Ocimum carnosum

Nomes popularesAnis, alfavaca-do-matoNome científicoOcimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth.SinônimosLumnitzera carnosa Spreng.Ocimum atrovirens Bartl.Ocimum ebracteatum Pohl ex J.A.SchmidtOcimum graveolens LarrañagaOcimum selloi Benth.Ocimum selloi var. angustifolium Briq.Ocimum selloi var. genuinum Briq.Ocimum selloi var. tweedianum Briq.Ocimum selloi var. carnosum Briq.FamíliaLamiaceaeTipoNativa, não endêmica do Brasil.DescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Nordeste (Bahia)Sudeste (Minas Gerais, São Paulo)Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista (OCIMUM, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaComponentes: estragol,(metilchavicol), metileugenol, trans-anetole, cis-anetole e cariofileno. Na análise química não foi detectada ação genotóxica, e somente em doses muito altas foi detectada baixa toxidez em ratos.FitoterapiaNa medicina caseira, é utilizada como aromática, emenagoga, fortificante, diurética, calmante, carminativa, analgésica, diaforética, antitussígeno, digestivo, hipocolesteroremiante, antiemética e antiespasmódica. Também é utilizada no combate a colite, afecções do coração, cólicas menstruais, inflamações, como auxiliar nos partos, desânimo, nervosismo, reumatismo, prisão de ventre, feridas, machucados, gastrite, dor na barriga, afecções dos rins, ardor ao urinar, gripe, resfriado, febre, cãibras do sangue, problemas do estômago, fungos de unha, infecções da garganta, corrimentos, dores de cabeça, distúrbios da menstruaçãoFitoeconomiaÉ utilizada como aromatizante no chimarrão e como condimento em carnes e peixe. É muito útil como repelente de insetos, mesmo utilizando a planta in natura. A infusão (chá) desta planta também possui uso como complemento das populares “gemadas”.InjúriaComentáriosNa língua Guarani é chamada de petÿ reaquã.BibliografiaKINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870>.MENTZ, L. A.; LUTZEMBERGER, L. C.; SCHENKEL, E. P. Da Flora Medicinal do Rio Grande do Sul: Notas Sobre a Obra de D’ÁVILA (1910). Caderno de Farmácia, v. 13, n. 1, p.25-48, 1997. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/farmacia/cadfar/v13n1/pdf/CdF_v13_n1_p25_48_1997.pdf>.OCIMUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23332>. Acesso em: 27 Dez. 2019.OLIVEIRA, D. Nhanderukueri Ka’aguy Rupa – As Florestas que Pertencem aos Deuses. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2009. 182p. il. Disponível em: <http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?Module=Files/FileDescription&ID=4402&lang=>.VENDRUSCOLO, G. S.; SIMÕES, C. M. O.; MENTZ, L. A. Etnobotânica no Rio Grande do Sul: Análise Comparativa Entre o Conhecimento Original e Atual Sobre as Plantas Medicinais Nativas. Pesquisas, Botânica nº 56: 285-322, São Leopoldo: In: Instituto Anchietano de Pesquisas, 2005. Disponível em: <http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/botanica56/botanica56.htm>.ZUCHIWSCHI, E.; FANTINI, A. C.; ALVES, A. C.; PERONI, N. Limitações ao Uso de Espécies Florestais Nativas Pode Contribuir Com a Erosão do Conhecimento Ecológico Tradicional e Local de Agricultores Familiares. Acta bot. Bras. 24(1): 270-282. 2010. Disponível em: <http://www.botanica.org.br/acta/ojs/index.php/acta/article/view/971/298>.

Ocimum gratissimum

Nomes popularesAlfavacão, alfavaca-bravaNome científicoOcimum gratissimum L.SinônimosFamíliaLamiaceaeTipoNaturalizadaDescriçãoCaracterísticaFloração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaOcorrências confirmadas:Norte (Acre, Amazonas, Roraima)Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Sergipe)Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso)Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo)Sul (Paraná, Santa Catarina)Domínios Fitogeográficos Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata AtlânticaTipo de Vegetação Área Antrópica, Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Restinga (OCIMUM, 2019).EtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaFitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaOCIMUM in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB23332>. Acesso em: 27 Dez. 2019

Ocimum tenuiflorum

Nomes popularesAlfavaca-da-índia, tulási, basílico-sagrado, manjericão-santoNome científicoOcimum tenuiflorum L.SinônimosFamíliaLamiaceaeTipoCultivadaDescriçãoErva de 50-150 cm, anual, de base lenhosa, aromática. Caule ereto, muito ramificado e indumento composto por pelos retrorsos e patentes, localizado nos nós e no eixo da inflorescência. Ramos eretos, lenhosos, com pelos retrorsos e patentes - mais densos perto do ápice. Folha 1,2-3,5 x 0,7- 1,75 cm, ovalada ou elíptica, serreada, acuminada, aguda ou brevemente cuneada, punteado-glandulosa, pilosa, principalmente nas nervuras; peciolo 0,6-1,6 cm, ligeiramente achatado, punteado-glanduloso, com pelos visíveis. Inflorescência 7,0-13 cm, solta, lateral fina, ramificada, ramos menores ou iguais ao ramo principal; verticilos separados entre 0,4 e 1 cm; eixo de inflorescência sem cicatrizes, pretos; brácteas ovadas, agudas, 3-3,5 x 2,5-3 mm, persistentes, reflexas, que às vezes com um apex, atenuada, levemente cordada, envolvida; pedicelos 1-2,5mm, eretos, horizontais, ligeiramente curvados, com pelos retrorsos. Cálice 2,5-3 mm na antese, horizontal, ligeiramente reflexo, punteado-glanduloso, com pelos patentes - principalmente na base; lábio superior arredondado, acuminado, decurrente para um pouco além da metade do tubo; lóbulos médios do lábio inferior linearlanceolados, cuspidados, grandes lóbulos laterais, amplos deltoides, cuspidados. Cálice frutífero 4-5 mm, reflexo, sem anel interno dos pelos, boca aberta, com pelos visíveis, lábio superior acrescente. Corola 3-3,5 mm; tubo com lados ligeiramente paralelos, glabros; lóbulos do lábio superior arredondados, inteiros ou escassamente sinuosos, com pelos no dorso; lábio inferior arredondado, crenado, com pelos no dorso. Estames exertos entre 1 e 3 mm, sem apêndices, os posteriores pilosos, com pelos que crescem em mecha em um dos lados do filamento. Ovário glabro. Núculas de 1-1,5 mm, oblonga, marrom claras com listras escuras; pericarpo granular que produz uma abundante quantidade de mucilagem incolor (SANTOS, 2014).CaracterísticaPaton (1992) define Ocimum tenuiflorum como pertencente à Secção Hierocimum por seus estames posteriores sem apêndices, com uma mecha de pelos em um dos lados do filamento, próximo da base. Difere de O. lamiifolium Hochst. ex Benth e O. masaiense Ayob. ex A.J. Paton, da mesma secção, pelo tipo de pólen e a produção de mucilagem. O autor considera também que se assemelha a algumas espécies do novo mundo pela morfologia da inflorescência e o tipo de pólen. Existem três tipos de tulsi (nome indiano do Ocimum tenuiflorum) mencionados em textos de ayurveda - Tulsi Rama (folha verde), Tulsi Shyama ou Krishna (folha roxa) e Tulsi Vana (forma nativa rústica). Embora, todos os três tipos de Tulsi têm seus usos em ayurveda, Rama e Krishna são os mais amplamente utilizados e referidos como O. tenuiflorum (O. sanctum) (SANTOS, 2014)Floração / frutificaçãoDispersãoHabitatDistribuição geográficaEtimologiaPropriedadesFitoquímicaFitoterapiaPossui óleo essencial rico em eugenol nas folhas (79% a 83%) e nas inflorescências (18% a 60%). Entre os constituintes do óleo essencial, encontra-se teor elevado de ácido ursólico, que é um triterpeno pentacíclico, usado como emulsificante nas indústrias farmacêuticas, cosméticas e de alimentos, além de possuir atividade antiinflamatória, antitumoral, antimicrobiana e antioxidante (PEREIRA, 2006).Pino et al. (1998) analisaram o óleo volátil das partes aéreas secas ao ar de Ocimum tenuiflorum L. por CG e CG/MS (cromatografia gasosa (CG); cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG/MS). Quarenta compostos que representam 90% do óleo essencial foram identificados. Eugenol (34,3%), β-elemeno (18,0%) e β-cariofileno (23,1%) foram os principais constituintes. A planta é antisséptica em razão do alto conteúdo em eugenol (SANTOS, 2014).FitoeconomiaInjúriaComentáriosBibliografiaPEREIRA, R.C.A.; LOPES, J.V.M. Recomendações técnicas para produção de Manjericão-santo (Ocimuim tenuiflorum L.). Embrapa. Comunicado técnico 122. Fortaleza, CE. Dezembro, 2006. Disponível em: <http://www.cnpat.embrapa.br/cd/jss/acervo/Ct_122.pdf>.SANTOS, T.S.; SANTOS, V.X. Atualização de uma coleção de trabalho de acessos do gênero Ocimum. UNB. Brasília, DF. 2014. Disponível em: <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/10509/1/2014_ThiagoSilvadosSantos_ValberXavierdosSantos.pdf>.