Hibiscus acetosella

Nomes popularesVinagreira-roxa, quiabo-azedo, quiabo-de-angola, quiabo-roxo, rosela, vinagreira, groselheiraNome científicoHibiscus acetosella Welw. ex HiernSinônimosFamíliaMalvaceaeTipoCultivadaDescriçãoCaracterísticaAlém da ausência de acúleos nos ramos e da coloração das plantas geralmente vermelha a vinácea, essa espécie caracteriza‑se com base na morfologia das folhas, pelas lâminas variando de inteiras a 3‑5‑lobadas, com margem crenada e base truncada a cuneada, apresentando um nectário sobre a nervura média, na face abaxial. As bractéolas do epicálice são bilobadas no terço apical como em outras espécies do gênero, porém em H. acetosella os lobos possuem comprimentos distintos. Com relação à cápsula, destaca‑se por ser maior que o cálice, recoberta de tricomas simples antrosos e adpressos e as sementes com escamas pectinadas esparsas (ESTEVES, 2014).Floração / frutificaçãoFlores e frutos o ano todo (ESTEVES, 2014).DispersãoHabitatDistribuição geográficaEtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaH. acetosella apresenta grande relevância na medicina popular, principalmente na região sul de Santa Catarina. Suas folhas são utilizadas na forma de salada, de chás e sucos para melhorar o desempenho físico e mental, imunidade, anemia, ansiedade e angústia, sendo usada também para minimizar os efeitos associadas à menopausa, andropausa e hipertensão arterial (ROSSATO & CHAVES, 2012). De acordo com Março (2009), a vinagreira roxa tem diversas indicações ainda sobre estudo, que variam conforme a parte da planta utilizada. As folhas são consideradas febrífugas, anti-hemorrágicas, estimulantes estomacais e fortificantes, O fruto é uma cápsula ovoide, de dois centímetros de comprimento, são usados na fabricação de xaropes e as flores possuem atividades antibacteriana e antifúngica. Foi constatada a presença de antocianinas nas flores, já nas folhas foram identificados os constituintes taninos, flavonoides, cumarinas, heterosídeos cardiotônicos e alcaloides (SILVA, 2018).FitoeconomiaNativa da África, provavelmente de Angola, cultivada no mundo todo com fim ornamental. No Estado de São Paulo foi encontrada principalmente em parques, hortos e canteiros públicos. Em Angola é utilizada na alimentação do homem, pelas folhas de sabor ácido, daí o nome popular de vinagreira, apreciadas como salada (ESTEVES, 2014).Usos e aplicações: Culinários: — Folhas cruas ou cozidas. Adicionado a saladas ou usado em sopas, guisados, etc. De acordo com Facciola. S. 1990, as folhas podem ser cozinhadas com outros alimentos para dar-lhes um sabor acid-azeda. Raiz é comestível, mas é muito fibrosa. Mucilaginosa, sem muito sabor (CRIBB. A. B. & J. W. 1976). As folhas cozidas com arroz deixam seus grãos coloridos e com sabor e com sabor levemente acídulo, muito agradável. As flores duram um dia apenas e podem ser colhidas para saladas, enfeite comestível de pratos diversos e geleias. Os cálices, apesar de não serem suculentos, quando fervidas proporcionam cor e sabor intensos, podendo ser usados para chá-suco (necessário ferver para extrair os pigmentos antocianos), sorvetes, patês e geleias. Ramos com ou sem as folhas podem ser fervidos para chá-suco e frisante. A planta inteira tem potencial antioxidante (KINUPP; LORENZI, 2014). Partes comestíveis utilizadas: Folhas, Raiz, Flores (SILVA, 2018).InjúriaComentáriosBibliografiaESTEVES, G.L.; DUARTE, M.C.; TAKEUCHI, C. Sinopse de Hibiscus L. (Malvoideae, Malvaceae) do Estado de São Paulo, Brasil: espécies nativas e cultivadas ornamentais. Hoehnea 41(4): 529-539, 2 fig., 2014. Disponível em: <http://www.umc.br/artigoscientificos/art-cient-0095.pdf>.SILVA, K.C.; BOEIRA, A.S.P. PANC - Catálogo ilustrado de plantas alimentícias não convencionais comercializadas nas feiras livres e mercados de Manaus - AM. Centro Universitário do Norte-Uninorte, Manaus-Amazonas, 2018. Disponível em: <https://rl.art.br/arquivos/6261775.pdf>.