylvestris (Sw.) Poir.Casearia sylvestris Sw. var. sylvestrisFamíliaSalicaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoÁrvore ou arvoreta 3–9(–18) m alt.; tronco com casca lisa a levemente fissurada a fissurada, acinzentada a marrom, camada corticosa fina a grossa; ramos inermes, delgados e patentes, puberulentos a glabrescentes, acinzentados, mais ou menos lenticelados; estípulas 1 mm compr., subovadas, puberulentas, caducas. Folhas persistentes; pecíolo 3–5 mm compr., subcilíndrico, levemente puberulento, delgado; lâmina 6–11 × 2–3,5 cm, cartáceas, concolor a levemente discolor, verde, lanceoladoovada, oblongo-lanceolada a lanceolada, glabra, ocasionalmente curto pubescente na face abaxial, principalmente sobre as nervuras primária e secundárias; ápice acuminado a falcado; base freqüentemente assimétrica, cuneada; bordos mucronado-serreados a serreados; pontos e traços translúcidos densos por toda lâmina, 5–6 pares de nervuras secundárias ascendentes, reticulado das veias e vênulas denso, mais proeminentes abaxialmente. Inflorescências fasciculadas, multifloras, sésseis, variáveis no indumento; brácteas 0,5 mm compr., diminutas, ovadas, pubescentes, pedicelos 2–4 mm compr., cilíndricos, delgados, articulados próximo ao meio ou abaixo, pubescentes a glabrescentes. Botões obovados a globosos, esparsamente tomentosos, sépalas 1,5 × 1–1,5 mm, unidas na base, largamente ovadas, esverdeadas a alvacentas, glabras a tomentosas ou ciliadas na margem; estames 10, filetes 1–1,5 mm compr., livres, pilosos na base e subglabro no ápice, anteras globosas, glândula apical crassa, glabra; lobos do disco 1 mm compr., clavados, alvacentos, densamente pilosos, unidos na base e intercalados com os filetes; ovário ovóide, glabro; estilete inteiro, delgado, subglabro; estigma trilobado, globoso. Fruto 4 × 4 mm, globoso, anguloso, negro, glabro, sementes 5, 2,5 × 1,5 mm, oblongas, testa escrobiculada, alaranjada, arilo franjado, carnoso, envolvendo parcialmente a semente, alaranjada a vermelha, endosperma crasso; embrião ca. 1,5 mm compr., reto, alvo; cotilédones crassos, alvos, arredondados. (MARQUETE, 2007, p. 25).CaracterísticaFloração / frutificaçãoBotões e flores em janeiro e de março a novembro (MARQUETE, 2007).DispersãoZoocóricaHabitatEspécie secundária inicial, heliófita, seletiva higrófita e esciófita.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins)Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, PantanalTipo de Vegetação Caatinga (stricto sensu), Campinarana, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista, Restinga (MARQUETE, 2019).EtimologiaO nome popular “erva-de-lagarto” deve-se ao fato de que os lagartos Teiú, quando picados por cobras, procuram esta planta, onde encontram o antídoto do veneno ofídico.PropriedadesFitoquímicaAs folhas contém diterpenos (casearia clerodeno I a VI e casearina A a R), óleo essencial (2,5%), que apresenta aroma agradável e com alto teor de terpenos e ácido capróico, além de saponinas, alcalóides, flavonóides, tanino, resina, antocianosídeo, b e D-elemeno, a-copaeno, b-cariofileno, a-humuleno, germacreno-D, biciclo-germacreno, D e d-cadineno e espatulenol. O óleo essencial apresenta coloração amarelo citrino, odor semelhante ao cedro e é amargo. Sua densidade é de 0,925. (PLANTAS MEDICINAIS, 2001).FitoterapiaCasearia sylvestris é amplamente usada na medicina popular como anti-inflamatória, anti-séptica, anti-úlcera e anti-viral (herpes simples labial), segundo Sato et al (1998). As folhas e raízes são depurativas do sangue, moléstias da pele e no combate a sífilis (Siqueira 1981, 1988). Utilizada em forma de chás, também o suco das folhas é usado contra mordedura de cobras, segundo Torres & Yamamoto (1986) é comprovado no trabalho de Borges (1997) (MARQUETE, 2007).Na medicina popular é recomendada como anti-inflamatória, amarga, vulnerária, cardiotônica, diurética, antiartrítica, hemostática, anestésica tópica, afrodisíaca, antipirética, eupéptica, antidiarréica, hipoglicemiante, hipotensora, antimicrobiana, calmante, diaforética, antiespasmódica, tônica, desintoxicante, cicatrizante, anti-reumática, depurativa, anti-séptica, anti-úlcera e anti-viral na herpes labial, e também no tratamento da sífilis, colesterol, alergias, úlceras estomacais, febre, inflamações, diarréias, dores no peito e no corpo, reumatismo, paralisia, inchaço das pernas, aftas, sapinho, dores de dentes, pneumonia, flores brancas, picada de insetos, prurido, verminoses, má circulação, gripes, afecções do fígado, da bexiga e dos rins, coceiras, hidropisia, sífilis e moléstias da pele como úlceras dérmicas, eczema e sarna. Há comprovações de que tanto o chá como o suco das folhas têm ação antiofídica. Popularmente as folhas são postas em garrafas com álcool ou aguardente, como remédio caseiro antiofídico. É comum também os criadores de gado utilizarem as folhas desta planta para a expulsão da placenta pós-parto nos animais. Utiliza-se também para dar banhos em cães com sarna. É uma das 71 plantas medicinais selecionadas pelo Ministério da Saúde como sendo de interesse ao SUS. FitoeconomiaApresenta flores muito aromáticas na antese. O arilo das sementes, de colorido forte, é atrativo para a avifauna que, segundo D.S. Faria 166, se alimenta de seus frutos, procedendo-se assim à dispersão das sementes. Segundo Kuhlmann & Kühn (1947), os lagartos quando picados por cobras, procuram esta planta, em cujas folhas encontram o antídoto do veneno ofídico, daí o nome “herva-de-lagarto” (MARQUETE, 2007).Como os frutos servem de alimento para a avifauna, é importante para recomposição de matas nativas, e também na recuperação de matas ciliares. Possui propriedades ornamentais, sendo recomendada para plantio em passeios estreitos. A madeira é útil na marcenaria e carpintaria, podendo servir para construção civil, tornos, tacos, tábuas para assoalho, lenha e carvão.InjúriaComentáriosEspécie incluída na primeira Farmacopéia Brasileira, editada em 1926. Na língua Guarani é chamada de Yvira ‘i, avati, tymbavi e guaimi reye pe’a. 1 kg de sementes possui aproximadamente 84.000 unidades, de curta viabilidade.BibliografiaBOTREL, R. T. et al. Uso da Vegetação Nativa Pela População Local no Município de Ingaí, MG, Brasil. Acta bot. Bras. 20(1): 143-156. 2006. 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