Dicksonia sellowiana

Nomes popularesXaxim, xaxim-bugio, xaxim-imperial, xaxim-verdadeiroNome científicoDicksonia sellowiana Hook.BasionônioSinônimosFamíliaDicksoniaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoPlanta terrícola. Caule arborescente, com muitas raízes adventícias e base dos pecíolos persistente, no ápice com tricomas multicelulares, amarelos a castanho escuros. Frondes monomorfas; pecíolo curto, pubescente na base a esparsamente piloso distalmente, tricomas iguais aos do ápice do caule; lâmina elíptico-alongada, 2-pinado-pinatissecta, raque sulcada; pinas variando de subopostas a alternas; pinas proximais pinatífidas, sésseis a subsésseis; pinas medianas pinado-pinatífidas, subsésseis, oblíquas em relação à raque; pinas distais sésseis, pinatífidas a pinatissectas reduzidas e oblíquas em relação à raque; pínulas pinatífidas a pinatissectas, ápice agudo e base cuneada a obtusa; segmentos com sinus agudos, margens esparsamente serreadas, ápice agudo, segmentos férteis com as margens revolutas; superfície adaxial com tecido laminar glabro, raque pilosa; superfície abaxial com tecido laminar com tricomas iguais aos do caule, raque pilosa; nervuras livres, simples ou furcadas. Soros arredondados, marginais, indúsio valvar, paráfises presentes (SAKAGAMI, 2006, p. 82).CaracterísticaDicksonia sellowiana distingue-se das outras pteridófitas arborescentes por apresentar a porção ereta do caule com muitas raízes adventícias e base dos pecíolos persistente, com tricomas multicelulares, amarelos a castanho-escuros. O pecíolo é curto e pubescente na base com tricomas iguais aos do caule, a lâmina é elíptico-alongada, 2-pinado-pinatissecta e os soros são arredondados, marginais e com indúsio (SAKAGAMI, 2006, p. 82).Floração / frutificaçãoDispersãoHábitatPlanta Nativa do Brasil, endêmica da Mata Atlântica, destaca-se no sub-bosque florestal como elemento característico da Floresta Ombrófila Mista, ocorrendo também como eventual na Floresta Ombrófila Densa Alto-montana e em áreas de transição da Floresta Estacional Semidecidual, em locais com luminosidade moderada.Distribuição geográficaOcorrências confirmadas: Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo); Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos: Mata AtlânticaTipo de Vegetação: Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (DELLA, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaA exploração econômica do xaxim para fins ornamentais e paisagísticos resultou na sua inclusão na Lista Oficial de espécies da flora ameaçadas de extinção.InjúriaComentáriosO possível desaparecimento desta espécie descaracterizaria formações florestais como o Floresta Ombrófila Mista, além de comprometer o micro habitat de várias espécies epifíticas. As coletas de germoplasma desta espécie estão em estado crítico, devido a reduzida variabilidade genética e pela elevada endogamia das populações remanescentes. É considerada ameaçada de extinção pela Portaria 37-N (03/IV/1992) do IBAMA.BibliografiaBENTO, M. B.; KERSTEN, R. A. Pteridófitas de um Ecótono Entre as Florestas Ombrófila Densa e Mista, Mananciais da Serra, Piraquara, Paraná. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2008. 74p. Disponível em: <http://www.uc.pr.gov.br/arquivos/File/Pesquisa%20em%20UCs/resultados%20de%20pesquisa/Cassio_Michelon_Bento.pdf>.Catálogo de Plantas e Fungos do Brasil, volume 1 / [organização Rafaela Campostrini Forzza... et al.]. -Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 2.v. 875 p. il. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_fungos_vol1.pdf>.DELLA, A.P.; Vasques, D.T. Dicksoniaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB90947>. Acesso em: 31 Out. 2019.FRAGA, L. L.; SILVA, L. B. da; SCHMITT, J. L. Composição e Distribuição Vertical de Pteridófitas Epifíticas Sobre Dicksonia Sellowiana Hook. (Dicksoniaceae), em Floresta Ombrófila Mista no Sul do Brasil. Biota Neotrop., vol. 8, no. 4, Out./Dez. 2008. 7p. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bn/v8n4/a11v8n4.pdf>.INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 6, de 23 de Setembro de 2008. Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Ministério do Meio Ambiente. 2008. 55p. Disponível em: <http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_federal/INSTRUCAO_NORMATIVA/INSTRUCAO_NORMATIVA_06_DE_23_DE_SETEMBRO_DE_2008.pdf>.MEDEIROS, M. B. Resgate de Germoplasma Vegetal de Espécies-Alvo na Área de Influência do Aproveitamento Hidrelétrico Barra Grande (RS, SC). Brasília, DF: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2007. 45p. il. Disponível em: <http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/doc223.pdf>.PACIENCIA, M. L. B. Diversidade de Pteridófitas em Gradientes de Altitude na Mata Atlântica do Estado do Paraná, Brasil. Universidade de São Paulo – Tese de Doutorado. 2008. 230p. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-29102008-155328/pt-br.php>.PLANTAS DA FLORESTA ATLÂNTICA. Editores Renato Stehmann et al. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 515p. Disponível em: <http://www.jbrj.gov.br/publica/livros_pdf/plantas_floresta_atlantica.zip>.SAKAGAMI, C. R. Pteridófitas do Parque Ecológico da Klabin, Telêmaco Borba, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 212p. il. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/15461/1/Dissertacao_Cinthia.pdf>.SCHWARTSBURD, P. B. Pteridófitas do Parque Estadual de Vila Velha, Paraná, Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006. 170p. Disponível em: <http://www.ibot.sp.gov.br/hoehnea/volume34/Hoehnea34(2)artigo05.pdf>.